Martim
Berto Fuchs
Dilma não governa mais. Apenas faz número preenchendo o tempo até
a troca de comando. Mesmo o advogado do PT no STF, Marco Aurélio, e demais colegas
de partido, não vão conseguir impedir que ela vá mais cedo para o chuveiro,
expulsa que será, por mau comportamento. Péssima jogadora, nem deveria ter sido
escalada.
O que temos que analisar à partir de agora, é o que podemos
esperar do “novo” governo.
Em primeiro lugar, o presidente Temer terá pela frente o PT na
oposição, fato que ele parece ter esquecido. PT na oposição é contra qualquer
coisa mesmo antes de ela ser apresentada. E no caso específico do Temer, o PT
será uma oposição raivosa, do
tipo cachorro louco. Quando abrir a boca, vai babar ódio, literalmente.
É claro que jamais vão admitir que o ódio virá pelo fato de terem
perdido a chave do cofre para o PMDB, que afinal, é o motivo da política
brasileira. Não é só a Dilma que vai perder seu cartão corporativo, cujo gasto
é segredo de segurança nacional. Só no governo federal são mais de 100 mil
sindicalistas pelegos que vão ter que procurar outra boquinha para alimentar
seus egos, pois serão trocados por outros apaniguados.
Tem ainda todos aqueles deputados e senadores que votarão contra o
impeachment, que também terão que arrumar outras mumunhas para garantir o
padrão de vida à que estão acostumados nos últimos 13 anos. Por exemplo: o que
fará o dono do PDT, o Lupi, que “ama” Dilma declaradamente, mas agora que seu “amor”
está para ser expulsa do Palácio, não poderá mais lhe dar cobertura ? Vai
procurar trabalho ? Difícil, pois esse pessoal perdeu o hábito de trabalhar.
Não sei se o dinheiro que o PDT recebe do bolsa-partido será suficiente para
bancar todos seus membros que à partir de agora estarão desempregados.
O Brasil clama por reformas há muitos anos. A da Previdência por
exemplo: a primeira coisa que o dono do PT, o conhecido boca de esgoto, Lula, disse
para sua gerente Dilma ao se esconder no Palácio e ouvir falar sobre esta
reforma, foi dizer que tinha assuntos mais urgentes para tratar, como por
exemplo, se salvar da cadeia e salvar a Dilma e o PT da expulsão. E ainda
assim, da Previdência só tratariam se a CUT e os outros sindicatos do mesmo
time autorizassem.
Saídos os socialistas do Foro de São Paulo
pela porta dos fundos do Palácio, terá o presidente Temer coragem de enfrentar
os sindicalistas pelegos agora sem emprego (trabalho nunca tiveram), e mais os “movimentos
sociais” até agora sustentados com generosas verbas públicas ?
Vai enfrentar o desperdício de dinheiro
público patrocinado pelo INCRA, mais um órgão dominado pelos socialistas ?
E as estatais ? Parece-me que só as federais
somam 142 empresas 2 x 1 (um trabalha e dois olham). Terá coragem de acabar com
a ROUBALHEIRA institucionalizada
nessas empresas ? Duvido! Diria até, que se tentar, expulsam também ele, já no
outro dia.
No
áudio gravado no whatsapp que deixou vazar antes da vitória na Comissão de
Impeachment, ele diz:
“... em terceiro
lugar, para não enganar ninguém, ideia de que vamos ter muitos sacrifícios pela
frente. Sem sacrifícios nós não conseguiremos avançar para retomar o
crescimento e desenvolvimento que pautaram a atividade do nosso país nos
últimos tempos, antes dessa última gestão".
Em bom português, isto significa: vai sobrar
para nós contribuintes de novo, ou, para as empresas privadas e seus
trabalhadores. Vem arrocho por aí e do grosso. E por quê sobrará para nós ?
1.O PT, a CUT, os ditos “movimentos sociais”
e os sindicatos pelegos do funcionalismo público, caso forem cortados em seus
privilégios, vão partir para a porrada, quebrando tudo que encontrarem pela
frente, sem maiores problemas para eles.
2.O PMDB nunca foi de enfrentar ninguém, pois
enfrentar requer tomar posição firme e eles só tomam posição firme quando a
biruta do aeroporto estiver fixada em uma direção, sem perigo de mudar.
3.Agora que terão o PT e demais penduricalhos
de esquerda como inimigos ferozes, terão que aceitar novos sócios no condomínio
do poder, sócios que estão há muitos anos sem os regalos que a chave do cofre
permite.
A verdade é que vamos pagar muito caro pelo
que os economistas da linha ortodoxa chamam de ajuste fiscal, ou seja,
equilíbrio entre receita e despesa. Parece tão simples e tão óbvio, pois fazemos
isso em nossas casas todos os dias. Mas é a coisa mais difícil que existe para
nossos governantes, eleitos num sistema político apodrecido, que há muito tempo
já está fedendo.
Acho que temos tudo a temer. Virão dias
difíceis pela frente, uma vez que a lição de casa mais uma vez não será feita.
Na coluna da despesa a única coisa que eles cortam são os investimentos, por
mais paradoxal que pareça. Na coluna da receita, mais uma vez virão aumentos de
impostos para equilibrar com os gastos que não serão diminuídos.
Ou o PMDB e seus novos sócios no Tesouro
Nacional terão coragem de enfrentar as empresas 2 x 1 (um trabalha e dois
olham) e os sindicatos pelegos do funcionalismo público ? Pago para ver.
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