Martim Berto Fuchs
O PT,
expulso do picadeiro, e proibido de participar à partir de então da
distribuição da renda do espetáculo, deve botar fogo na lona do circo. O que
Brizola e seus “Grupo dos 11” não estavam preparados para fazer em 1964, Lula e
seus fiéis seguidores, por convicção ou interesse, como UNE, CUT, MST e
outros, estão. Dinheiro para bancar uma verdadeira guerra contra seus inimigos (quem
não concorda com eles é inimigo) eles tem, pelo menos é o que demonstram os bilionários
desvios efetuados criminosamente nas empresas estatais, dos quais o maior
beneficiado foi Lula e sua quadrilha da bandeira vermelha, cuja estrela apenas
substituiu a foice e o martelo, muito manjados.
Escrúpulo
Lula e os seus não tem nenhum, pois basta atentar para o fato de que começaram
sua jornada rumo ao prêmio maior, o Tesouro Nacional, assassinando um dos
membros da quadrilha, Celso Daniel, pelo fato do mesmo não concordar na
distribuição da renda roubada do circo, que originalmente deveria ir para o
partido, mas que também estava sendo desviado para contas particulares. Antes
que denunciasse a falcatrua, foi silenciado. Como dizem os socialistas: os fins
justificam os meios. Conseguiram, e o rombo é grande, pois grande são os
recursos sempre mal usados do nosso Tesouro Nacional. (Não falta dinheiro,
falta caráter).
O povo
brasileiro não merece passar pelos dias que virão, mas nossas elites sim, principalmente
os empresários.
Afastados
das decisões à nível de Brasil em 1943 quando da fundação da Confederação
Nacional da Indústria, as corporações do trabalho e as patronais, passaram à
responder ao Estado, leia-se Getúlio Vargas, seus burocratas e os militares de então, perdendo a capacidade
de afetar o processo político.
Desde
então nossos empresários se acomodaram à situação criada durante a ditadura de
Getúlio e formalmente apoiada pelos militares. Setenta e três (73) anos se
passaram e a subserviência ao governo central continua. Aliás, não só ao
governo central. Tornou-se norma associar-se e apoiar políticos já a nível
municipal, para deles esperar por benesses seletivas.
Crise de
1964. Crise de 1976. Crise de 1982. Crise de 1992. Crise de 1997. Crise de
2008. Crise de 2013 que estoura em 2016. E as corporações patronais dominadas
por empresários fiéis aos poderes Executivo e Legislativo, continuam financiando
e bajulando políticos que desgraçam suas próprias empresas. Se fosse apenas o patrimônio
dos empresários que estivesse em jogo com sua subserviência, o problema seria
só deles. Mas não, esta atitude afeta a vida de milhões de empregados,
colocando no desespero suas famílias.
Esses
empresários são cúmplices indiretos das Centrais Sindicais, que:
- representam
os sindicatos dos servidores públicos, intocáveis,
- representam
os sindicatos dos empregados das empresas estatais, intocáveis,
-
representam os sindicatos que giram em torno das grandes empresas
multinacionais, de onde surge a legislação trabalhista que desarticula a
iniciativa privada do país.
Isto se
passa à vista dos empresários que dominam as Associações dos Empresários à
nível municipal, as Federações à nível estadual e as Confederações à nível
nacional.
Agora
mesmo o Sr. Jaci Scaf, presidente da poderosa FIESP, escritório das
multinacionais no Brasil, que aliás disputou eleição filiado ao PSB, Partido
SOCIALISTA Brasileiro (?!?!?!), esteve com o quase Presidente Temer durante 6
horas, para dar o tímido recado de que não agüentamos mais impostos, mas se tiver
que ser, tudo bem.
O atual Ministro
de Estado do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, ex-presidente da
CNI-Confederação Nacional da Indústria, Sr. Armando Monteiro, (conheça um pouco
sobre ele em: http://adaorochas.jusbrasil.com.br/noticias/154577042/armando-monteiro-investigado-por-varios-crimes-e-escolhido-por-dilma-para-ser-o-ministro-do-desenvolvimento),
anunciado como Ministro em 01/12/2014, simplesmente não consegue inibir a
multiplicação de decretos e leis que atravancam o desenvolvimento da indústria
nacional. A burocracia manda e o Ministro obedece; o sindicalismo socialista
manda e o Ministro obedece, tanto que não larga o osso.
Depois
vão apoiar as “Marcha da Família com Deus pela Liberdade” e pedir para os militares
tirarem para eles as castanhas do fogo, sem dar por conta que também na classe
militar estão defensores ferrenhos das empresas estatais, que até com razão
defendem as empresas 2 em 1, um trabalha e dois olham, pois os que se dizem líderes
da iniciativa privada, preferem se acomodar nas benesses estatais e permitir
que empresas privadas sob sua responsabilidade fechem as portas aos milhares à
cada crise parida nas entranhas de um Estado paternalista e irresponsável.
Mesmo neste
momento tão importante para o país, e enquanto o sindicalismo pelego promete
incendiar a lona desse circo que é o Brasil, nossa classe empresarial não se
mexe, não tem propostas a fazer, permanece inativa, quando muito torcendo por
mais uma conciliação. Assim fica difícil.
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