Martim Berto Fuchs
Sem
coletivismo, sem socialismo; via iniciativa privada. Este é o futuro !!!
O que
mais precisa acontecer para que se prove que empresas na mão do Estado não
funcionam ? Não funcionaram na Rússia depois URSS, na China, em todo leste
europeu, na África, em Cuba, na Venezuela, no Brasil. Nunca funcionaram e não
vão funcionar.
Empresas
no conceito de coletivas, sem dono, sem responsabilidade com o êxito num
sentido amplo, simplesmente não funcionam. Quer dizer, funcionam por um tempo,
até que seus empregados e aqueles que nelas mandam, suguem tudo que for
possível. Aí, são privatizadas, para desespero dos seus “donos” que até com guerra
ameaçam, mas isto por terem perdido os privilégios, beirando a indecência, que em nenhuma outra empresa conseguirão. Empresas estatais, ou 2 x 1, um trabalha e dois
olham, é passado.
Um novo
conceito de empresas tem que ser admitido, empresas sociais, onde os acionistas
(capital) ficam com 50% do lucro, e os trabalhadores registrados na mesma, com
os outros 50%.
Importante: estou falando do lucro antes do
pagamento de empréstimos que financiaram ou financiam o ativo imobilizado.
Ativo imobilizado pertence aos acionistas. Logo, são eles que tem que pagar por
ele, com a sua parte do lucro.
Nas
empresas sociais, o acionista pode se tornar majoritário com apenas 26% do
capital e este acionista pode ser, em última instância, o governo federal, o
estadual ou o municipal.
Porém, a
primeira regra e mais importante, no caso do governo ser acionista majoritário,
é que sua atuação se resume ao Conselho Administrativo, que evidentemente
contrata os profissionais no mercado de trabalho, para comporem a Diretoria
Executiva.
Empresa social onde o governo é
acionista majoritário:
Artigo primeiro: é vedada toda e qualquer interferência
de membros do governo na ação executiva dos Diretores, sob pena de demissão sumária, por justa causa, daquele Diretor que atender, não importa sob que
condições, a orientação de governantes, fora das diretrizes expressas
claramente e por escrito, pelo Conselho de Administração.
Artigo segundo: é obrigação da Diretoria Executiva
o compromisso com a produtividade, com a eficiência e com o êxito, sendo punido
com demissão sumária, por justa causa, aquele que praticar ou
permitir o empreguismo, seja pela quantidade de pessoas desnecessárias, ou pela
qualidade das pessoas contratadas, fora dos padrões estabelecidos.
Artigo terceiro: as regras de funcionamento das
empresas sociais são iguais para todas, independente de quem é o acionista
majoritário, seja ele particular, estrangeiro ou o governo.
Empresa social onde estrangeiro é
acionista majoritário:
Quando
estrangeiro, a empresa não poderá contar com a participação acionária do FIPS-Fundo de Investimento e Previdência
Social.
É dentro
deste conceito que o Brasil dará a volta por cima. Sem mais olhar para o
passado, independente da choradeira de uma minoria, que perderá seus indecentes
privilégios.
Fica
entendido, que defendo a introdução do conceito de empresas sociais, somente se o restante do projeto
Capitalismo Social ocorrer simultaneamente, começando pelo sistema político.
À nível
de governo, o debate ideológico esquerda x direita é um anacronismo, pois tudo
evoluiu, começando pelo ser humano. Então por que ainda estamos discutindo se
socialismo (coletivismo) é melhor do que individualismo, capitalismo ?
Pregou-se
como um mantra, transformando-se em dogma desde o início do século XX, a
mentira de que socialismo é sinônimo de justiça social. Nada mais falso e a
prática já demonstrou. Não existe socialismo democrático, pois socialismo
(coletivismo) para funcionar exige a supressão da liberdade, bem maior dos
seres humanos. Países socialistas não aceitam que as pessoas pensem e expressem
suas idéias, salvo se for para apoiar o regime. Se discordarem, somem.
O que
temos que aperfeiçoar é o capitalismo, que começou com:
-
Capitalismo selvagem até fins do século XIX
-
Capitalismo liberal até fins do século XX
-
Capitalismo Social à partir do século XXI.
O moderno estado-nação tem que se espelhar nos seguintes princípios:
- Estado
político: democrático. Liberdade com responsabilidade.
- Estado
econômico: livre iniciativa, onde os trabalhadores serão os acumuladores de
capital para desenvolver as empresas sociais.
- Estado
social: de justiça para quem trabalha, e de auxílio para quem não pode
trabalhar, respeitando e valorizando a individualidade para se chegar ao desenvolvimento
do todo.
É
através do Capitalismo Social que vamos alcançar cada vez mais a meta de
justiça social com desenvolvimento. Somos seres individuais e não seres
coletivos. Seres individuais vivendo em sociedade, mas com diferentes graus de
evolução.
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