Martim Berto Fuchs
Também
tenho defendido, como último recurso, a intervenção militar, nos moldes do
autorizado no Artº 142 da nossa Constituição Federal.
Acompanhei
nos tempos de estudante, 1964, a intervenção das FFAA no processo político.
Naquela
época, Jango, Brizola, Arraes e outros menos votados, foram mais incisivos na
tentativa de aplicar o modelito falido da dupla Marx/Lenin aqui no Brasil.
Estavam todos encantados com a odisséia do Fidel Castro lá em Cuba. Principalmente
Brizola.
Mas, não
tinham uma base estruturada como hoje tem o lulopetismo, encarregado de
promover as diretrizes do Foro de São Paulo, que nada mais é do que a
implantação do socialismo, seja lá que nome queiram dar atualmente, mas com todas
pseudo assertivas do marxismo.
Desta
vez, os novos esquerdistas, o lulopetismo, pois a esquerda brasileira sem Lula
não existe, conseguiu montar uma estrutura abrangente no setor público à nível
federal. Estão, sem dúvida nenhuma, numa situação mais confortável para tentar
permanecer no poder e gradativamente impor seu desiderato, que é acabar com a
propriedade privada e a empresa privada.
Getúlio
Vargas, no fim dos seus 15 anos de poder absoluto, 1930/1945, criou dois
partidos políticos, o PTB e o PSD.
O PTB, criado
para não permitir a adesão dos trabalhadores ao comunismo, acabou, nas mãos de
Brizola, com Carta Testamento e tudo, ironicamente, se transformando num
partido socialista, que ele, para não perder eleições no RS, negava
enfaticamente.
O PSD,
criado para abrigar a oligarquia agrária e o empresariado sócio do Tesouro
Nacional, manteve seus propósitos até a extinção em 1965.
Dos novos
partidos políticos, criados à partir de 1979, se destacam no momento o PT, que
substituiu o PTB de 1964, e o PMDB, que substitui o PSD de então. Se
desconsiderarmos os atores, só mudaram os nomes, como sempre ocorre no Brasil.
Mudar para nada mudar.
O Clube
Militar, que desde 1922 (Tenentismo) passou à ter voz ativa nas questões
políticas nacionais com seu nacional-desenvolvimentismo,
continua arraigado aos seus princípios de quase 100 anos atrás, na época que
estatização da economia era a nova moda lançada pela Rússia e seguida pela
Itália e Alemanha.
Com os
governos militares a partir de 1964, que colocaram à correr os defensores do coletivismo, a empresa nacional teve todo
apoio para se desenvolver, bem assim como empresas estrangeiras e
principalmente novas empresas estatais, processo iniciado na era Vargas.
Desde
então, mas principalmente à partir da campanha do petróleo é nosso, 1953, que o
Clube Militar se divide entre essas duas correntes: uma defendendo ardentemente
a criação de empresas estatais, as 2 x 1, um trabalha e dois olham, e outra que
também apóia o desenvolvimento das empresas privadas, sejam nacionais ou estrangeiras.
No grupo
dos apoiadores de estatais e do nacional-desenvolvimentismo,
estão aqueles que acham correto o desenvolvimento à qualquer custo e preço,
independente de como a história terminará. Sabemos de antemão como terminará, por
mais um exemplo, como o da Venezuela, cujas reservas cambiais, que há três anos
estavam na casa de US$ 483 bilhões, hoje não chegam a US$ 10 bilhões.
Dilapidação única na história da economia mundial. Já estão entrando em férias
coletivas gerais para não gastar energia, isto sendo um dos maiores produtores
de petróleo do mundo.
Um dos apoiadores
e defensores do nacional-desenvolvimentismo
é o coronel reformado Gélio Fregapani, que em artigo publicado no site
DefesaNet e também apresentado no Brasil Soberano e Livre, declara:
“Foi publicado que o nosso Pais
dispõe de 380 bilhões de dólares em reservas cambiais. Os entreguistas se opõem a utilização das reservas como esse dinheiro
não tivesse sido acumulado para utilizá-lo para tocar investimentos e nas horas
difíceis. Para eles, as reservas servem apenas para dar credibilidade
internacional e quando muito para garantir o pagamento dos juros da dívida
externa. Para o resgate da dívida, (mesmo parcial) nem pensar, pois isto
significa matar a galinha dos ovos de ouro (dos credores, claro).
Certo, o ideal é utilizar os recursos disponíveis para alavancar investimentos que propiciem maior produção, empregos, renda, e consumo como ferrovias, estradas, portos, hidrelétricas, refinarias, poços de petróleo, silos para armazenamento agrícola e outras obras de infraestrutura priorizando a área de pesquisa, inclusive a de material bélico, sem a qual dificilmente há desenvolvimento.
Deixar esse dinheiro parado se assemelha ao mau general, que não emprega sua reserva nem para impulsionar uma fração que avança nem para socorrer outra em dificuldade. A forma mais burra é manter esse dinheiro eternamente parado, sem utilidade e até dando despesas.
E quando não houver mais reservas e for indispensável recursos para progredir ou fazer face a uma calamidade? – Imprima-se! A pior coisa a fazer é pedir emprestado. O dinheiro impresso causa a mesma inflação que o dinheiro conseguido por empréstimo e se for empregado em um investimento que crie riquezas, compensará.” Os grifos são meus.
Certo, o ideal é utilizar os recursos disponíveis para alavancar investimentos que propiciem maior produção, empregos, renda, e consumo como ferrovias, estradas, portos, hidrelétricas, refinarias, poços de petróleo, silos para armazenamento agrícola e outras obras de infraestrutura priorizando a área de pesquisa, inclusive a de material bélico, sem a qual dificilmente há desenvolvimento.
Deixar esse dinheiro parado se assemelha ao mau general, que não emprega sua reserva nem para impulsionar uma fração que avança nem para socorrer outra em dificuldade. A forma mais burra é manter esse dinheiro eternamente parado, sem utilidade e até dando despesas.
E quando não houver mais reservas e for indispensável recursos para progredir ou fazer face a uma calamidade? – Imprima-se! A pior coisa a fazer é pedir emprestado. O dinheiro impresso causa a mesma inflação que o dinheiro conseguido por empréstimo e se for empregado em um investimento que crie riquezas, compensará.” Os grifos são meus.
Quer
dizer, nem houve uma intervenção militar na nossa caótica política e já se está
de olho nas nossas reservas (fluxo de caixa indispensável em qualquer empresa
que se preze) para investimento em novas empresas 2 x 1, um trabalha e dois
olham, ou, estatais ?
Ou seja,
as causas que afetam diretamente nosso país não são levadas em consideração,
como se nos últimos 13 anos nossos políticos não tivessem arrecadado da
população otária, mais de
R$ 25 trilhões de reais
!!!
Onde foi empregado esse
dinheiro ???
Agora já querem também
fazer uso das reservas, como o nome já diz, reservas, se nem do outro valor foi
prestado conta ?
Se a
classe política não teve competência para fazer bom uso em investimentos com a arrecadação
normal, pelo contrário, GASTOU tudo, criminosamente, por que faria bom uso das
reservas ? E a pérola da proposta vem à seguir: “quando acabarem as reservas, IMPRIMA-SE.”
Já disse
inúmeras vezes e vou repetir quantas vezes for necessário: antes de apoiarmos
irrestritamente uma nova intervenção das FFAA na nossa PODRE política, tem que
se olhar para o sistema que a mantém. Extinguir novamente as organizações
criminosas pomposamente denominadas de partidos políticos e substituí-las por novas
ARENA e MDB, não resolve absolutamente nada. É mudar para continuar tudo igual.
E continuar
apoiando claramente o capitalismo de estado, empresas estatais pertencentes à classe
política, de seus defensores sempre engajados, e de sua enormidade de
empregados sem trabalho, que de públicas só tem o dinheiro tomado da população
para criá-las, é perseverar num erro comprovado.
Temos opções !!! Por que não discuti-las pública e
abertamente, sem conchavos em hotéis de luxo ou em clubes ? O que impede esse
debate ? As viseiras ideológicas e os interesses escusos da nossa classe
política e seus financiadores/fornecedores ?
Nenhum comentário:
Postar um comentário