Jornal de Boas
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Iniciativa
acontece há cerca de um mês, na cidade de Vitória da Conquista.
‘Eles se
sentem aconchegados com esse ‘abraço’ que a gente dá’, conta.
Pode
parecer só um banho, mas para o empresário Cláudio Lacerda, de Vitória da
Conquista, sudoeste da Bahia, a iniciativa que começou há cerca de um mês
oferece bem mais do que isso para pessoas em situação de rua.
“O
banho, além de deixar a pessoa limpa, dá a conversa. Eles se sentem
aconchegados com esse ‘abraço’ que a gente dá com o banho”, descreve. Cláudio é
dono de uma loja de energia solar em Conquista e montou o “Banho Solidário” a
fim de oferecer atenção e melhores condições de saúde.
Uma vez
por semana, ele estaciona o veículo, levado por uma caminhonete, no centro da
cidade. A estrutura foi montada com recursos próprios, com custos que ele
prefere não revelar. “[O veículo] foi feito exclusivamente para isso. Temos um
banheiro masculino e outro feminino. A água, que vai em uma caminhonete, é de
poço artesiano, não é da Embasa, é sustentável. O descarte é feito igual à água
de chuva e vai para o esgoto. É um banho de hotel, com água pressurizada. É um
jato gostoso. Além do banho, tem shampoo, fica com cheiro agradável”, explica.
Cláudio
diz que muitas vezes dá orientações para quem pede ajuda. “Ensinamos noção de
higiene, de como lavar. Eles precisam de conversa. Eu mesmo fico, um dia foi
uma psicóloga, já foi um diretor de uma grande imobiliária, em outro uma pessoa
que trabalha em instituição para atendimento a dependentes químicos. São
pessoas que se sensibilizam e nos acompanham”, conta. Durante a ação, os
atendidos já pediram ajuda para se informar sobre alguma instituição que cuida
da recuperação de dependentes químicos e como fazer para recuperar documentos
perdidos.
Desde
que começou a iniciativa, o empresário conta que algumas pessoas já o
procuraram para oferecer apoio financeiro, mas ele afirma que o que mais
precisa é de voluntários que possam doar atenção para quem precisa.
“O legal
é gente para ter essa conversa. Não adianta só querer e não agir.
O carro
está dando conta. Dinheiro a gente não aceita. A gente aceita a companhia, ou um
material, toalha, shampoo. Por incrível que pareça, dinheiro é o mais fácil. A
disponibilidade que é mais difícil. Em duas horas e meia, a gente dá banho em
20 pessoas”, afirma.
Fonte: http://g1.globo.com/
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