José Viegas Filho
Vejam bem: Não se trata apenas de defender o Governo ou derrubá-lo. A simples troca de Presidente não vai mudar nada. É preciso mudar a maneira como se faz política no Brasil. Como disse a nota da Odebrecht, em um raro momento de transparência, o nosso sistema político-partidário é perverso e nocivo (minhas palavras). Sem mudar esse sistema, com quem quer que seja o Presidente, o governo será igual, o Congresso será igual e a corrupção continuará.
O que temos que mudar é a política esfarelada em mais de trinta partidos, é a apropriação pessoal dos mandatos eletivos, é o “toma-lá-dá-cá”, a desfaçatez e a mesquinharia.
É hora de pensar, de imaginar. Estamos diante de um inevitável período de agitação. Se esse período for gasto em lutas entre defensores e adversários do Governo atual, estaremos errando o alvo. Temos que discutir a maneira de governar o nosso país no futuro.
Temos que transcender as disputas emocionais e imediatas para pensar na construção da democracia. Não devemos dividir-nos. Somos todos brasileiros. Devemos somar-nos e, em vez de querer mudar só o Governo, mudar a estrutura política.
Temos que recomeçar. A curto prazo, o Brasil estará ingovernável e haverá um vácuo de poder.
Vejam bem: Não se trata apenas de defender o Governo ou derrubá-lo. A simples troca de Presidente não vai mudar nada. É preciso mudar a maneira como se faz política no Brasil. Como disse a nota da Odebrecht, em um raro momento de transparência, o nosso sistema político-partidário é perverso e nocivo (minhas palavras). Sem mudar esse sistema, com quem quer que seja o Presidente, o governo será igual, o Congresso será igual e a corrupção continuará.
O que temos que mudar é a política esfarelada em mais de trinta partidos, é a apropriação pessoal dos mandatos eletivos, é o “toma-lá-dá-cá”, a desfaçatez e a mesquinharia.
É hora de pensar, de imaginar. Estamos diante de um inevitável período de agitação. Se esse período for gasto em lutas entre defensores e adversários do Governo atual, estaremos errando o alvo. Temos que discutir a maneira de governar o nosso país no futuro.
Temos que transcender as disputas emocionais e imediatas para pensar na construção da democracia. Não devemos dividir-nos. Somos todos brasileiros. Devemos somar-nos e, em vez de querer mudar só o Governo, mudar a estrutura política.
Temos que recomeçar. A curto prazo, o Brasil estará ingovernável e haverá um vácuo de poder.
É a hora de uma ação popular destinada a convocar no prazo
mais curto possível uma Constituinte Exclusiva para fazer a reforma política
que o nosso Congresso não é capaz de fazer.
É a hora de encomendar ao Supremo Tribunal Federal/Superior Tribunal Eleitoral
a elaboração das regras dessa eleição. Por que não? Não foi o Supremo quem
proibiu as doações eleitorais das empresas? Não foi o Supremo quem definiu o
rito do impeachment?
Aí então poderemos pensar em um Legislativo e um Executivo que efetivamente representem o nosso povo, com regras decentes de financiamento eleitoral, novos partidos, fidelidade partidária, cláusulas de barreira, enfim em uma verdadeira democracia representativa.
Aí então poderemos pensar em um Legislativo e um Executivo que efetivamente representem o nosso povo, com regras decentes de financiamento eleitoral, novos partidos, fidelidade partidária, cláusulas de barreira, enfim em uma verdadeira democracia representativa.
José Viegas Filho
Embaixador
aposentado, foi ministro da Defesa
O Globo/Brasil Soberano e Livre
Comentário do blog:
Exponho estes artigos aqui no blog,
para mostrar que já são muitas pessoas defendendo um novo sistema político.
Contudo, a maior parte deles, passa o problema para outros, além de propor que o Poder Judiciário passe à legislar. Por quê ?
Por que não começarmos o debate do
novo sistema em cima de uma pré-projeto ?
- Capitalismo selvagem – época do
Marx, século XIX
- Capitalismo liberal – virada do
século XIX para o XX
- Capitalismo social – século XXI
Por que insistir com partidos
políticos ?
Por que não debater exaustivamente,
num fórum específico, uma democracia representativa, onde os candidatos são
escolhidos pelos eleitores e não por partidos, que ao longo das décadas tem se
mostrado sempre como maus representantes, isto para dizer o mínimo ? (MBF).
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