domingo, 5 de outubro de 2014

Hoje, 05 de outubro, temos que participar da farsa


por Martim Berto Fuchs

Hoje 05 de outubro teremos que referendar um dos candidatos que nos foram impostos pelos partidos políticos, nesta farsa que chamam de eleições “democráticas”.
Para presidente e governador, ganhe quem ganhar, pouca coisa vai mudar, e, dependendo de quem ganhar, a tendência é piorar.

Novamente o eleito, uma vez empossado, esquecerá as promessas desvairadas proferidas como candidato. Esquecerá, por que não terá coragem nem apoio para implementá-las.
Primeiro que ele não é dono da sua consciência, uma vez que para ser candidato, vendeu-a ou no mínimo alugou por quatro anos para os donos dos respectivos partidos e seus financiadores. Segundo, porque a principal motivação para alguém ser candidato é o enriquecimento ilícito. O que eles pensam não importa, tanto que tentam nos impingir o Voto em Lista, onde o eleito terá atuação ainda mais apagada que hoje.

PT. Para o PT, p.ex., os principais financiadores são as 120 empresas estatais, dominadas hoje pelos sindicalistas amigos, a maioria, e algumas pela base enlameada. Como precisam manter nas diversas folhas de pagamento do setor público todos seus filiados, o fim justifica os meios, ou seja, é lícito roubar para se manter no poder. De quebra, aumentar suas contas particulares nos paraísos fiscais.

Oposição (?)”. Por que pouca coisa vai mudar ? Porque os opositores do PT fazem a mesma coisa. Se ganharem, só mudam os números das contas correntes nos paraísos fiscais e o acréscimo de seus apaniguados nas diversas folhas de pagamento do setor público, essa vaca de 13 tetas.
Reformas mesmo não haverá, seja política ou fiscal; só remendos de ocasião e bastante trabalho para os marketeiros, a quem cabe convencer a população mais “esclarecida” sobre as “novas” medidas, pois a menos esclarecida, depois de vender o voto, só espera pelas novas benesses.

Capitalismo Social é uma proposta que enfrenta corajosamente os problemas citados, pois parte de um novo paradigma, de uma nova visão de sociedade, começando pelo fato de caber aos eleitores a escolha dos candidatos e não mais aos partidos políticos, seus donos, seus financiadores e seus marketeiros contratados à peso de ouro, que também depositam seus ganhos auferidos pelos caixa 2 de campanha (alô, alô “ministro Toffoli”, caixa 2 existe sim), nos paraísos fiscais, impunemente.

O Brasil na mão das esquerdas retrógadas, comandadas pelo PT e amparadas pelo PMDB, caminha perigosamente para um impasse institucional.
Brizola e seus grupos de 11 tentaram pela via direta a mudança das regras do jogo. Deu em 21 anos de intervenção militar.
Lula e Dilma tentam via Medidas Provisórias e depois comprando os votos necessários no Congresso Lamaçal, para dar autenticidade aos seus atos.
Em ambos os casos, digo e reafirmo: o principal culpado é o sistema de governo, teoricamente embasado no capitalismo, mas praticado por todos políticos, e espertamente “condenado” pela esquerda. Essa, rouba com a mão direita o que dá com a esquerda.

À um governo eleito democraticamente, sem interferência de partidos, de financiadores e de roubo do dinheiro público para usar em auto-promoção, caberia tão somente investir e gerenciar honesta e criteriosamente em educação, moradia, saúde pública, segurança e infra-estrutura.
E para tratar corretamente disto, o Brasil já arrecada o suficiente.

Na proposta de Capitalismo Social defendo um Estado no tamanho ideal: nem mínimo nem obviamente paquidérmico. Isto é possível sim, desde que a sociedade acorde e se conscientize que esta eleição que terá hoje mais um lamentável capítulo, é uma farsa !

Estas eleições são um jogo de cartas marcadas. Sempre foram. Mantendo esta estrutura ultrapassada sob a qual vivemos, eternizam as desigualdades sociais que as esquerdas malandramente aproveitam como cavalo de batalha. Depois da batalha ganha, trocam seus cavalos por carros e apartamentos de luxo e gordas contas correntes no exterior.

E a direita, envergonhada, já nem fala mais em Estado mínimo, pois hipocritamente, sempre dispôs dos seus feudos para colocar seus cabos eleitorais, parentes, amantes e amigos nas folhas de pagamento do setor público, incluso estatais, em qualquer “eleição” que ganharam, ou onde hoje façam parte de alguma base enlameada provinciana.

É essa mesma direita que depois vai bater nas portas dos quartéis para que os militares salvem seus anéis. Enquanto isto, assiste calada a humilhação e desmanche das nossas FA praticado abertamente pelo PT e seus cúmplices.





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