Martim Berto Fuchs
Estudei
na Escola Técnica Parobé em Porto Alegre (1962/1965). Brizola, comunista/socialista escudado na
bandeira do trabalhismo, tinha sido Deputado Estadual pelo PTB (1947/1955) e Prefeito
entre 1956/1958 quando encampou as empresas norte-americanas Bond and
Share, energia e bondes elétricos urbanos e ITT, telefonia.
Para se
eleger Governador (1959/1963), assim como Lula fez a carta à FIESP, ele, Brizola,
fez uma declaração ao povo do rio grande (1958), negando que fosse
comunistas/socialista, pois o interior do estado era sabidamente
anti-comunista.
Quando
da eleição para Prefeito de POA em 1963, ele visitava as salas de aula das
escolas públicas de alunos maiores de 18 anos, levando a tiracolo seu
candidato, Sereno Chaise, mais o diretor da escola e alguns professores partidários.
Ausente
do RS e do Brasil de 1964 a 1979, a esquerda gaúcha foi tomada pelos barbudinhos
vermelhos que viriam a formar o PT e que continuaram o controle do sindicato
dos professores, tanto o estadual, Cpers, como os municipais, onde isso fosse
possível.
Até a
implosão da URSS, esta ajudava financiar não só os sindicatos como também os
grêmios estudantis, que recebiam dinheiro do exterior, que servia também para manter
alunos profissionais, principalmente nas faculdades, que repetiam de ano de
caso pensado, para poder catequizar calouros.
Esse
namoro da Secretaria Estadual de Educação do RS e o seu sindicato, Cpers, com o
socialismo, estatismo, empreguismo, como se vê, é antigo.
Acomodado
durante os governos militares, voltou atuante em 1979 após a anistia e desde
então não parou mais de intensificar a pregação socialista, ideológica, além de
continuar e intensificar o empreguismo no setor público, em particular na
Secretaria Estadual de Educação, praga enraizada desde os primórdios, assumida
e tornada ostensiva com os governos socialistas que se sucederam.
Lembro
que no governo de Pedro Simon, 1987/1990, o RS já estava falido, pois Simon,
assim como seus sucessores, apenas tentaram administrar o caixa do governo para
garantir a folha de pagamento. A pá de cal foi o “governo” do comunista Tarso
Genro (2011/2015), que acabou de vez com a capacidade do estado de honrar seus
compromissos.
Escolas
sucateadas, delegacias de polícia sem manutenção e sem material de expediente
inclusive, hospitais idem, estradas esburacadas, mas em compensação, o inchaço
da folha de pagamento é fenomenal, sem contar que as décadas de excesso de
pessoal na ativa, tornou também a folha dos inativos uma monstruosidade.
O Cpers,
na sua costumeira cegueira ideológica, paralisa todos os anos o ensino público
no estado – manutenção de privilégios e aumento salarial para os inúteis
acobertados pelos poucos professores -, invadindo escolas, mantendo alunos já
idiotizados na linha de frente, impedindo o acesso de quem quer estudar, bem
assim como de professores que não comungam com o socialismo.
O jovem
Deputado Estadual Marcel Von Hattem teve a ousadia de apresentar no RS o
projeto, já aprovado no Ceará, Escola sem Partido. Comprou a maior briga que
se pode imaginar, pois a Secretaria de Educação é feudo histórico dos
socialistas. Parabéns para ele.
Cabe a pergunta
Se o
socialismo se deu mal em todos países em que foi implantado, via de regra à
força, e tendo falhado estrepitosamente em todos, por que continuamos dividindo
espaço político com uma ideologia moribunda ? O que mais podemos esperar do
domínio dos vermelhinhos na educação brasileira, a não ser o pior dos mundos ?
Repetição
de mantras, dogmas, palavras de ordem, intolerância, agressividade como
resposta ao diálogo, quebra-quebra, e, como não poderia deixar de ser, centenas de milhares
de empregos sem trabalho.
Os
partidos de esquerda somados não passam de 15% do eleitorado brasileiro, e isso
contando com o voto dos analfabetos. Se estão/estavam no poder, se deve ao
fenômeno Lula, pois se não fosse por ele, jamais chegariam a Presidência da
República.
Não
obstante esses números, o país tem se curvado às gritarias dos mesmos, que,
diga-se, sempre muito bem orientadas pelos seus marketeiros, verdadeiros astros
do ilusionismo.
Se
queremos aproveitar que estamos no fundo do poço para uma mudança radical de paradigmas,
é bom que fique registrado, que antes que Brizola começasse a
socialização/estatização da economia gaúcha, seus antecessores já tinham o mau
hábito de encostar nas folhas de pagamento do setor público sua grande família
(cabos eleitorais, parentes, amantes e amigos), apenas, paralelamente, cuidavam
de produzir para poder arcar com o excesso de “carga”.
O que
aconteceu é que nos últimos 14 anos, além da entrada em comboios de novos parasitas nas
folhas de pagamento do setor público, os socialistas que já haviam quebrado
todos os países onde colocaram sua incompetência a serviço do Estado, nos
brindaram, infelizmente, com mais uma demonstração da sua incapacidade
histórica para gerir um país.
Pelo
lado da produção, o liberalismo dá-se bem. Sabe produzir com competência. Pelo
lado da justiça social, é tudo uma questão dos trabalhadores conseguirem
acompanhá-lo na sua corrida de obstáculos, pois quem não conseguir,
independente do motivo, seja este por incapacidade, por desgaste físico, por
doença, ou outro motivo existente, fica pelo caminho, a Deus dará. Não perdem
tempo nem dinheiro amparando quem não pode mais produzir e se defender.
O comunismo/socialismo/trabalhismo,
de positivo só tem a intenção de justiça social. Esta é elogiável. Mas, se
entregar as rédeas dos negócios para eles, seja do Estado ou das empresas,
ficamos sem produção e por conseguinte, sem nenhuma justiça social, pois não dá
para dividir o que não existe.
O Brasil
precisa decidir o que quer fazer do seu presente, e do futuro dos seus filhos e
netos. Como está, já esgotou a paciência de todos que não participam e não
concordam - a
grande maioria - com a farra com o dinheiro dos impostos; seja esta por
roubo puro e simples, pela incompetência, pela má aplicação, desvio, pela
corrupção, ou empreguismo, que é o início e a soma de tudo.
IMPORTANTE: os
socialistas sabem há muitos anos que sua proposta não vingou. Portanto, se
continuam defendendo o empreguismo no setor público, que eles chamam de “pleno
emprego”, ou seja, um trabalha, dois olham, e os da iniciativa privada pagam, é
apenas por conveniência, e não mais por acreditar que estatização é o melhor caminho.
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