quarta-feira, 15 de junho de 2016

Por que continuamos aceitando calados o socialismo, a estatização, o empreguismo ?

Martim Berto Fuchs

Estudei na Escola Técnica Parobé em Porto Alegre (1962/1965).  Brizola, comunista/socialista escudado na bandeira do trabalhismo, tinha sido Deputado Estadual pelo PTB (1947/1955) e Prefeito entre 1956/1958 quando encampou as empresas norte-americanas Bond and Share, energia e bondes elétricos urbanos e ITT, telefonia.

Para se eleger Governador (1959/1963), assim como Lula fez a carta à FIESP, ele, Brizola, fez uma declaração ao povo do rio grande (1958), negando que fosse comunistas/socialista, pois o interior do estado era sabidamente anti-comunista.  

Quando da eleição para Prefeito de POA em 1963, ele visitava as salas de aula das escolas públicas de alunos maiores de 18 anos, levando a tiracolo seu candidato, Sereno Chaise, mais o diretor da escola e alguns professores partidários.

Ausente do RS e do Brasil de 1964 a 1979, a esquerda gaúcha foi tomada pelos barbudinhos vermelhos que viriam a formar o PT e que continuaram o controle do sindicato dos professores, tanto o estadual, Cpers, como os municipais, onde isso fosse possível.

Até a implosão da URSS, esta ajudava financiar não só os sindicatos como também os grêmios estudantis, que recebiam dinheiro do exterior, que servia também para manter alunos profissionais, principalmente nas faculdades, que repetiam de ano de caso pensado, para poder catequizar calouros.

Esse namoro da Secretaria Estadual de Educação do RS e o seu sindicato, Cpers, com o socialismo, estatismo, empreguismo, como se vê, é antigo.

Acomodado durante os governos militares, voltou atuante em 1979 após a anistia e desde então não parou mais de intensificar a pregação socialista, ideológica, além de continuar e intensificar o empreguismo no setor público, em particular na Secretaria Estadual de Educação, praga enraizada desde os primórdios, assumida e tornada ostensiva com os governos socialistas que se sucederam.

Lembro que no governo de Pedro Simon, 1987/1990, o RS já estava falido, pois Simon, assim como seus sucessores, apenas tentaram administrar o caixa do governo para garantir a folha de pagamento. A pá de cal foi o “governo” do comunista Tarso Genro (2011/2015), que acabou de vez com a capacidade do estado de honrar seus compromissos.

Escolas sucateadas, delegacias de polícia sem manutenção e sem material de expediente inclusive, hospitais idem, estradas esburacadas, mas em compensação, o inchaço da folha de pagamento é fenomenal, sem contar que as décadas de excesso de pessoal na ativa, tornou também a folha dos inativos uma monstruosidade.

O Cpers, na sua costumeira cegueira ideológica, paralisa todos os anos o ensino público no estado – manutenção de privilégios e aumento salarial para os inúteis acobertados pelos poucos professores -, invadindo escolas, mantendo alunos já idiotizados na linha de frente, impedindo o acesso de quem quer estudar, bem assim como de professores que não comungam com o socialismo.

O jovem Deputado Estadual Marcel Von Hattem teve a ousadia de apresentar no RS o projeto, já aprovado no Ceará, Escola sem Partido. Comprou a maior briga que se pode imaginar, pois a Secretaria de Educação é feudo histórico dos socialistas. Parabéns para ele.

Cabe a pergunta
Se o socialismo se deu mal em todos países em que foi implantado, via de regra à força, e tendo falhado estrepitosamente em todos, por que continuamos dividindo espaço político com uma ideologia moribunda ? O que mais podemos esperar do domínio dos vermelhinhos na educação brasileira, a não ser o pior dos mundos ?

Repetição de mantras, dogmas, palavras de ordem, intolerância, agressividade como resposta ao diálogo, quebra-quebra, e, como não poderia deixar de ser, centenas de milhares de empregos sem trabalho.

Os partidos de esquerda somados não passam de 15% do eleitorado brasileiro, e isso contando com o voto dos analfabetos. Se estão/estavam no poder, se deve ao fenômeno Lula, pois se não fosse por ele, jamais chegariam a Presidência da República.

Não obstante esses números, o país tem se curvado às gritarias dos mesmos, que, diga-se, sempre muito bem orientadas pelos seus marketeiros, verdadeiros astros do ilusionismo.

Se queremos aproveitar que estamos no fundo do poço para uma mudança radical de paradigmas, é bom que fique registrado, que antes que Brizola começasse a socialização/estatização da economia gaúcha, seus antecessores já tinham o mau hábito de encostar nas folhas de pagamento do setor público sua grande família (cabos eleitorais, parentes, amantes e amigos), apenas, paralelamente, cuidavam de produzir para poder arcar com o excesso de “carga”.

O que aconteceu é que nos últimos 14 anos, além da entrada em comboios de novos parasitas nas folhas de pagamento do setor público, os socialistas que já haviam quebrado todos os países onde colocaram sua incompetência a serviço do Estado, nos brindaram, infelizmente, com mais uma demonstração da sua incapacidade histórica para gerir um país.

Pelo lado da produção, o liberalismo dá-se bem. Sabe produzir com competência. Pelo lado da justiça social, é tudo uma questão dos trabalhadores conseguirem acompanhá-lo na sua corrida de obstáculos, pois quem não conseguir, independente do motivo, seja este por incapacidade, por desgaste físico, por doença, ou outro motivo existente, fica pelo caminho, a Deus dará. Não perdem tempo nem dinheiro amparando quem não pode mais produzir e se defender.

O comunismo/socialismo/trabalhismo, de positivo só tem a intenção de justiça social. Esta é elogiável. Mas, se entregar as rédeas dos negócios para eles, seja do Estado ou das empresas, ficamos sem produção e por conseguinte, sem nenhuma justiça social, pois não dá para dividir o que não existe.

O Brasil precisa decidir o que quer fazer do seu presente, e do futuro dos seus filhos e netos. Como está, já esgotou a paciência de todos que não participam e não concordam - a grande maioria - com a farra com o dinheiro dos impostos; seja esta por roubo puro e simples, pela incompetência, pela má aplicação, desvio, pela corrupção, ou empreguismo, que é o início e a soma de tudo.

IMPORTANTE:  os socialistas sabem há muitos anos que sua proposta não vingou. Portanto, se continuam defendendo o empreguismo no setor público, que eles chamam de “pleno emprego”, ou seja, um trabalha, dois olham, e os da iniciativa privada pagam, é apenas por conveniência, e não mais por acreditar que estatização é o melhor caminho.


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