quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Renan “Cleptômano” Calheiros


Muito raramente assisto noticiários na TV, mas dia 23/12 à noite, 20:30, não estando em minha casa, me vi obrigado à escutar com o que o reincidente Presidente do Senado, com sua costumeira cara de pau, nos “brindava”. Enquanto ele discorria sobre tudo que o Senado fez de bem para o país neste ano que passou, me veio a dúvida. De que país estaria ele falando ? Do Brasil ?

Em primeiro lugar temos que considerar seu visual. Depois de usar um jato da FAB para dar um pulinho até Alagoas e mandar fazer um reparo na sua cara de pau e no cabelo, ele se apresentou na TV todo sorridente, pois até a gravação, ainda não sabia que teria de pagar do próprio bolso por mais esta viagem pirata. Não foi a primeira e nem será a última. Ele tentará outras vezes.

Detalhe: a FAB não tem mais aviões para defesa – e os novos só virão em 2018 - mas ainda mantém alguns para levar as “otoridades” para passear, às nossas custas. Se ninguém reclama, fica por isso mesmo. Esta é a tal de transparência citada pelo Renan na sua fala natalina !

A Casa da Mãe Joana, também conhecida como Senado, mantém na sua folha de pagamento 13.000 pessoas, segundo o senador Pedro Simon. Desde ascensoristas com salário de 8 mil reais, MENSAL, até motorista que serve a filha do Sir Ney, o Ribamar, o dono da sesmaria do Maranhão, com 13 mil reais, MENSAL. Aí até que se justifica (!?!?!?), pois o motorista também leva a madame para serviços particulares quando a mesma está em Brasília e pelo que consta, também serve de mordomo no palacete da família.

O Renan deve estar se perguntando: - Por que cada vez que solicito um jato da FAB para minhas viagens particulares, o pessoal vem com esse berreiro todo ? Por que não falam do Sarney ? Pois é seu Renan. Por enquanto é você o porteiro da Casa da Mãe Joana. Termine o mandato de 2 anos ou renuncie antes, novamente, para não ser cassado, e o próximo será o Ribamar. Mais uma vez. Aí voltaremos a nos ocupar dele. Até lá, agüente. Ia dizer ou se emende, mas aí já é pedir demais.

O Senado é uma instituição romana, antiga, da época anterior ao Império.  Era o órgão, composto pela aristocracia do dinheiro, que administrava Roma. Quando da sua expansão bélica, os Senadores se desentenderam, acabando, resumidamente, apelando para os militares administrarem o império já em formação.

Lá se vão 2050 anos. Hoje, nem a Itália tem mais Senado, à não ser uma Câmara Alta municipal, em Roma. Digamos que essa excrescência é coisa de país rico, como o nosso.

Nosso Senado hoje em dia serve para:  
- Colocar os cabos eleitorais, parentes, amantes e amigos, encostados na sua folha de pagamento. Já são 13.000, mas daí teríamos que descontar aqueles que fizeram concurso, cujo resultado eles recebem em casa antes da prova,  para ir se acostumando com as respostas e acertar o mínimo necessário para ser aprovado.
- Manter os salários dos privilegiados acima do teto permitido, até alguém denunciar insistentemente. Aí esta mordomia é encerrada, até que na calada da noite passem uma nova norma interna, abrindo um novo caminho, para uma nova falcatrua. Nesta última, agora momentaneamente proibida, desviaram 250 milhões para o bolso de alguns cretinos.
- Os candidatos escolherem alguém que lhes financie a campanha e como premio o financiador é escolhido como suplente. Quatro anos para o titular se locupletar; aí ele se candidata a Prefeito ou Governador, até para Presidente, e os outros 4 anos para o suplente reaver com altos juros o valor emprestado.

Em Capitalismo Social essa excrescência chamada Senado deixará de existir, salvo que alguém justifique com argumentos convincentes a necessidade deste sumidouro de dinheiro continuar existindo.

Quando se lê e compara diversos livros de história, acaba se compreendendo porque países aparentemente com tudo para continuar se expandindo, de uma hora para outra começam declinar. Como exemplo vivo, basta mirar-se na atualidade brasileira para vivenciar o declínio de um povo, de uma nação.

Nossos jovens de hoje querem ser políticos, pois dificilmente outra profissão, à não ser banqueiro, trará tanto retorno em tão pouco tempo de atuação. Retrato de uma tragédia anunciada.


Enquanto a sociedade não debater um novo Contrato Social, e ainda por cima manter funcionando inutilidades como esse tal de Senado, não adianta falar em ética e moral, nem emendar mais uma vez nosso processo político, como parece que o Congresso Lamaçal está se propondo, pois a chave do galinheiro está na mão das raposas.

Nenhum comentário: