segunda-feira, 3 de março de 2014

STF – Exemplo da vassalagem ao Rei/Presidente


por Martim Berto Fuchs

O Estado moderno no Brasil e na maioria dos países “democráticos” do ocidente, é uma mistura do profano, feudalismo dos reis, duques, condes, etc. na sua luta constante pelo mando, com o sacro, Igreja Católica, na época da Idade Média. O Poder passava de um para outro lado dependendo das circunstâncias, e dessa síntese origina-se nosso conceito de Estado.

Hoje a religião, Católica, está oficialmente afastada do Estado, mas na prática está presente em todos órgãos oficiais. E isto incomoda os atuais detentores do Poder, materialistas e ateus que são. Lamentável que a religião tenha afastado tanta gente da realidade espiritualista.

Os maçons passaram a condenar a Monarquia Absolutista,  desde a morte na fogueira do Grão-Mestre Templário Jaques de Molay em 1307, “condenado” por ordem de Felipe IV “o Belo”, Rei da França, com a concordância do Papa Clemente V - eleito por maquinações de Felipe IV - onde o Rei legislava, executava e julgava, diretamente.

Em 1776 os maçons americanos derrubaram a Monarquia Absolutista nas colônias inglesas da América do Norte, e fundaram a primeira República Democrática, unindo as 13 colônias naquilo que seria os Estados Unidos da América.

Em 1789 os franceses tentaram o mesmo, uma República Democrática, com aquilo que conhecemos como Revolução Francesa, mas que, traída por Napoleão, se transformou no que caracterizo como Monarquia Republicana, pois mudaram a designação de Rei para Presidente, criaram os Três Poderes que não passam de departamentos sem poder, apenas que agora o Rei/Presidente não atua mais diretamente e sim através de prepostos, que ele nomeia.

Cem anos depois, 1889, como sempre atrasados, proclamamos nossa “república”, copiando o modelo francês.

Até hoje ocorreram duas ditaduras, a de Vargas de 1930 até 1945 e a de 1964 à 1985, que se caracterizou como sendo a dos militares, tantas vezes tentada anteriormente e finalmente implantada.

As duas ditaduras não conseguiram modificar a essência do nosso sistema político e hoje ainda amargamos a traição de Napoleão aos ideais da Revolução Francesa:  Liberdade, Igualdade, Fraternidade.

Nada adianta discutirmos os votos espúrios do STF na questão dos “mensaleiros” enquanto os membros do Supremo forem nomeados pelo Chefe do Poder Executivo, Rei/Presidente, que muito obviamente exige dos seus vassalos a mais plena obediência. As vezes algum nomeado se rebela, como aconteceu com Joaquim Barbosa. Mas isto raramente acontece, pois via de regra, eles, principalmente do tipo Lewandowski e Toffoli, obedecem cegamente.

O único poder que desafia o Rei/Presidente e não obedece, é a tenebrosa burocracia, os barões feudais do governo permanente, entrincheirados em seus domínios e fortalecidos por seu senso de direito de propriedade. Este o maior entrave para toda e qualquer modificação que se queira fazer no setor público: enquadrá-los em normas democraticamente debatidas, implementadas e que sejam respeitadas.

Espero sinceramente que o Dr. Joaquim Barbosa não aceite concorrer à Presidência da República nas regras atuais. Seria desperdiçar seu potencial.




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