por Martim Berto Fuchs
O Estado moderno no Brasil e na maioria dos países “democráticos” do ocidente, é uma mistura do profano, feudalismo dos reis, duques, condes, etc. na sua luta constante pelo mando, com o sacro, Igreja Católica, na época da Idade Média. O Poder passava de um para outro lado dependendo das circunstâncias, e dessa síntese origina-se nosso conceito de Estado.
O Estado moderno no Brasil e na maioria dos países “democráticos” do ocidente, é uma mistura do profano, feudalismo dos reis, duques, condes, etc. na sua luta constante pelo mando, com o sacro, Igreja Católica, na época da Idade Média. O Poder passava de um para outro lado dependendo das circunstâncias, e dessa síntese origina-se nosso conceito de Estado.
Hoje a religião, Católica, está oficialmente
afastada do Estado, mas na prática está presente em todos órgãos oficiais. E
isto incomoda os atuais detentores do Poder, materialistas e ateus que são.
Lamentável que a religião tenha afastado tanta gente da realidade
espiritualista.
Os maçons passaram a condenar a Monarquia
Absolutista, desde a morte na fogueira
do Grão-Mestre Templário Jaques de Molay em 1307, “condenado” por ordem de
Felipe IV “o Belo”, Rei da França, com a concordância do Papa Clemente V - eleito
por maquinações de Felipe IV - onde o Rei legislava, executava e julgava,
diretamente.
Em 1776 os maçons americanos derrubaram a
Monarquia Absolutista nas colônias inglesas da América do Norte, e fundaram a
primeira República Democrática, unindo as 13 colônias naquilo que seria os
Estados Unidos da América.
Em 1789 os franceses tentaram o mesmo, uma
República Democrática, com aquilo que conhecemos como Revolução Francesa, mas que,
traída por Napoleão, se transformou no que caracterizo como Monarquia
Republicana, pois mudaram a designação de Rei para Presidente, criaram os Três
Poderes que não passam de departamentos sem poder, apenas que agora o Rei/Presidente
não atua mais diretamente e sim através de prepostos, que ele nomeia.
Cem anos depois, 1889, como sempre
atrasados, proclamamos nossa “república”, copiando o modelo francês.
Até hoje ocorreram duas ditaduras, a de
Vargas de 1930 até 1945 e a de 1964 à 1985, que se caracterizou como sendo a
dos militares, tantas vezes tentada anteriormente e finalmente implantada.
As duas ditaduras não conseguiram modificar
a essência do nosso sistema político e hoje ainda amargamos a traição de
Napoleão aos ideais da Revolução Francesa:
Liberdade, Igualdade, Fraternidade.
Nada adianta discutirmos os votos espúrios
do STF na questão dos “mensaleiros” enquanto os membros do Supremo forem
nomeados pelo Chefe do Poder Executivo, Rei/Presidente, que muito obviamente
exige dos seus vassalos a mais plena obediência. As vezes algum nomeado se rebela,
como aconteceu com Joaquim Barbosa. Mas isto raramente acontece, pois via de
regra, eles, principalmente do tipo Lewandowski e Toffoli, obedecem cegamente.
O único poder que desafia o Rei/Presidente
e não obedece, é a tenebrosa burocracia,
os barões feudais do governo permanente, entrincheirados em seus domínios e
fortalecidos por seu senso de direito de propriedade. Este o maior entrave para
toda e qualquer modificação que se queira fazer no setor público: enquadrá-los em
normas democraticamente debatidas, implementadas e que sejam respeitadas.
Espero sinceramente
que o Dr. Joaquim Barbosa não aceite concorrer à Presidência da República nas
regras atuais. Seria desperdiçar seu potencial.
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