Reis. Antigos chefes de clãs. Com o passar dos
séculos, o clero, para atender seus interesses, aceitou transformá-los em “divinos”.
Imperadores. Reis oriundos dos militares.
Nobres. Título que os ex-funcionários públicos do
Império Romano, com o decorrer dos tempos, se outorgaram. Na época do Império
eles eram funcionários públicos enviados para administrar as áreas
conquistadas, taxando os povos residentes, tanto para seu sustento como para o
envio dos impostos à Roma.
Burgos. Foi aproximadamente no ano 1000 que
começaram à surgir os burgos. Surgiram naturalmente, por incapacidade dos
senhores feudais de manterem todos servos com serviço, principalmente pelo
aumento do número de filhos e de novas famílias.
Trabalhadores. Primeiro eles foram escravos, ascenderam
à servos, depois passaram à ser conhecidos como sansculottes, depois
proletários e atualmente são chamados de trabalhadores.
O que tem eles em comum e que os caracteriza, desde
quando escravos ? Por falta de formação, não tem condições próprias de se
organizarem, sendo sempre dependentes de “representantes”.
Explorados e ignorados, só são lembrados quando alguém
precisa deles para defender seus próprios interesses de classe.
Sindicatos
pelegos. Criados por Getúlio Vargas
em 1934 - cópia do modelo fascista de Mussolini - os atuais “defensores” dos trabalhadores
passaram das mãos de Getúlio para as
mãos de Jango e Brizola e depois de 1980 para as mãos de Lulla.
É nas mãos dos sindicalistas que atualmente está a chave
do cofre do Tesouro Nacional, da qual “bom uso” estão fazendo. Para si e seus
“colaboradores” diretos. Aos trabalhadores, como sempre, sobram as migalhas da
orgia da Corte.
Corte. Onde se reúnem os três grupos de
exploradores – os “nobres” sem mais as perucas e títulos, os burgueses e os sindicalistas
pelegos -, para debater, entre um descanso remunerado e outro, como melhor
explorar os trabalhadores.
Monarquia
Republicana. Sistema de governo
brasileiro desde 1889.
1640 – Revolução
Inglesa. Primeira luta declarada dos
burgueses contra a “nobreza” feudal para acabar com o modelo econômico
feudalista. Os trabalhadores serviram apenas como bandeira e como bucha de
canhão.
1776 – Revolução
Americana. Primeira vitória efetiva
da burguesia sobre a realeza e seus “nobres” e que mudaria o mundo conhecido
dali para frente. Nas colônias do sul, a revolução precisou de mais cem anos e
uma sangrenta guerra civil para os escravos alcançaram o “status” de trabalhadores.
1789 – Revolução
Francesa. Primeiro, uniram-se os
“nobres” sem cargos comissionados na
Corte, aos burgueses, que viam o progresso do país obstaculizado pela Monarquia.
Inovaram com a Declaração dos Direitos do Homem e do
Cidadão:
Liberdade –
Igualdade – Fraternidade
Não obstante, a bem da verdade, os trabalhadores permaneceram
de fora desta intenção.
A França passou nesse período histórico (1789-1870) por 10
sistemas de governo:
1 - Nova Constituição (1789-1792).
2 - Terror (1793-1794 = 14 meses = 17.000 execuções
oficiais).
3 - Diretório (1795-1799).
4 - Consulado (1799-1804).
5 – Império. Napoleão Bonaparte (1804-1814).
6 - Monarquia Bourbon, restaurada (1815-1830).
7 - Monarquia Constitucional (1830-1840).
8 - República (1848-1851).
9 - Império (1852-1870).
10 - República (1870-
)
Napoleão traiu
a Revolução, ao permitir a volta da “nobreza” quase à mesma posição e
privilégios de antes. A República então consagrada, foi apenas a passagem de
Monarquia Absolutista para Monarquia Republicana, pois os “nobres” continuaram
usufruindo das suas regalias, apenas que agora não mais dispunham de terras
para a exploração dos servos. Estavam todos enrustidos e garantidos nas folhas
de pagamento da Corte, onde criaram novos feudos, mantendo os títulos, apenas
não as terras.
Revolução Russa:
1ª parte: 1917-fevereiro.
Tomada do poder e formação de um governo provisório pelos socialistas
moderados – mencheviques - pelos burgueses e camponeses.
2ª parte: 1917-outubro. Derrubada do governo moderado menchevique de
Kerenski pelos médios e pequenos burgueses radicais - bolcheviques de Lenin –
utilizando os proletários da incipiente indústria russa como ponta de lança.
Aplicação dos princípios desenvolvidos por Marx, qual seja, o assassinato puro
e simples dos contrários, principalmente dos camponeses e proprietários de
terras, sem contar toda “nobreza”.
No plano econômico, novo modelo de produção: tudo na mão
do Estado e o Estado na mão dos bolcheviques. Neo-feudalismo.
3ª parte: 1991.
Fim da experiência comunista. Milhões de pessoas sacrificadas. Eleições
para escolha dos novos dirigentes: fraudulentas. E os trabalhadores com
salários baixos, não encontrando mais mercadorias à venda pela ineficiência do
sistema de produção até então. Novamente o elo fraco da corrente foram os
trabalhadores, pois aqueles que ascenderam aos cargos de chefia, deram-se bem.
1889 – Revolução
Brasileira I. Mudou apenas a linha
de sucessão. Até então, era de pai para filho, quando muito uma disputa em
família. À partir daí, o cetro e a coroa ficaram livres para serem disputados
pelos cortesãos da Corte e o vencedor passou à chamar-se Presidente em vez de
Imperador.
Os “nobres” aposentaram os títulos nobiliárquicos e as
perucas e continuaram todos nas
folhas de pagamento da Corte, e, como sempre, sem nada produzir, à não ser
papéis para atrapalhar a vida de quem os sustentava e sustenta.
1930 – Revolução
Brasileira II. Primeiro, para permitir
que a disputa pela chave do cofre não se restringisse à São Paulo e Minas
Gerais como até então.
Segundo, foi uma tentativa de cortar o cordão umbilical com
os patrões externos, pois colônia continuávamos sendo. Apenas, em vez de Portugal
nos conduzir pela coleira, esta tinha passado às mãos dos ingleses.
O processo de industrialização na mão de brasileiros
intensificou-se.
1964 – Revolução
Brasileira III. Os militares brasileiros formaram e formam um agrupamento ideológico
e que a própria estrutura disciplinar
mantém coeso e em constante revoluções desde 1922.
Em 1961 ao proibir a posse do Vice-Presidente Jango (PTB),
após renúncia de Jânio (UDN ???), tornaram nacional a liderança de Brizola
(PTB), que desfechou a campanha da “Legalidade” para garantir a posse de Jango.
Com isso criaram um forte antagonista, que antes tinha se
auto-declarado herdeiro de Getúlio Vargas, ao se “adonar” da carta-testamento
do mesmo. Liderança nata, das poucas que o Brasil já teve, inspirou-se no
sucesso de Fidel Castro em Cuba e quis imitá-lo na implantação do marxismo.
1966. Forte arrocho econômico para consertar o desastre
da construção de Brasília.
1970. “Plante que o Brasil garante”. Crescimento do PIB à
10% a.a.
1973. Primeiro
choque do petróleo.
1976. Fim do
sucesso econômico. O empresário privado brasileiro plantou e o governo não
garantiu. Início da quebra da indústria nacional.
1979. Segundo
choque do petróleo. Volta da inflação. Volta dos exilados. Criação do novo
chefe dos sindicalistas por Golbery: Lula.
1982. Estagnação e
maxi-desvalorização do dólar. Afundamento da indústria nacional e de todos que
acreditaram no agora “Plante que o João garante”.
1985. Entrega do
Poder para os políticos, quando a inflação já estava à 200% a.a.
Os governos de então acreditaram no crescimento econômico
à base de empréstimos externos, tanto para o desenvolvimento das indústrias
privadas nacionais existentes, como para a instalação de novas empresas
estatais, onde Geisel criou mais estatais do que haviam até então.
Com a escalada dos juros à nível internacional, o
programa afundou. As empresas estatais deficitárias, por ineficiência e má
gestão e mais os juros da dívida, foram bancadas com dinheiro dos impostos para
que as mesmas sobrevivessem. A indústria privada nacional, as que não foram
vendidas, faliram, logo ou mais tarde, em função do endividamento.
Some-se à isto, o principal problema ainda existente: o
custo da máquina pública. Os antigos “nobres” estão todos encostados nas folhas
de pagamento do setor público, e hoje, acompanhados pelos cabos eleitorais,
parentes, amantes e amigos dos políticos eleitos, que à cada 2 anos, aumentam este
número.
Sem contar os trabalhadores filiados aos partidos de
esquerda, que tendo apenas o 1º grau completo, fazem um intensivo de 2º grau em
sindicalismo e passam à gerentes de estatais.
E os trabalhadores
em 1985 ? Não estavam em uma situação melhor do que 1964. Perderam a
estabilidade no emprego nas empresas privadas e ganharam o FGTS, dinheiro este,
desde os pecúlios utilizados e não repostos por JK para construir Brasília, mal
remunerados e politicamente empregados por
todos os governos, até hoje.
Os trabalhadores não precisam de babás, pseudo
representantes, que os utilizam como ponta de lança ou estandartes. Precisam
estar na agenda dos governos não apenas em época de eleição, mas sempre.
Sem o seu trabalho, não há Estado como fim em si mesmo; não
há empresários; não há acumulação de capital; não há especulação financeira nem
imobiliária.
São o eixo da roda, em tôrno do qual tudo gira, mas por
incrível que pareça, são o elo fraco da corrente.
Então a questão não é afastar novamente os atuais babás.
É inserir pela primeira vez e definitivamente os trabalhadores, via atuação
política de governos, na justa
distribuição da riqueza produzida anualmente e não futuramente, em que este
futuro nunca chega.
Revolução. Ato
ou efeito de revolver ou revolucionar; insurreição política pacífica ou armada,
que muda radicalmente a ordem de coisas existentes num país; mudança profunda
da Constituição de um Estado ou na opinião pública de um país e que estabelece
nova ordem de coisas.
É isto que é proposto em:
Capitalismo
Social
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