Criada e desenvolvida naturalmente já desde
o Antigo Egito, ela quando sob o controle de Faraós de pulso firme, foi positiva.
Sob o governo de Faraós fracos, como o foram muitos, ela dominou, extravasou, e
acabou com o próprio regime. Foi uma das principais causas do fim do Antigo
Egito.
A administração no setor público, a burocracia,
como também em qualquer empresa, precisa
estar sempre sob controle; se ela dominar, é um câncer difícil de debelar.
Nossos homens públicos, eletivos, para
entrar no esquema político que vige e nele se manter, vem alimentando indiscriminadamente
a burocracia. Com o tempo, criou os seus barões e seus feudos, já intocáveis. Hoje, no Brasil
contemporâneo, ela já é o poder por traz
do poder.
Como chegamos lá.
Dois exemplos:
Um colunista nos contava que determinado
Prefeito convidou determinado vereador para uma conversa. Motivo: votar com a
situação. Preço estipulado pelo Vereador: colocação de 50 pessoas por ele
indicadas na folha de pagamento. Resposta do Prefeito: - É muito. Já tenho dois
Vereadores por 25 cada um. Resultado deste artigo na imprensa: o colunista foi
dispensado do jornal.
Eleição de 2004. Recebi em minha casa um
candidato à Vereador, ex- colega de faculdade de um dos meus filhos. À certa
altura da conversa, perguntei: - A Prefeitura tem “X” funcionários. Quantos
estão sobrando ? Resposta: a metade. Perguntei novamente: qual a atitude que
ele iria tomar à respeito. Resposta: vou fazer todo esforço para colocar também
todo meu pessoal na folha. Se elegeu e cumpriu sua promessa. Continua vereador,
colocando à cada nova eleição mais pessoas na folha de pagamento e que
trabalham para ele durante os 4 anos seguintes.
À cada 4 anos são criados novos
departamentos para alocar esse pessoal todo. Isto não é pior. Pior é que para arrumar serviço para
esse pessoal e conseguir mais dinheiro para cobrir a folha, criam novos
formulários para o público preencher, e logicamente antecedidos por uma taxa.
Esta
é a tal burocracia que inferniza e atrasa o
país, que dado o sistema político não é atacada e diminuída, mas aumentada e
utilizada em proveito deles políticos e obviamente em detrimento do público.
No Brasil temos aproximadamente 11 milhões
de pessoas nas diversas folhas de pagamento do setor público, sem contar
aqueles que já estão aposentados. Dizer que a metade está sobrando não é
exagero. Qualquer empresa de consultoria, empresa séria, chegaria facilmente à
esta conclusão.
Não é pois difícil entender a necessidade
de à cada novo mandato de Prefeito, Governador ou Presidente, eles precisarem criar
e aumentar os impostos, criar mais papéis para serem preenchidos e suas
respectivas taxas, e elaborar milhares de novas leis, com suas respectivas
multas. O inferno não vem depois da morte. Já o enfrentamos em vida.
PS.: Gostaria que alguém informasse, pois
não consegui este dado, que se refere às Secretarias de Educação, Estaduais. De
qualquer Estado:
1.
Total de funcionários na folha
de pagamento da Secretaria: 100%
2.
Destes, quantos estão
efetivamente nas salas de aulas: “x” %
3.
Quantos na parte
administrativa: “y” %
4.
Quantos nos serviços
gerais: segurança, limpeza e manutenção, se houver: “z” %
http://capitalismo-social.blogspot.com.br/2012/08/503-capsoc-poder-constituinte.html
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