por Carlos I. S. Azambuja
O artigo de Janio de Freitas (As Oposições Armadas) na FSP de ontem não respeita a memória do leitor e nem passado do Brasil. Tenta reescrevê-lo!
O país nos anos 63 e 64 vivia na mais absoluta normalidade
é dose pra elefante.
Desde 61 brasileiros já faziam treinamento armado na China.
Desde 61 brasileiros já faziam treinamento armado na China.
Se não acredita leia as edições da Folha da época e a
radicalização da esquerda no Brasil era tamanha que não poderia ser ignorada
pelo autor do texto.
Por favor, leia as edições da Folha! Menos, menos, sr
Janio.
A Omissão Nacional da Verdade, composta por 7 membros da escolha da presidentA da República, e terminando seus trabalhos com 6 membros devido à renúncia de um deles, relacionou os nomes de 434 pessoas mortas ou desaparecidas, no período de 1964 a 1985 (embora na Lei que a criou seus trabalhos devessem abarcar o período e 1946 a 1988), que teriam sido mortas ou desaparecidas por uma relação de 377 militares e civis, “responsáveis pelos crimes da ditadura”, como escreveu a Omissão. Ocorre que ao divulgar a relação das 434 pessoas mortas ou desaparecidas pelos militares e civis, a Omissão mais uma vez MENTIU!
Consultando a referida lista constatei que pelo menos 15
pessoas constantes da relação NÃO FORAM MORTAS OU DESAPARECERAM POR CULPA DE
MILITARES OU CIVIS BRASILEIROS, o que significa que a Omissão Nacional da
Verdade MENTIU à PresidentA e ao povo brasileiro. Essas pessoas são as
seguintes:
JUAREZ GUIMARÃES DE BRITO, do comando da Vanguarda Popular
Revolucionária, que cometeu o suicídio em 18 de abril de 1970, no Rio de
Janeiro, ao ver-se cercado pela chamada repressão.
EIRALDO PALHA FREIRE, faleceu no Hospital de Aeronáutica
do Galeão em 4 de julho de 1970, após ser baleado, em 1 de julho, quando tomava
parte na tentativa de seqüestro do Caravelle PP-PDX, da Cruzeiro do Sul, no
Aeroporto do Galeão.
JAMES ALLEN LUZ, militante da Vanguarda Armada
Revolucionária Palmares, morto em acidente de automóvel por ele dirigido, no
RS, em 16/11/1977.
ROSALINO CRUZ SOUZA (“Mundico”), militante do PC do B na
Guerrilha do Araguaia, cujo nome foi grafado incorretamente no relatório da
Omissão Nacional da Verdade, como ROSALINDO SOUZA. Sua morte não foi da
responsabilidade de nenhum dos 377 militares ou civis “responsáveis por crimes
da ditadura”, como assinala mentirosamente o relatório da Omissão da Verdade.
Ele foi “justiçado” por sua companheira de armas DINALVA CONCEIÇÃO TEIXEIRA
(“Dina), como amplamente divulgado em livros e artigos.
JANE VANINI, militante do Movimento de Libertação Popular,
morta no Chile em 6/12/74, como militante do MIR-Movimiento de Izquierda
Revolucionária.
TULIO ROBERTO CARDOSO QUINTILIANO, militante no Brasil do
Partido Comunista Brasileiro Revolucionário, dado como desaparecido no Chile em
outubro de 1973.
ZULEIKA ANGEL JONES, morta em acidente automóvel por ela
dirigido, no Rio de Janeiro, em 14 de abril de 1976.
VÂNIO JOSÉ DE MATOS, morto no Chile em 16/10/1973, após
ser preso e levado para o Estádio Nacional.
TITO DE ALENCAR LIMA, integrante de uma relação de banidos
do Brasil, trocado pela vida de um embaixador seqüestrado, cometeu o suicídio
na França em 10/8/1974.
NILTON ROSA DA SILVA, morto no Chile em 15/6/1973, como
militante do MIR-Movimiento de Izquierda Revolucionária.
NELSON E SOUZA KHOL – desaparecido no Chile em 15/9/1973.
LUIZ CAROS DE ALMEIDA – desaparecido no Chile em
14/9/1973.
FRANCISCO TENÓRIO CERQUEIRA JUNIOR, músico brasileiro desaparecido em Buenos
Aires.
MARIA AUXILIADORA LARA BARCELOS, cometeu suicídio na Europa.
GUSTAVO BUARQUE SCHILER, cometeu o suicídio no Rio, atirando-se do alto de um
edifício em Copacabana.
Como se observa, e como já assinalei em alguns e-mails, o
relatório da Omissão Nacional da Verdade é MENTIROSO! Está eivado de inverdades
e presunções, apontando como criminosos patriotas militares e civis que
evitaram que o Brasil fosse transformado em um Cubão, inclusive o Marechal do
Ar Eduardo Gomes, patrono da Força Aérea Brasileira, além dos presidentes da
República no período 1964/1985, chefes militares e vários outros pelo simples
fato de terem sido designados para servir em Órgãos de Inteligência.
Infelizmente constato que até agora os chamados
comandantes militares não se pronunciaram para defender seus antecessores e
seus subordinados da Marinha, Exército e Aeronáutica, o que é inaceitável e
será cobrado pelas futuras gerações!
Carlos I. S. Azambuja é Historiador.
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
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