No setor privado,
o que deveria ser um bem, o aumento do salário mínimo acima da
inflação – felizmente -, tem se transformado num tormento.
Um trabalhador que
tenha sido contratado com 3 SM/mês, 2, 3 anos depois estará
recebendo menos, pois os reajustes são feitos a partir dos índices
oficiais da inflação, e esta é regularmente adulterada, para
menos. Problema antigo. Mestre
Delfim Netto já era useiro desse roubo desde quando era o tzar da
economia. Aliás, dada a total carência de nomes nas hostes
sindicalistas, parece que o mesmo continua dando seus pitacos.
No
setor público, o problema é outro, mais grave, porém não
menos prejudicial aos trabalhadores concursados.
A
Lei de Responsabilidade Fiscal – pelo menos isso – estipulou um
teto, em percentual, até o qual nossos irresponsáveis “governantes”
podem gastar nosso dinheiro, com as folhas de pagamento sob sua
(ir)responsabilidade.
Acontece
que este teto, já bastante alto se comparado com os percentuais da
iniciativa privada que é quem paga a conta, é rapidamente alcançado
pelo uso e abuso do empreguismo. Cabos eleitorais, parentes,
amantes e amigos, dobram o número de “funcionários” que
seriam necessários para bem desempenhar suas tarefas. Mesmo assim,
se faltar lugar para mais alguns apadrinhados, criam-se novas funções
ou departamentos para “pendurá-los”.
Assim,
a cada ano quando chega o momento de discutir reajustes, o problema é
o mesmo. Quando muito, para não ultrapassar o teto estipulado por
lei, felizmente, só sobra algum dinheiro se a Prefeitura aumentou os
impostos e conseguiu aumentar a receita. Caso contrário, é aquela
lenga-lenga de sempre.
Em
Capitalismo Social esse problema tem solução. Ele começa por um
estudo das obrigações constitucionais das Prefeituras, p.ex., e
determina com quantos funcionários concursados a mesma deve operar.
Como em qualquer empresa que se preza. A partir daí, o crescimento
deste número não se dá por empreguismo e sim por comprovada
necessidade. E isto é fácil de fazer. Muito fácil. Desde que se
queira resolver o problema do salário dos que efetivamente
trabalham.
Capitalismo
Social não vê solução para os apadrinhados, à não ser procurar
emprego, trabalhar e enfrentar a vida como todos os outros tem que
fazer.
Voltando
aos trabalhadores da iniciativa privada, mais especificamente, os das
empresas de ônibus urbanos.
Tornem
públicos os números e as propinas pagas para os políticos
para manter as concessões e logo chegaremos à valores condizentes
tanto para as passagens como para os salários. Não há mistério.
Há apenas o conluio entre os burgueses da Corte e os eleitos, ambos
se refestelando com o dinheiro público.
PS:
nem uma categoria poderia receber aumento menor do que o percentual
estipulado para a taxa SELIC, que é o espelho da verdadeira
inflação. Desde D.Pedro II que os rentistas são beneficiados em
relação aos empresários e os trabalhadores. Assim já prejudicavam
o Irineu Evangelista de Souza, que acabou aceitando o afago de
D.Pedro II, que o tornou “nobre”, Barão de Mauá.
A
taxa SELIC não é aumentada para inibir a inflação. Ela é
aumentada para acompanhar a inflação e remunerar o capital dos
investidores em papéis públicos. O resto é papo furado.
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