sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Nosso sistema político transformou o Estado num monstro.


Urge desmontar a monstruosidade em que foi transformado o Estado, pela mão dos políticos, em função do sistema em que eles operam.

Esse problema não começou agora, mas em 1808 quando da “vinda” da “família Imperial” – 15.000 pessoas  - para se estabelecer na sua principal colônia. Desde então, até hoje, o Estado brasileiro é um fim em si mesmo. O Deus da família Imperial, família cristã e Inquisidora, de Inquisição, criou um Estado especial para eles e esse Estado nos pariu, para que o servíssemos eternamente.

No começo a Corte portuguesa deixou o trabalho, como sempre para os outros, à cargo dos índios “domesticados” e aos portugueses das ilhas trazidos para esse fim: trabalhar. Depois, como o serviço não correspondia às necessidades dos “nobres”, acrescentaram os negros das suas colônias na África, “trazidos” em condições piores do que gado. Não atendidos ainda os reclames para a despesa de uma Corte dissoluta, logo após aquilo que foi considerado como nossa Independência (1822) – assumir a dívida de Portugal para com a Inglaterra – abriram o país para colonos europeus (1824), alemães, italianos, poloneses, lituanos e outros e à estes distribuindo pedaços de terra no meio das matas do sul, para que produzissem e sustentassem o ócio da Corte.

Esses ociosos continuaram usando suas perucas bolorentas e suas roupas fedidas até 1889, quando um golpe interno na Corte retirou da família Imperial o direito de transmitir de pai para filho o cargo maior, passando o mesmo à ser disputado entre os comensais e cortesãos, que despiram as perucas, mudaram o nome de Imperador para Presidente e se “adonaram” da chave do cofre.

Este o resumo da nossa Independência e Proclamação, que de Monarquia Absolutista passou à Monarquia Republicana. Os Sarney’s e Roseana’s continuam assistindo os pobres se decapitarem nas prisões – novos navios negreiros – enquanto se refestelam com caviar e champagne comprados em caminhões, com o dinheiro dos impostos, extorquidos de uma população cada vez mais carente, não obstante a propaganda oficial catalogar cretinamente famílias com R$ 1.240,00/mês de renda como classe média.

Um pouco de história econômica para comparar situações.

Em 1945:
Um Japão arrasado pela Guerra. Hoje 4ª potência mundial.
Uma Alemanha arrasada pela guerra. Hoje 3ª potência mundial.
Uma China, ainda não comunista, mas inexpressiva. Abandonou o comunismo em 1978 e hoje é 2ª potência mundial.
E os Estados Unidos já a 1ª potência mundial em 1945.

E nós ? Brasil ? Em 1945 um país à procura do seu destino, de uma forma de governo que lhe colocasse no lugar de direito, considerando todas suas riquezas naturais; superavitário em dólares pelas exportações de borracha e outros produtos em falta no mercado externo em função da guerra na Europa.
Brasil, hoje, 2014, uma das maiores dívidas externas, uma impagável dívida interna que cresce exponencialmente à mais de 10% a.a., sem contar a capitalização dos juros; nestes termos, impagável.

E por que ? Porque continuamos sendo um Estado como fim em si mesmo. Primeiro foram os oligarcas, depois os burgueses e agora os sindicalistas pelegos que nos assaltam se dó nem piedade.

Existimos e trabalhamos para sustentar a Corte da nossa Monarquia Republicana, que extorque 40% da produção nacional apenas para manter seus privilégios, hoje aumentados para 40 ministérios. Importante salientar que o único que funciona à contento é o da propaganda, que mediante 5 “módicos” bilhões anuais faz os eleitores menos avisados, maioria, acreditar que essa corja trabalha por eles.

Tenho em mãos, ao acaso, dois Cupons Fiscais:

1.   Sacolão : compra R$ 4,64 , impostos R$ 1,48 = 31,89%
2.   Hiper 1,99 : compra R$ 4,49 , impostos R$ 1,56 = 34,74%.
Sem contar TODOS outros impostos existentes, pois no total são 87.

Na nossa Monarquia Republicana - atualmente estando Rei o Luiz 51 de Piracicaba y Bourbon 20 anos, também conhecido como Lulla “O Chefe” – as prioridades são as seguintes, pela ordem de importância para eles:

1.   Corrupção
2.   Futebol
3.   Carnaval
4.   Trabalho, sendo que este tem à fustigá-lo inapelavelmente a Justiça do Trabalho; os sindicatos pelegos comandados pelo Ministério do Trabalho, que tem verdadeira ojeriza pelas empresas privadas que empregam os trabalhadores; e um Estado paquidérmico e  maquiavélico.

É dentro deste quadro que a mídia “preocupa-se” com a próxima eleição, exaltando ou não as “qualidades” dos candidatos, todos atrelados ao sistema político vigente, que exige em primeiríssimo lugar a subserviência do candidato, já por isto mesmo selecionado pela sua folha corrida, aos esquemas já acertados com os financiadores de campanha e com os membros da Corte, que independente de quem ocupar o Trono, para eles nada muda. As benesses por mais 4 anos estarão garantidas.

Não há nenhuma perspectiva de diminuir a dívida pública que já consome uma sétima parte de tudo que é extorquido da população e das empresas, via impostos e multas.

É utopia imaginar que com este sistema político, que nos levou à este Congresso Lamaçal, ou, sórdido balcão de negócios, poderemos um dia sair deste imbróglio.

Por qualquer lado que se olhe, só um novo Contrato Social, um novo paradigma, pode mudar o rumo do nosso país. E este Contrato tem que ser redigido fora dos galinheiros reais, resguardados pelas mesmas raposas de sempre.



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