Urge
desmontar a monstruosidade em que foi transformado o Estado, pela mão dos
políticos, em função do sistema em que eles operam.
Esse
problema não começou agora, mas em 1808 quando da “vinda” da “família Imperial”
– 15.000 pessoas - para se estabelecer
na sua principal colônia. Desde então, até hoje, o Estado brasileiro é um fim
em si mesmo. O Deus da família Imperial, família cristã e Inquisidora, de
Inquisição, criou um Estado especial para eles e esse Estado nos pariu, para
que o servíssemos eternamente.
No
começo a Corte portuguesa deixou o trabalho, como sempre para os outros, à
cargo dos índios “domesticados” e aos portugueses das ilhas trazidos para esse
fim: trabalhar. Depois, como o serviço não correspondia às necessidades dos
“nobres”, acrescentaram os negros das suas colônias na África, “trazidos” em
condições piores do que gado. Não atendidos ainda os reclames para a despesa de
uma Corte dissoluta, logo após aquilo que foi considerado como nossa
Independência (1822) – assumir a dívida de Portugal para com a Inglaterra –
abriram o país para colonos europeus (1824), alemães, italianos, poloneses,
lituanos e outros e à estes distribuindo pedaços de terra no meio das matas do
sul, para que produzissem e sustentassem o ócio da Corte.
Esses
ociosos continuaram usando suas perucas bolorentas e suas roupas fedidas até
1889, quando um golpe interno na Corte retirou da família Imperial o direito de
transmitir de pai para filho o cargo maior, passando o mesmo à ser disputado
entre os comensais e cortesãos, que despiram as perucas, mudaram o nome de
Imperador para Presidente e se “adonaram” da chave do cofre.
Este
o resumo da nossa Independência e Proclamação, que de Monarquia Absolutista
passou à Monarquia Republicana. Os Sarney’s e Roseana’s continuam assistindo os
pobres se decapitarem nas prisões – novos navios negreiros – enquanto se
refestelam com caviar e champagne comprados em caminhões, com o dinheiro dos
impostos, extorquidos de uma população
cada vez mais carente, não obstante a propaganda oficial catalogar cretinamente famílias com R$
1.240,00/mês de renda como classe média.
Um
pouco de história econômica para comparar situações.
Em 1945:
Um
Japão arrasado pela Guerra. Hoje 4ª potência mundial.
Uma
Alemanha arrasada pela guerra. Hoje 3ª potência mundial.
Uma
China, ainda não comunista, mas inexpressiva. Abandonou o comunismo em 1978 e hoje
é 2ª potência mundial.
E os
Estados Unidos já a 1ª potência mundial em 1945.
E
nós ? Brasil ? Em 1945 um país à procura do seu destino, de uma forma de
governo que lhe colocasse no lugar de direito, considerando todas suas riquezas
naturais; superavitário em dólares pelas
exportações de borracha e outros produtos em falta no mercado externo em função
da guerra na Europa.
Brasil,
hoje, 2014, uma das maiores dívidas externas, uma impagável dívida interna que
cresce exponencialmente à mais de 10% a.a., sem contar a capitalização dos
juros; nestes termos, impagável.
E
por que ? Porque continuamos sendo um Estado como fim em si mesmo. Primeiro
foram os oligarcas, depois os burgueses e agora os sindicalistas pelegos que
nos assaltam
se dó nem piedade.
Existimos
e trabalhamos para sustentar a Corte da nossa Monarquia Republicana, que
extorque 40% da produção nacional apenas para manter seus privilégios, hoje
aumentados para 40 ministérios. Importante salientar que o único que funciona à contento é o da propaganda, que mediante 5 “módicos” bilhões anuais faz os
eleitores menos avisados, maioria, acreditar que essa corja trabalha por eles.
Tenho
em mãos, ao acaso, dois Cupons Fiscais:
1.
Sacolão : compra R$ 4,64 , impostos R$ 1,48 = 31,89%
2.
Hiper 1,99 : compra R$ 4,49 , impostos R$ 1,56 = 34,74%.
Sem
contar TODOS outros impostos existentes, pois no total são 87.
Na
nossa Monarquia Republicana - atualmente estando Rei o Luiz 51 de Piracicaba y
Bourbon 20 anos, também conhecido como Lulla “O Chefe” – as prioridades são as
seguintes, pela ordem de importância para eles:
1.
Corrupção
2.
Futebol
3.
Carnaval
4.
Trabalho, sendo que este tem à fustigá-lo inapelavelmente a
Justiça do Trabalho; os sindicatos pelegos comandados pelo Ministério do
Trabalho, que tem verdadeira ojeriza pelas empresas privadas que empregam os
trabalhadores; e um Estado paquidérmico e maquiavélico.
É
dentro deste quadro que a mídia “preocupa-se” com a próxima eleição, exaltando
ou não as “qualidades” dos candidatos, todos atrelados ao sistema político
vigente, que exige em primeiríssimo lugar a subserviência do candidato, já por
isto mesmo selecionado pela sua folha corrida, aos esquemas já acertados com os
financiadores de campanha e com os membros da Corte, que independente de quem ocupar
o Trono, para eles nada muda. As benesses por mais 4 anos estarão garantidas.
Não
há nenhuma perspectiva de diminuir a dívida pública que já consome uma sétima parte de tudo que é
extorquido da população e das empresas, via impostos e multas.
É utopia
imaginar que com este sistema político, que nos levou à este Congresso Lamaçal,
ou, sórdido balcão de negócios, poderemos um dia sair deste imbróglio.
Por
qualquer lado que se olhe, só um novo Contrato Social, um novo paradigma, pode
mudar o rumo do nosso país. E este Contrato tem que ser redigido fora dos galinheiros
reais, resguardados pelas mesmas raposas de sempre.
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