por Martim Berto Fuchs
Fui 100% favorável ao contra-golpe de 1964. Golpe mesmo era comandado por Brizola, que empolgado pelas peripécias de Fidel Castro na minúscula Cuba, queria repetir o feito neste continente chamado Brasil.
Fui 100% favorável ao contra-golpe de 1964. Golpe mesmo era comandado por Brizola, que empolgado pelas peripécias de Fidel Castro na minúscula Cuba, queria repetir o feito neste continente chamado Brasil.
Estudava em Porto Alegre justamente nessa época, 1962 à
1965. Acompanhei os discursos inflamados que o mesmo proferia às sextas-feiras
à noite ao vivo no cine Marabá, se não me falha a memória, incitando a
população ao confronto e já tendo ao seu dispor os Grupos dos 11, por ele
formados, em todo Estado e também em SC e PR, grupos que tinham a incumbência
de “completar o serviço” depois de perpetrado o golpe.
Apeados do Poder pelas FFAA em 31 de março de 1964, e
“convidados” à se retirar do país, o restante da história todos conhecem.
Só que, nesta de cassar os direitos políticos daqueles que tentaram
dar o golpe e daqueles que ostensivamente os apoiaram no contra-golpe, a
inteligência militar e os civis que participavam do novo Poder, resolveram
inibir de forma perene o surgimento de novas lideranças. Digo novas, porque
cassaram também muitos daqueles que os apoiaram e que não aceitaram os rumos
que a história estava tomando.
Esta decisão então tomada reflete-se nos dias atuais. Os
novos políticos surgidos após 1964 são apenas caricaturas, e os de 1985 em
diante, não são nada. Só o que esses arremedos de político sabem fazer é se locupletar
com dinheiro público, descarada e impunemente. Cada vez mais.
A única liderança que surgiu e em atividade chama-se Lulla,
também conhecido pela alcunha de “O Chefe”. Depois das experiências fracassadas
para alcançar o Poder maior, consentiu em vender a alma ao capeta para alcançar
seus objetivos, e rendeu-se, por escrito, ao escritório das multinacionais no
Brasil, qual seja, a FIESP. À partir de 2003 vivemos mais esta experiência, com
o mais novo grupo de beneficiados, os sindicalistas pelegos, fazendo parte da
Corte e usufruindo das suas benesses. Também aí conhecemos o restante da
história, pelo menos até os dias atuais, restando saber o que nos aguarda, que
pelo andar da carruagem da nossa Monarquia Republicana, não deixa antever nada
bom.
Analisemos rapidamente a ex-China comunista, atualmente
apenas autoritária. Em 1964 ela não constava no mapa dos países que tinham um
PIB considerável. Em 1984, ela já aparecia em 20º lugar. Em 2014 ela é há
tempos o 2º maior PIB do planeta, e não demorará para alcançar o 1º lugar.
Em 1949 Mao Tse Tung à colocou sob o tacão da bota do
comunismo. Em 1976, quando da morte do mesmo, o comunismo tinha exaurido até a
capacidade do povo alimentar-se. Venceu então, depois de 2 anos de luta interna
pelo Poder, a liderança de Deng-Xiao-Ping, que assumiu a direção do partido
único. Implementou o
Programa das Quatro
Modernizações:
1.
A abertura do setor industrial aos investimentos
das corporações transnacionais;
2.
O desmantelamento das comunas populares e o
incentivo à volta da agrícola familiar;
3.
A modernização tecnológica das FFAA;
4.
O aumento dos investimentos públicos em ciência
e tecnologia.
A continuação desta história estamos assistindo atualmente.
Depois de Portugal, Inglaterra e EUA nos explorarem tranquilamente, pois sempre
contaram com o apoio das nossas “elites”, agora é a vez da China., que em 1984 detinha o 20º e nós o 11º PIB, fazer com, e do Brasil, o que bem entende, o que
mais vantajoso for para ela.
Esta falta de Estadistas, que sempre deram rumo aos países
onde se destacaram, não mais será suprida no prazo que o Brasil dispõe para mudar
seu futuro. Hoje impõe-se novo enfoque para redirecionarmos o caminho ao brejo
que estamos seguindo. Não adianta apenas mudar o maquinista, pois estaremos
indo sempre para o mesmo fim. Temos que mudar os trilhos de lugar, para
direcionarmos esse comboio à outro destino. A China fez isto e aí está.
E, não mais adianta recorrer às FFAA para nos livrar das
asneiras propostas pela esquerda brasileira, cada vez mais vendida aos
interesses internacionais, saibam eles disto ou não.
A proposta comunista de nivelar todos por baixo é hoje
condizente com a proposta da Oligarquia Financeira Internacional. A diferença
consiste em que posto em prática o comunismo como quer a esquerda brasileira, hoje
dominada pelo Foro de SP, seríamos todos nivelados na pobreza, as empresas na
mão do Estado e só eles nos palácios. É o caminho mais curto para a guerra
civil, se conseguirem desta vez dividir as FFAA.
Já na aplicação dos padrões da Oligarquia Financeira
Internacional, eles permitem a existência de empresas multinacionais, que à
eles pertencem e que pagam bem à seus trabalhadores, e ao restante o salário
mínimo e ajudas do Estado; bolsas-família, Minha Casa Minha Vida, em casas que
você tem 300 meses para pagar e que não duram 100. Na mão deles estaremos
sempre à espera de um novo messias à assumir a Presidência para nos salvar dos
“malvados”. Enquanto isto, trabalhamos para eles. Cresce a concentração de
renda e cresce a pobreza na mesma proporção, mas nunca ao ponto de nos
rebelarmos por completo. Sempre estará presente em nossas mentes embotadas pela
propaganda subliminar, que um novo Getúlio Vargas, “pai dos pobres” como ele
difundia através do D.I.P. que ele criou para este fim – ou um novo Lulla, “mãe
dos ricos”, que torra 5 bilhões por ano do nosso dinheiro em auto-promoção, virá
nos “salvar” das garras do FMI ou outras justificativas que eles apresentam dependendo
da ocasião, para enganar os otários de sempre.
Em Capitalismo Social não se está atrás de um messias e sim
de Estadistas; 15 à nível federal, sendo um magistrado e 14 Secretários
escolhidos pelo povo sem interferência de partidos ou de financiadores.
Se o povo errar, aí sim poder-se-á dizer que a culpa é dele.
Até lá, a culpa é das organizações criminosas conhecidas por partidos políticos
que só indicam bandidos ou incapazes, mas que podem ser manipulados pelos donos
dos mesmos e seus financiadores, todos com gordas contas correntes em paraísos
fiscais.
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