terça-feira, 5 de novembro de 2013

Mono_arquia x poli_arquia


Mono_arquia x poli_arquia

Os maçons bem que tentaram acabar com a mono_arquia fomentando a Revolução Francesa. Não conseguiram. Foram traídos, pois ao perderem as rédeas da mesma em função do período de terror iniciado e conduzido por Robespierre & Cia., tiveram que apelar para Napoleão para por ordem na casa novamente. Se deram mal, pois o “Corso” aproveitou a oportunidade e se coroou Imperador, acima inclusive da série dos Luízes.

Foi realmente uma oportunidade perdida, pois a mono_arquia impera até hoje, apenas com novo rótulo: Presidencialismo. No Brasil, para falar apenas da terra brasilis, o poder conferido ou que os Presidentes se autoconferiram em nada difere dos monarcas absolutistas. Chegamos ao ponto inclusive de o último Presidente “indicar” uma filha adotiva para sucedê-lo e trabalhar sob seu comando.

Teoricamente, com a divisão em três Poderes - Legislativo, Executivo e Judiciário -, o Presidente da República como chefe do Poder Executivo deveria apenas cuidar da administração pública de acordo com as leis criadas pelo Poder Legislativo, sendo que em caso de impasse, caberia ao Poder Judiciário interpretar e decidir.
Na prática, o chefe do Poder Executivo manda em tudo. É um Rei com a denominação de Presidente. Manda e desmanda nos três Poderes, tanto que já os chamamos de três podres poderes e com mal cheiro cada vez pior.

O que podemos esperar de uma reforma política conduzida pelos comensais da Corte, ou, para chamá-los pelo nome que se comprazem em definir, Congressistas ? Nossa lei inclusive permite que o réu se cale para não autocondenar-se. Ora, qual o “congressista” que legislará contra si ? Nenhum. Logo, o que esperar de uma reforma conduzida por réus ? 

Acontecerá o mesmo de sempre: um passo prá frente e dois prá traz, sendo que no frigir dos ovos, mudarão apenas os nomes para nada mudar. Essa solução é nossa velha conhecida, pois cada vez que a corrupção atinge o ápice num Ministério, muda-se o nome do Ministério e resolvido/corrigido está o agora denominado “mal-feito”. Até aí mudaram o nome; banditismo passou à ser mal-feito !

Será tempo perdido e muito dinheiro gasto, entregar essa reforma, já há muito necessária, aos mesmos de sempre, que já tiveram todas oportunidades para mostrar a que vieram e que nem com as manifestações públicas de junho se mexeram. Diria que é melhor assim, pois desse “mato não sai cachorro”, nem que a “vaca tussa”.
Não basta aprimorar – se isso fosse possível – as regras de um sistema que não funciona. Não há solução, através de alterações cosméticas na atual estrutura de Poder, que possa nos elevar para outra categoria de país, ou seja, de explorados por dentro e de fora, para de iguais oportunidades para todos seus cidadãos.

Vivemos em uma verdadeira guerra de conquistas, onde o prêmio é a chave do cofre através da Presidência da República, ou, do Poder monárquico, onde o “eleito” por um sistema viciado e corrupto TUDO pode, desde nomear os chefes dos outros dois poderes, até mentir, iludir e roubar impunemente.

Numa República Democrática poliárquica como proposto em Capitalismo Social, a Presidência da República não perde seu Poder e sua capital importância; perde sua arrogância, impunidade e desrespeito pelas instituições; perde o direito de comprar consciências através de um salário em um ministério criado para esse fim; perde o direito de comprar votos de pobres através de uma bolsa qualquer; perde o direito de tratar os cidadãos como imbecis e manejáveis através de publicidade enganosa onde são desperdiçados BILHÕES de reais todos anos. 

Perde o direito, comprado, de nos enganar, e continuar.


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