sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Condenaram os mensaleiros. E o que vai mudar ? Nada, apenas um abrandamento temporário nas falcatruas.

Colocar na cadeia alguns mafiosos apenas satisfaz o espírito dos desavisados e alegra o coração dos adversários políticos; dá-lhes um pouco de munição para as próximas eleições, até que eles mesmos sejam flagrados no mesmo ilícito ou similar. Na prática, nada muda, pois as causas que permitem a facilidade do atos de se “associar” impunemente ao dinheiro dos impostos, continuam intactas.
Em Minas Gerais, começo desta interminável novela de horário nobre, que apelidaram de “mensalinho mineiro”, os protagonistas continuam soltos e ativos, enquanto um ministro do STF mantém o processo na gaveta. Na própria Minas, personagem de outro partido já surgiu, engorda suas contas no exterior, e mui fagueiramente passeia sua impunidade pelo Planalto, pois acobertado pelos companheiros nos postos de comando do Executivo; está blindado contra ação do departamento de justiça, vulgo Poder Judiciário.
Em São Paulo, parece que finalmente estoura a fachada de administradores probos mantida até então pelo PSD do B, poleiro de tucanos. Um procurador mantém engavetados desde 2010 todos ofícios pedindo apuração sobre as já conhecidas ações dos mafiosos em qualquer obra de vulto, neste caso, do metrô. Claro, como sempre, juram inocência, mas seus advogados faturam alto para mantê-los longe das grades.
Em qualquer um dos 5565 municípios brasileiros, basta ler jornais; escândalos estouram todos os dias, envolvendo o dinheiro dos impostos nas mãos dos administradores públicos e seus financiadores de campanha e fornecedores.
Nos 27 Estados não é diferente. Obras superfaturadas é a regra. Aí não existe exceção. E no governo federal então, todos que acompanham já conhecem o tamanho do rombo que esses roubos causam.


Deveríamos nos perguntar: - Mas isso não tem jeito de parar ? Pois é, não tem jeito não. Não enquanto forem os bandidos à escolher seus eventuais substitutos, isso não vai mudar.
Já começam a surgir na internet os remendos que querem nos impingir como se uma reforma política fosse. O pior é que a população que acompanha e opina está entrando na deles, dos políticos, e debate o que eles sugerem, sem se dar conta que é justamente essa enganação que lhes interessa, ou seja, mais um remendo no velho colchão, mas que no fundo deixa tudo como está.
Mudam a distribuição de tempos de propaganda eleitoral; mudam cocientes eleitorais; mudam regras de associação entre dois ou mais partidos, etc, mas não entregam o filé mignon dessa maracutaia toda, que é eles, partidos e seus donos, imporem os candidatos para os idiotas (nós) referendarem.
Acreditem, escrevo, assino embaixo, me cobrem depois: NADA vai mudar ! Eles continuarão nos roubando com a maior desfaçatez, e se reclamarmos muito, os cara de pau ainda nos jogam na cara que somos nós que não sabemos votar.
Votar bem como, se não nos apresentam candidatos com currículos e sim folhas corridas ?
Não haverá reforma no sistema político que encare um novo futuro para a sociedade enquanto os partidos políticos não forem proibidos de existir ! E isto é apenas o começo, para então debatermos um novo paradigma, onde justiça social não seja apenas um mote de campanha, utilizado à cada dois anos, mas que jamais alcança aqueles à quem é dirigida, salvo através de bolsas-voto, onde para cada dois reais distribuídos, um real é gasto só para alardear o feito e que a mídia beneficiada também aplaude. Pudera. Nunca antes “necepaiz” ...


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