Paulo Teixeira (PT-SP), deputado
“Os jovens que foram às ruas em
junho levantaram a plaquinha ‘eles não me representam’. O tema da democracia
vai além do Parlamento. Talvez possamos dar uma abrangência maior a esse item,
discutir a democracia na política, a representação, a democracia participativa.
O tema ‘Parlamento do futuro’ restringe. Poderíamos debater a ‘democracia do
futuro’, algo mais abrangente.”
Comentário
do Blog:
1. “Os jovens que foram às ruas em junho
levantaram a plaquinha ‘eles não me representam’.” Eu digo que vocês não me representam há
38 anos, desde 1975. E digo, porque os candidatos são escolhidos em conchavos
partidários e impostos goela abaixo dos eleitores. Só nos cabe referendar um de
vocês; mas a escolha não foi nossa, povo. E partidos não são povo, são
organizações criminosas que servem para, além de outras falcatruas, manter o
status quo que lhes interessa, aos partidos e seus donos, onde povo só entra
com a bovina e obrigatória concordância através do voto. Não temos escolha, ou
votamos no ruim ou no pior.
2. “O tema da democracia vai além do
Parlamento.” A democracia
participativa foi duplamente adulterada à partir do momento que introduziram os
partidos políticos. No início era o povo que discutia e resolvia aberta e
diretamente os problemas da comunidade. Depois, passou-se à ter representantes
para uma quantidade de povo com as mesmas idéias. Aí resolveram interpor mais
os partidos - de ideológicos passando à fisiológicos - entre o povo e as
decisões e esses partidos foram dominados por ególatras inescrupulosos, onde o
que menos se discute são as prioridades da sociedade. Quase se matam entre si
para dominar os partidos, pois sabem que isso significa dinheiro e por conseguinte,
poder; quanto mais dinheiro conseguem amealhar por qualquer meio, mais poder.
3. “Democracia participativa.” Há neste termo uma certa redundância, pois
democracia já significa participação. Mas vá lá que seja. Das decisões tomadas
em praça pública diretamente pelos presentes, povo, temos que admitir a
representação, pois atualmente não poderia ser de outra forma. Mas partidos são
perfeitamente dispensáveis. E mais, DEVEM, PRECISAM, ser extintos e enterrados.
TODOS. O bem da maioria não pode mais depender de ideologias criadas pela
exploração de uns sobre outros e sim de trabalho; trabalho, bem entendido, e
não apenas emprego. A dignidade tem que vir do trabalho produtivo e do seu justo valor em termos financeiros. Trabalho
& capital. Somados e não antagônicos. Sozinho nenhum deles evolui, salvo
mediante mágica e mágica é ilusionismo.
Se estão mesmo dispostos encarar
um novo paradigma e não apenas papo furado, então podem começar por conhecer a
proposta de Capitalismo
Social. Está pronta na sua
parte macro. Precisa ser mais debatida em detalhes, no micro. Mas é um novo
paradigma, uma proposta para um novo Contrato Social, para o presente e sem a
necessidade de assassinar contrários.
Projeto completo: agosto
2012.
Nenhum comentário:
Postar um comentário