domingo, 17 de abril de 2016

O que o comunismo não é

Carlos I. S. Azambuja

O texto abaixo, bem como o anterior, foi extraído do livro “Em Cima da Hora”, de Suzanne Labin, tradução de Carlos Lacerda, publicado no Brasil em março de 1964!

Como registra a contracapa: Um livro para líderes. Praticamente, um quase lacônico, mas dramático documento de Estado-Maior. Porque seu tema é a ação do Partido Comunista, que se desenvolve sempre, em quaisquer condições, seja onde for, em termos paramilitares.

A autora reuniu, num instante de absoluta felicidade, de precisão e eficiência analítica, exatamente as informações mais decisivas e mais claras sobre a estratégia, a tática e os meios de ação do mortal inimigo das liberdades humanas: o comunismo internacional.

1. Não é comunista.
2. Não é uma ideologia
3. Não é uma etapa inevitável da História
4. Não é uma nova encarnação de antigas aspirações  nacionais russas
5. Não é a alavanca do progresso para os países subdesenvolvidos.

O que o Comunismo é

O comunismo é um sistema de Poder totalitário no qual uma casta burocrática e privilegiada, reunindo pela primeira vez no mundo moderno todos os instrumentos do Poder nas mesmas mãos, possui ao mesmo tempo os meios de produção e de troca, bem como todos os meios de enquadramento político e cultural, dos quais se serve, ditatorialmente.

O Partido Comunista é o sindicato patronal da URSS, que realiza o velho sonho dos patrões: o controle de todos os sindicatos operários.

O regime comunista é obrigado a mentir sem cessar e sem freio porque se baseia inteiramente na mistificação original que o faz apresentar-se como um governo popular.

O regime comunista é obrigado a tentar o domínio do mundo porque se as nações que o cercam ficassem independentes, o povo que ele domina, fascinado pela liberdade vizinha, acabaria por quebrar a tampa que o sufoca. Contrariamente a um mito do qual a propaganda para-soviética se serve para nos ensurdecer, o comunismo não é nenhum grande desafio ao Ocidente. O único desafio que existe é o que contém no irresistível magnetismo da liberdade. Os senhores comunistas têm uma obsessão: o Ocidente.

O móvel essencial do comunismo é a sede de Poder de uma certa intelectualidade desprezada, elite do verbo e da organização. A defesa de reivindicações populares é apenas o alimento da sua demagogia, o patamar da sua ascensão. Não é a finalidade e nem o motor. Uma vez conquistadas as rédeas, essa inteligentzia explora e oprime o povo mais duramente do que qualquer outra classe o fez no passado.

A ascensão desses intelectualóides é mais fácil nos países subdesenvolvidos porque o Poder não foi aí, ainda, ocupado por outra elite, a do dinheiro ou da técnica. E aí as massas, na medida em que têm pouca experiência, mostram-se ávidas de crendices.

Aí, pois, tem a burocracia comunista campo livre para construir uma substância social totalitária capaz de lhe assegurar o domínio sobre o povo.

Quando se está engajado numa luta longa e sombria, é preciso, de vez em quando, mergulhar novamente nas fontes e perguntar: por que lutamos? Encontra-se, então, sempre, a luminosa pureza do conflito. Os homens livres se batem contra o comunismo, PORQUE O COMUNISMO É A MORTE DA LIBERDADE. Essa é a sua definição mais simples, mais completa e mais exata.

Carlos I. S. Azambuja
Historiador.

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