domingo, 10 de abril de 2016

Empresário Cria ‘Banho Solidário’ Para Atender Moradores De Rua Na Bahia


Jornal de Boas Notícias

Iniciativa acontece há cerca de um mês, na cidade de Vitória da Conquista.

‘Eles se sentem aconchegados com esse ‘abraço’ que a gente dá’, conta.
Pode parecer só um banho, mas para o empresário Cláudio Lacerda, de Vitória da Conquista, sudoeste da Bahia, a iniciativa que começou há cerca de um mês oferece bem mais do que isso para pessoas em situação de rua.
“O banho, além de deixar a pessoa limpa, dá a conversa. Eles se sentem aconchegados com esse ‘abraço’ que a gente dá com o banho”, descreve. Cláudio é dono de uma loja de energia solar em Conquista e montou o “Banho Solidário” a fim de oferecer atenção e melhores condições de saúde.

Uma vez por semana, ele estaciona o veículo, levado por uma caminhonete, no centro da cidade. A estrutura foi montada com recursos próprios, com custos que ele prefere não revelar. “[O veículo] foi feito exclusivamente para isso. Temos um banheiro masculino e outro feminino. A água, que vai em uma caminhonete, é de poço artesiano, não é da Embasa, é sustentável. O descarte é feito igual à água de chuva e vai para o esgoto. É um banho de hotel, com água pressurizada. É um jato gostoso. Além do banho, tem shampoo, fica com cheiro agradável”, explica.

Cláudio diz que muitas vezes dá orientações para quem pede ajuda. “Ensinamos noção de higiene, de como lavar. Eles precisam de conversa. Eu mesmo fico, um dia foi uma psicóloga, já foi um diretor de uma grande imobiliária, em outro uma pessoa que trabalha em instituição para atendimento a dependentes químicos. São pessoas que se sensibilizam e nos acompanham”, conta. Durante a ação, os atendidos já pediram ajuda para se informar sobre alguma instituição que cuida da recuperação de dependentes químicos e como fazer para recuperar documentos perdidos.

Desde que começou a iniciativa, o empresário conta que algumas pessoas já o procuraram para oferecer apoio financeiro, mas ele afirma que o que mais precisa é de voluntários que possam doar atenção para quem precisa.
“O legal é gente para ter essa conversa. Não adianta só querer e não agir.

O carro está dando conta. Dinheiro a gente não aceita. A gente aceita a companhia, ou um material, toalha, shampoo. Por incrível que pareça, dinheiro é o mais fácil. A disponibilidade que é mais difícil. Em duas horas e meia, a gente dá banho em 20 pessoas”, afirma.

Fonte: http://g1.globo.com/


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