O
materialismo teve em Marx o seu expoente político. Desiludido este
com o Deus reverenciado pelos cristãos daquela época, decidiu,
entre um chope, uma salchicha e um chucrute, que “deus” tinha que
ser o Estado, com poder de vida e morte sobre os humanos e sem essa
de dar a outra face para bater. Ele, Estado, batia logo nas duas para
não deixar dúvidas e tirar qualquer idéia contrária da cabeça
dos incautos.
Relevou
a realidade da reencarnação, que aliás os cristãos no II Concílio
de Constantinopla em 553 da nossa era, comandado pelo Imperador
Justiniano, subtraíram da Bíblia substituindo por mais dogmas -
leis humanas impostas à revelia – e adotou o evolucionismo
materialista, onde o humano descende do macaco e o macaco do nada.
Logo, morto o vivente, acabou a vida. Fim.
Esse
materialismo dialético que está sendo aplicado pelos atuais donos
da chave do cofre, disfarçado de bolivarismo ou coisa que o valha,
continua pregando o fim da luta de classes, como eles a denominam,
resolvendo a questão pelo simples expediente de rebaixar todos ao
nível da pobreza. Simples assim. Lógico, menos eles, que
continuarão morando em Palácios e desfrutando de suas “dachas”.
Num
país como o nosso de 200 milhões de habitantes, sabemos que 40
milhões são miseráveis; outros 50 milhões são pobres; 90 milhões
são classe média com suas subdivisões e apenas 20 milhões vão de
ricos a milionários, aí incluídos os pobres e classe média que se
“adonaram” da chave do cofre, ou saltitam em sua volta nos
palácios da Corte.
Pois
bem, esses ex-pobres que NÃO sabem o que é produzir, NÃO sabem o
que é administrar, pois a única coisa que produziram foi greves e
quebra quebra, agora com o Poder na mão, só enxergam uma maneira de
acabar com a pobreza: tirar de quem tem e distribuir com quem não
tem. Menos eles, por óbvio, que continuarão nos Palácios ditando
as regras e pagando regiamente para marqueteiros criarem publicidade
para iludir a todos.
Tiveram
a chance de trazer os de baixo para cima, gradativamente, nesses
últimos 12 anos. Trouxeram os contemplados com o bolsa-votos e
criaram a novíssima classe média, aquela onde a família ganha R$
1.240,00/mês. Lógico, e eles, que passaram de assalariados em
sindicatos à categoria dos novos ricos.
Se
não fossem tão convenientemente materialistas, saberiam que no
início todos nasceram ignorantes e pobres. O evoluir dependia e
depende de vontade e esforço de cada um. As chances eram iguais.
Com
as seguidas reencarnações começam aparecer as diferenças,
pelo mérito somado de cada um. Isso se manteve sempre.
Cabe
aos governantes, que coletam dinheiro de todos (Impostos), utilizar
esse dinheiro para auxiliar aos mais atrasados sair da miséria
(educação e oportunidade), aos pobres saírem da pobreza (educação
e oportunidade), sem que para isso tenham que os outros voltar à
condição de pobres.
Se
empregassem com honestidade e sabedoria o dinheiro coletado, pois se
pediram nosso voto para serem administradores do dinheiro público,
deduz-se que saberiam o que fazer quando alcançado o objetivo; mas a
realidade é bem mais dolorosa do que poderíamos ter imaginado.
Confundiram
etílico com ético e para encobrir sua incomPeTência e leviandade,
após 12 anos de desmanche da máquina pública, sem nada produzir à
não ser publicidade, estamos importando médicos, empilhando presos
cada vez mais nas mesmas celas, empresas estrangeiras para assumir a
infra-estrutura, apenas repintando ruas e avenidas para criar
corredores para ônibus e minimizar os problemas de tráfego e
acabando de vez com a aposentadoria, até dos funcionários públicos
concursados, pois da iniciativa privada já acabaram desde 2001.
E
isso ainda não é o pior. Pior é saber que se perderem a eleição,
teremos um quebra-quebra geral no país, que exigirá pulso firme do
novo governante, e a aposta numa primavera qualquer para nos levar ao
quanto pior melhor.
Novo
governante. Nem precisará que os derrotados, governo atual, hipótese
muito remota, o atrapalhe deliberadamente. Nenhum dos eventuais
vencedores tem proposta. Nem melhor nem pior do que acontece hoje.
Quando muito vão parar de flertar com o Foro de São Paulo e provar
mais uma vez que no Brasil, com essas eleições e esse sistema
político, só se trocam as moscas.
Capitalismo
Social. Projeto completo:
agosto 2012.
Nenhum comentário:
Postar um comentário