Martim
Berto Fuchs
Mussolini
1.
Assumiu o poder na Itália em 1922. Desde o início tornou-se ditador, declarado.
2.
Principal fundador do fascismo, que incluía elementos de nacionalismo, corporativismo,
sindicalismo nacional e anti-comunismo. Transformou os sindicatos socialistas
em sindicatos pelegos, que obedeciam ao Estado e combatiam o comunismo.
3.
Interferiu nos setores produtivos, ajudando-os financeiramente e buscando sua
colaboração, ao mesmo tempo que os colocou sob controle do Estado. Economia
mista.
4.
Culto à personalidade, figura central da nação. Devoção a um líder forte.
5.
Fez acordos com os líderes mafiosos do sul da Itália, o que trouxe a paz entre
o regime fascista e a máfia siciliana, mas abriu as portas à corrupção.
6.
Apelou para a propaganda por parte dos meios de comunicação para dar uma idéia
de modernidade e progresso.
7.
Os comunistas sempre colocaram o fascismo como sendo de direita, pois os
combatia abertamente.
8.
Os liberais o consideravam socialista.
9.
Governou de 1922 à 1943 e depois, apoiado pelos alemães, apenas em parte da Itália,
de 1943 até 1945.
10.
Morreu assassinado pelos comunistas, seus inimigos declarados, e pendurado pelos
pés em praça pública.
Getúlio Vargas
1.
Assumiu o poder no Brasil em 1930. Desde o início tornou-se ditador, não oficialmente declarado.
2.
Principal fundador do trabalhismo, que incluía elementos de nacionalismo, corporativismo,
sindicalismo nacional e anti-comunismo. Criou sindicatos pelegos, que obedeciam
ao Estado e combatiam o comunismo.
3.
Não interferiu nos setores produtivos, mas criou o capitalismo de estado como
propulsor do desenvolvimento. Economia mista.
4.
Culto à personalidade, figura central da nação. Devoção a um líder forte.
5.
Fez acordos com os líderes oligarcas, o que trouxe a paz entre o regime trabalhista
e a oligarquia que havia proclamado a “república”, mas abriu as portas à
corrupção.
6.
Apelou para a propaganda por parte dos meios de comunicação para dar uma idéia
de modernidade e progresso.
7.
Os comunistas sempre colocaram o trabalhismo como sendo de direita, pois os
combatia abertamente.
8.
Os liberais o consideravam socialista, estatizante.
9.
Governou de 1930 à 1945 como ditador e depois, de 1950 até 1954, eleito pelo
sistema político criado pelas elites da qual fazia parte.
10.
Suicidou-se em 1954. Enquanto ditador, calou a oposição à força. Quando eleito,
não pode fazê-lo. Não agüentou as críticas inerentes à um regime “democrático”.
Luiz Inácio Lula da
Silva
1.
Assumiu o poder no Brasil em 2003. Desde o início desenvolve projeto próprio de
poder.
2.
Principal fundador do petismo, ou, lulo-petismo, que inclui elementos de nacionalismo,
corporativismo e sindicalismo nacional. Se apóia em sindicatos pelegos que obedecem
ao Estado e tem apoio dos comunistas.
3.
Não interferiu nos setores produtivos; aliou-se e patrocinou com verbas
públicas o desenvolvimento das empresas privadas dos grandes financiadores de
campanha; ampliou o capitalismo de estado como propulsor do desenvolvimento e
emprego para os apaniguados; por intermédio dos seus sindicalistas colocados em
postos chaves das empresas estatais, fundos de pensão, bancos oficiais, e com
as empresas privadas beneficiadas, passou a desviar recursos em prol do projeto
de poder. Economia mista. Mista de recursos públicos com desvios privados.
4.
Culto à personalidade, figura central da nação. Devoção a um líder forte.
5.
Fez acordos com os líderes oligarcas, o que gerou conluio entre o regime lulo-petista
bolivariano e a oligarquia presente desde a proclamação da “república”, e manteve
aberta as portas da corrupção.
6.
Apelou para a propaganda por parte dos meios de comunicação para dar uma idéia
de modernidade e progresso.
7.
Os “modernos” comunistas não se importam de conviver neste ambiente
ambivalente. Estão todos bem colocados na estrutura do Estado, junto com
oligarcas, com a “nobreza” do funcionalismo público, com “liberais” e
“capitalistas”, todos associados ao erário público.
8.
Os liberais autônomos, aqueles que não participam da orgia com os bens
públicos, o consideram como bolivariano, estatizante e “desviante”; isto nos
epítetos mais singelos.
9.
Governou como presidente eleito de 2003 à 2009; depois, de 2010 até o presente
momento, através da sua dublê, gerente ou “poste”.
10.
O sindicalismo pelego montou uma estrutura de poder muito forte:
-
Fazendo uso das prerrogativas concedidas pelo sistema político vigente desde a
proclamação da res particular, 1889, onde os candidatos são selecionados pelos
critérios de popularidade e subserviência e impostos pelos donos dos partidos
ao eleitor ignorante;
-
onde o sistema de indicações políticas para os principais cargos da república
nos três podres poderes, res publica cada vez menos pública, pois não passa de
um vasto mundo privado que o dinheiro público sustenta;
-
e onde as FFAA são moral e materialmente sucateadas para que não mais se
insurjam contra os abusos da classe política.
Neste
ambiente surrealista, Luiz Inácio Lula da Silva e seus sindicalistas pelegos,
ocuparam todos cargos de mando, sem contar os enxertos que fizeram na
estrutura, o que lhes permitiu alcançar seus objetivos de poder absoluto dentro
das regras da nossa pseudo democracia.
Não
vai ser fácil o Brasil se ver livre dessa quadrilha. Com o dinheiro público
compraram consciências, corromperam espíritos fracos e indecisos, e seus
áulicos no legislativo fazem leis por encomenda e no judiciário as interpretam de
acordo com seus interesses.
Qual
será seu fim ? Assassinado como Mussolini ? Suicídio com arma de fogo como Getúlio
? Ou suicídio com veneno líquido da marca “51”? Em qualquer dos casos, desta vez não teremos a
assombração de uma nova carta testamento.
Enquanto
isso, deveríamos estar debatendo um novo Contrato Social, um novo futuro, mas, deitado
eternamente em berço esplêndido ... quem se importa ?
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