Bruno
Rosa
Para
ex-presidente do BC, sem ajustes, crescimento será baixo na próxima década
O ex-presidente do Banco Central (BC) Henrique Meirelles destacou que o Brasil, para crescer durante a próxima década, precisa resolver sua situação fiscal e dar início às reformas tributária e da previdência. A afirmação foi feita ontem durante palestra na Super Rio Expofood 2016, evento do setor de varejo que aconteceu no Riocentro, no Rio de Janeiro. No evento, Meirelles afirmou ainda que o Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos pelo país) pode apresentar recuo de até 4% neste ano. Se confirmada a previsão, será a maior recessão de sua História do Brasil, pontuou.
Sobre o momento atual, Meirelles, que chegou a ser apontado pelo mercado como um possível sucessor de Alexandre Tombini para o Banco Central e até mesmo para ocupar o Ministério da Fazenda no lugar de Nelson Barbosa, após o anúncio de que ex-presidente Lula iria para o governo Dilma, pouco falou. Destacou apenas a importância do planejamento, apesar das "dúvidas que todos têm sobre o futuro" e lembrou que procura "olhar para o que virá para o Brasil independentemente das questões de curto prazo". Meirelles não quis falar com a imprensa.
'Existe muita incerteza'
Para 2016, Meirelles disse que o ano "é um cenário de crescimento negativo e inflação persistentemente alta". Para os preços, citou a projeção de 7,5% para este ano.
- O número hoje é recessão grande. Não há dúvida. Não podemos subestimar isso. Possivelmente, pode chegar a ser a maior recessão da História do Brasil. Existe muita incerteza. Qual é o cenário de crescimento da próxima década? No curto prazo, vários ajustes macroeconômicos precisam ser feitos, como aumentar o superávit fiscal e reduzir a inflação. São ajustes econômicos básicos para se chegar a um cenário básico de crescimento de 2% na próxima década. No longo prazo, são vários desafios estruturais que geram ineficiências.
Durante sua palestra, Meirelles afirmou que caso se resolvam "os problemas fundamentais de curtíssimo prazo, mas mantendo ainda a incerteza fiscal", o país pode ter uma trajetória de crescimento "muito baixo", de 1% ao ano. Meirelles disse ainda que, supondo que se resolva a questão fiscal, mas não se fazendo nenhuma reforma fundamental, o país vai ter um crescimento de 2% ao ano.
- As reformas tributária e previdenciária, no sentido de gerar mais eficiência, além da trabalhista, e maior facilidade para fazer negócios no Brasil. Com tudo isso o Brasil tem chances de crescer 4% ao ano. São desafios que podem ser enfrentados. O Brasil já enfrentou no passado desafios enormes , com hiperinflação - disse Meirelles, que destacou ainda que as reservas internacionais representam um "colchão de liquidez".
Meirelles também em vários momentos de sua palestra destacou a necessidade que o país faça as reformas necessárias para evitar que a dívida bruta e líquida cheguem a patamares insustentáveis nos próximos anos.
-A dívida líquida, que é a divida bruta menos as reversas, começou a amentar em 2013, e de forma mais pronunciada em 2014 e 2015, o que mostra a necessidade das reformas fundamentais visando a equilibrar a trajetória dessa curva para que não tenhamos uma trajetória para que essa dívida possa subir para patamares não sustentáveis ao longo do tempo. Se não forem tomadas medidas de ajustes, como as questões de despesas, sejam as vinculações constitucionais ou previdenciárias, podemos ter essa dívida atingindo patamares superiores ao de 2002. No caso da dívida bruta, a trajetória é similar.
O ex-presidente do Banco Central (BC) Henrique Meirelles destacou que o Brasil, para crescer durante a próxima década, precisa resolver sua situação fiscal e dar início às reformas tributária e da previdência. A afirmação foi feita ontem durante palestra na Super Rio Expofood 2016, evento do setor de varejo que aconteceu no Riocentro, no Rio de Janeiro. No evento, Meirelles afirmou ainda que o Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos pelo país) pode apresentar recuo de até 4% neste ano. Se confirmada a previsão, será a maior recessão de sua História do Brasil, pontuou.
Sobre o momento atual, Meirelles, que chegou a ser apontado pelo mercado como um possível sucessor de Alexandre Tombini para o Banco Central e até mesmo para ocupar o Ministério da Fazenda no lugar de Nelson Barbosa, após o anúncio de que ex-presidente Lula iria para o governo Dilma, pouco falou. Destacou apenas a importância do planejamento, apesar das "dúvidas que todos têm sobre o futuro" e lembrou que procura "olhar para o que virá para o Brasil independentemente das questões de curto prazo". Meirelles não quis falar com a imprensa.
'Existe muita incerteza'
Para 2016, Meirelles disse que o ano "é um cenário de crescimento negativo e inflação persistentemente alta". Para os preços, citou a projeção de 7,5% para este ano.
- O número hoje é recessão grande. Não há dúvida. Não podemos subestimar isso. Possivelmente, pode chegar a ser a maior recessão da História do Brasil. Existe muita incerteza. Qual é o cenário de crescimento da próxima década? No curto prazo, vários ajustes macroeconômicos precisam ser feitos, como aumentar o superávit fiscal e reduzir a inflação. São ajustes econômicos básicos para se chegar a um cenário básico de crescimento de 2% na próxima década. No longo prazo, são vários desafios estruturais que geram ineficiências.
Durante sua palestra, Meirelles afirmou que caso se resolvam "os problemas fundamentais de curtíssimo prazo, mas mantendo ainda a incerteza fiscal", o país pode ter uma trajetória de crescimento "muito baixo", de 1% ao ano. Meirelles disse ainda que, supondo que se resolva a questão fiscal, mas não se fazendo nenhuma reforma fundamental, o país vai ter um crescimento de 2% ao ano.
- As reformas tributária e previdenciária, no sentido de gerar mais eficiência, além da trabalhista, e maior facilidade para fazer negócios no Brasil. Com tudo isso o Brasil tem chances de crescer 4% ao ano. São desafios que podem ser enfrentados. O Brasil já enfrentou no passado desafios enormes , com hiperinflação - disse Meirelles, que destacou ainda que as reservas internacionais representam um "colchão de liquidez".
Meirelles também em vários momentos de sua palestra destacou a necessidade que o país faça as reformas necessárias para evitar que a dívida bruta e líquida cheguem a patamares insustentáveis nos próximos anos.
-A dívida líquida, que é a divida bruta menos as reversas, começou a amentar em 2013, e de forma mais pronunciada em 2014 e 2015, o que mostra a necessidade das reformas fundamentais visando a equilibrar a trajetória dessa curva para que não tenhamos uma trajetória para que essa dívida possa subir para patamares não sustentáveis ao longo do tempo. Se não forem tomadas medidas de ajustes, como as questões de despesas, sejam as vinculações constitucionais ou previdenciárias, podemos ter essa dívida atingindo patamares superiores ao de 2002. No caso da dívida bruta, a trajetória é similar.
O
Globo
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