Martim
Berto Fuchs
Lulopetismo,
uma era chegando ao fim. Em termos históricos, até que foi curta. 36 anos. 1980
com a fundação do PT; 2016, com o término do PT. Só não terminará tão cedo a
atuação nefasta da esquerda no Brasil.
O marxismo já nasceu com defeitos congênitos; faleceu em 1991, mas alguns poucos países não
foram avisados. No Brasil, como sempre, as notícias demoram à chegar.
Envergonhados
de mostrá-lo na sua nomenklatura original, refundaram com o nome de bolivarianismo.
Emenda pior que o soneto. Mas estamos pagando caro por mais esta tentativa
frustrada de emplacar o anti-natural. E por que o marxismo ainda esperneia por
aí, tipo defunto amparado em muletas, assombrando novas gerações ?
O
liberalismo, proposta basicamente cristã, que teve seu início com a Reforma de
Lutero (1517) e sua implantação definitiva com a Revolução Francesa (1789),
segue uma trajetória lenta rumo ao aperfeiçoamento que, na minha opinião, já
deveria estar bem mais adiantado.
Baseado
num conceito correto, o de que o humano é um ser individual mas que vive em
coletividade, o liberalismo defende a atuação da iniciativa privada na produção
de bens através da concorrência sadia e a não interferência do Estado nessa
seara. Isto, teoricamente. Na prática, o que acontece é um pouco diferente.
Desde
o início da acumulação de capital no século XIV, entre os mercadores do norte
da atual Itália, até nossa época, a ganância superou os propósitos apregoados e
o capitalismo, com o mercado sendo dirigido pelos donos do capital, em vez de
ser livre como alardeado, leva à riqueza aqueles que conseguem acompanhar seus
passos esquivos e desenfreados rumo ao lucro à qualquer preço, deixando pelo
caminho todos aqueles que não conseguem acompanhar essa marcha forçada.
Mesmo
com a produção tendo superado o consumo à nível mundial, não se agilizam
medidas para que se aumente o número de consumidores com capacidade de consumir
com o resultado do seu TRABALHO. Pelo contrário, culpando sempre o Estado pela
sua gastança desenfreada sem contar a péssima administração dos recursos por
este arrecadado, esses mesmos defensores do capital participam ativamente da débâcle
do Estado.
No
mundo, o capitalismo especulativo dominou por completo o capitalismo produtivo.
Empresas isentas de crise só aquelas onde os donos do capital são também os
maiores acionistas.
No
Brasil, a realidade é ainda mais triste. Nossos defensores da livre iniciativa e
do Estado mínimo, tem cada um seu feudo na imensa estrutura estatal, onde
impune e hipocritamente empregam toda sua grande família (cabos eleitorais,
parentes, amantes e amigos), ao mesmo tempo que condenam a esquerda estatizante
por defender essa atitude, qual seja: emprego sem trabalho.
Capitalistas
associados aos cofres públicos, comparsas do assalto ao erário, sócios da
esquerda de botequim onde se destaca o bebum velhaco; não satisfeitos em
enterrar a economia do país, depois de acabar com todo resquício de moral e
ética, se unem neste simulacro de república democrática para manter no trono a
rainha da mandioca, desde que possam continuar sangrando o país em seu proveito
e de sua grande família.
Esses
capitalistas de mentirinha, cúmplices do assalto aos cofres públicos, não tem
perdão. Os esquerdopatas podem alegar em sua defesa, sua incomPeTência e
cegueira históricas.
E
o que os defensores do Estado mínimo e da produção nas mãos da iniciativa privada
vão alegar para se defender da acusação de estarem, juntos e irmanados com os
bolivarianos, estuprando a nação ?
Temerosos
de ter que algum dia enfrentar a indignação de eleitores eternamente enganados
por um sistema político viciado, se unem novamente em conluio nos três PODRES
poderes para nos aplicar mais um golpe, agora com esse arremedo de semiparlamentarismo
ou semipresidencialismo que querem nos enfiar goela abaixo, que em qualquer dos
casos, permitirá que os mesmos de sempre continuem tranquilamente alimentando
suas sinecuras às nossas custas.
De
golpe em golpe desde 1889, quando mudaram apenas a forma de escolha do
mandante, nossa Corte, agora engrossada pelos sindicalistas pelegos, ignorantes
mas tão vorazes quanto, estão concluindo os detalhes para assentar mais um
golpe nos cidadãos e empresas brasileiras alheias à Corte.
Essa
máfia encastelada no poder está nos dando o recado, através do costumeiro
deboche da “conjugação de esforços pela
conciliação”, que só vai deixar de freqüentar o balcão de negócios do
Congresso Lamaçal, se à isto for obrigada pelo direito da força, pois satirizam
a força do direito, contanto com o respaldo de seus associados do judiciário,
lá colocados pelos mafiosos unidos.
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