quarta-feira, 16 de março de 2016

Começo do fim. Um novo começo quando ?

Martim Berto Fuchs

Lulopetismo, uma era chegando ao fim. Em termos históricos, até que foi curta. 36 anos. 1980 com a fundação do PT; 2016, com o término do PT. Só não terminará tão cedo a atuação nefasta da esquerda no Brasil.

O marxismo já nasceu com defeitos congênitos; faleceu em 1991, mas alguns poucos países não foram avisados. No Brasil, como sempre, as notícias demoram à chegar.

Envergonhados de mostrá-lo na sua nomenklatura original, refundaram com o nome de bolivarianismo. Emenda pior que o soneto. Mas estamos pagando caro por mais esta tentativa frustrada de emplacar o anti-natural. E por que o marxismo ainda esperneia por aí, tipo defunto amparado em muletas, assombrando novas gerações ?

O liberalismo, proposta basicamente cristã, que teve seu início com a Reforma de Lutero (1517) e sua implantação definitiva com a Revolução Francesa (1789), segue uma trajetória lenta rumo ao aperfeiçoamento que, na minha opinião, já deveria estar bem mais adiantado.

Baseado num conceito correto, o de que o humano é um ser individual mas que vive em coletividade, o liberalismo defende a atuação da iniciativa privada na produção de bens através da concorrência sadia e a não interferência do Estado nessa seara. Isto, teoricamente. Na prática, o que acontece é um pouco diferente.

Desde o início da acumulação de capital no século XIV, entre os mercadores do norte da atual Itália, até nossa época, a ganância superou os propósitos apregoados e o capitalismo, com o mercado sendo dirigido pelos donos do capital, em vez de ser livre como alardeado, leva à riqueza aqueles que conseguem acompanhar seus passos esquivos e desenfreados rumo ao lucro à qualquer preço, deixando pelo caminho todos aqueles que não conseguem acompanhar essa marcha forçada.

Mesmo com a produção tendo superado o consumo à nível mundial, não se agilizam medidas para que se aumente o número de consumidores com capacidade de consumir com o resultado do seu TRABALHO. Pelo contrário, culpando sempre o Estado pela sua gastança desenfreada sem contar a péssima administração dos recursos por este arrecadado, esses mesmos defensores do capital participam ativamente da débâcle do Estado.

No mundo, o capitalismo especulativo dominou por completo o capitalismo produtivo. Empresas isentas de crise só aquelas onde os donos do capital são também os maiores acionistas.

No Brasil, a realidade é ainda mais triste. Nossos defensores da livre iniciativa e do Estado mínimo, tem cada um seu feudo na imensa estrutura estatal, onde impune e hipocritamente empregam toda sua grande família (cabos eleitorais, parentes, amantes e amigos), ao mesmo tempo que condenam a esquerda estatizante por defender essa atitude, qual seja: emprego sem trabalho.

Capitalistas associados aos cofres públicos, comparsas do assalto ao erário, sócios da esquerda de botequim onde se destaca o bebum velhaco; não satisfeitos em enterrar a economia do país, depois de acabar com todo resquício de moral e ética, se unem neste simulacro de república democrática para manter no trono a rainha da mandioca, desde que possam continuar sangrando o país em seu proveito e de sua grande família.

Esses capitalistas de mentirinha, cúmplices do assalto aos cofres públicos, não tem perdão. Os esquerdopatas podem alegar em sua defesa, sua incomPeTência e cegueira históricas.
E o que os defensores do Estado mínimo e da produção nas mãos da iniciativa privada vão alegar para se defender da acusação de estarem, juntos e irmanados com os bolivarianos, estuprando a nação ?

Temerosos de ter que algum dia enfrentar a indignação de eleitores eternamente enganados por um sistema político viciado, se unem novamente em conluio nos três PODRES poderes para nos aplicar mais um golpe, agora com esse arremedo de semiparlamentarismo ou semipresidencialismo que querem nos enfiar goela abaixo, que em qualquer dos casos, permitirá que os mesmos de sempre continuem tranquilamente alimentando suas sinecuras às nossas custas.

De golpe em golpe desde 1889, quando mudaram apenas a forma de escolha do mandante, nossa Corte, agora engrossada pelos sindicalistas pelegos, ignorantes mas tão vorazes quanto, estão concluindo os detalhes para assentar mais um golpe nos cidadãos e empresas brasileiras alheias à Corte.

Essa máfia encastelada no poder está nos dando o recado, através do costumeiro deboche da “conjugação de esforços pela conciliação”, que só vai deixar de freqüentar o balcão de negócios do Congresso Lamaçal, se à isto for obrigada pelo direito da força, pois satirizam a força do direito, contanto com o respaldo de seus associados do judiciário, lá colocados pelos mafiosos unidos.



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