quarta-feira, 30 de março de 2016

A Marina e o PT Camaleão

Sérgio Alves de Oliveira

A disparada de Marina Silva nas pesquisas recentemente realizadas, que apontam a mesma na liderança das preferências para as eleições presidenciais que se avizinham, traz à tona a probabilidade de mais um engodo vir a ocupar a cadeira presidencial, a exemplo da história mais recente, onde Lula e Dilma ,legítimos representantes da massa ignara, para “azar” de todos os brasileiros, tomaram esse lugar há mais de “13” anos. 

Como disfarce, e para enganar os trouxas, ”eles” simulam troca de acusações de todo  tipo, como se fossem de oposição um ao outro, quando na verdade são “farinha do mesmo saco”, todos “lobos em pele de carneiro”, inclusive  a aparente e falsa “oposição” do PSDB ,de FHC e seus seguidores, da mesma linha ideológica, porém disfarçada.

Aquele sistema político que adotaram no Brasil, denominado impropriamente de DEMOCRACIA, como está escrito na Constituição, está impregnado por uma série de vícios capazes de descaracterizar  esse modelo, tornando-o uma mentira, uma oclocracia.

Aristóteles (384 a.C  - 322 a.C),filósofo da Antiga Grécia, classificou as formas de governo em PURAS e IMPURAS. Segundo ele, as  primeiras (as formas puras) seriam a MONARQUIA (governo de um só), a ARISTOCRACIA (governo dos melhores) e a DEMOCRACIA (governo do povo). As segundas (as formas impuras),que seriam  as respectivas corrupções das primeiras, residiriam na  TIRANIA (Monarquia deturpada), na OLIGARQUIA  (Aristocracia degenerada), e na DEMAGOGIA ( Democracia desvirtuada). Mais tarde o geógrafo e historiador grego POLÍBIO (203 a.C - 120 a.C) manteve essa classificação aristotélica, mas substituiu  a DEMAGOGIA por OCLOCRACIA.

Essa “oclocracia” seria o completo desvirtuamento da democracia, por ausência de consciência política razoável do povo que a praticasse, ignorância política, e também por deficiência de cultura ,inteligência e caráter do respectivo povo. Todas essas ausências contaminariam os princípios que devem nortear a democracia verdadeira e a transformariam na sua contrária, na OCLOCRACIA, que seria o “antônimo” da democracia, segundo a visão de Políbio.

Essa realidade que fincou raízes fundas no Brasil conseguiu a “proeza” de fazer com que a implantação da República, com aquele golpe militar de 1889 - origem dessa “coisa” que muitos insistem em dizer ou pensam ser  democracia -  tenha sido uma catástrofe política ao Brasil, de funestos efeitos,pior ainda que o antigo regime da Monarquia que ela aboliu, com D. Pedro I  e D. Pedro II. Saliente-se,inclusive,que Dom Pedro II fez mais pelo Brasil do que todos os presidentes da “república” fizeram.  Por isso sou forçado a cair em risos,sempre que surge esse “papo” ridículo, batido e cansativo dos políticos, principalmente, e também de muita “gente boa” que anda  por aí, que atribuem a  tudo o  que é ilícito ,ou não presta, na política,a expressão pretensamente pejorativa  de que dito acontecimento não seria “republicano”.

Essa corrupção da democracia brasileira – que também é fonte da “outra” corrupção ,a derivada,que hoje assola terrivelmente o pais, na política -  teve força para fazer com que as forças do mal sempre estivessem presentes e fossem decisivas nas eleições, patrocinadas por uma “Justiça Eleitoral” cuja função não passa de homologar e dar toda a proteção e segurança possível a essa verdadeira bandalheira política, com o “selo” da  Justiça. Mas essa mesma Justiça  não “fica para trás”, também praticando as suas próprias “bandalheiras”,diretamente, como a escancarada  fraude que protagonizou com as urnas eletrônicas e apuração das eleições presidenciais de 2014,2º Turno, que deu a vitória (fraudada) a Dilma Rousseff. Todo mundo sabe, talvez mais que todos o “Bonner”, da Globo, mas tudo  ficou e vai ficar por isso mesmo.

A melhor definição que se poderia dar a essa pseudodemocracia seria a de ser ela “a ciência e  arte de enganar e escolher os  piores”. A consequência imediata dessa oclocracia reside no fato de  que os vencedores escolhidos nas urnas eleitorais normalmente são  os piores,dentre os piores. Mas o que significaria o sentido emprestado à expressão “os piores, dentre os piores”?

A “demonização” que fazem da imagem de Adolf Hitler em todo o mundo, especialmente entre os políticos, certamente não provém dos horrores que ele cometeu, ou teria cometido, especialmente contra os judeus, com extermínio de milhões de pessoas desse valoroso povo nos campos de concentração. Essa verdadeira “ojeriza” que os políticos de todo o mundo têm contra o “fuhrer” decorre mais da imagem que ele tinha e da descrição nada elogiosa que ele  deu aos políticos da sua  terra natal, a Áustria, no livro  “MeinKampft (hoje de circulação proibida). Escreveu ele, na prisão onde estava recolhido, que (na Áustria) “eram atraídos a fazer política os elementos da pior escória da sociedade”. Deu para perceber onde se quer chegar, com a expressão “os piores, dentre os piores” ?  Não se aplicaria essa visão que Hitler tinha dos políticos da Áustria, daquela época, se comparados com os do Brasil, de hoje?

Mas se considerarmos a verdade que está no brocardo que emergiu da sabedoria de todos os povos, de que “cada povo tem o governo que merece”, do qual decorre necessariamente uma consequência, qual seja, (também) “ o governo  tem o povo que merece”, o enorme vício da falsa democracia brasileira tem raízes primeiro na pobreza da mente do seu povo, cuja consequência é a da ter o seu desgraçado destino social e econômico  traçado pela pior escória da sociedade, excetuada aquela minoria, tanto do povo, quanto da política, sem a força necessária, justamente por serem minoria, para alterar esse  terrível quadro.

Até poderia parecer a algum desavisado que o foco aqui discutido estaria no combate à democracia. Não é nada disso. Pelo contrário, a democracia é o melhor dos modelos políticos que já foram concebidos. Poderá haver melhor, mas ainda não se conhece. Mas nem tudo que “dizem” ser democracia de fato o é. Isso vai depender sempre da consciência política do povo, da sua conscientização. Se ela for boa, os políticos que representam o povo corresponderão aos interesses desse mesmo povo, e terão as virtudes necessárias para dirigir os interesses da nação. Caso contrário, o desastre estará instalado.

No caso do Brasil, esses “desastres” se repetem e se agravam progressivamente. Os governos do Regime Militar (de 1964 a 1985), que na verdade não foram muito bons, contudo podem ser considerados melhores, ou “menos piores”, que todos os outros governos civis subsequentes, que foram, a cada novo mandato, progressivamente piorando. Especialmente nos dois mandatos que somam 8 anos de governo de FHC (cujo “esquerdopatismo” pode ser comprovado pela criação do  Ministério da Defesa, em lugar dos 3 Ministérios Militares; pela promulgação de leis que legalizaram a maconha e outras que indenizavam com verbas milionárias os terroristas, etc) -  e que foi agravado nos 13 anos de PT, então  já com o esquerdismo à flor da pele, mais assumido, pautados no socialismo fabiano, no gramscismo e na seita dos “Illuminati”, os estragos políticos, morais, econômicos e sociais no país foram de grande monta, devendo levar algumas décadas para recuperá-los, nessa hipótese, contudo, sempre contando com o afastamento imprescindível e imediato dessa cambada de salafrários do poder, ou seja, com uma reformulação dos valores políticos na consciência coletiva do povo para a prática da verdadeira democracia.

Mas essa reforma não poderia ser obtida pelas vias “democráticas”, nem políticas, em curso, como as conhecemos, pelas razões já apontadas, ou seja, pelas suas inexistências. A democracia está totalmente ausente nessa terra, onde a sua política  também é imprestável e não conduz o seu povo para realizar as suas infinitas  potencialidades. A única alternativa que nos restaria seria então o emprego da força, por quem de direito, para num primeiro momento afastar  os Três Poderes, todos comprometidos nessa situação que levou o Brasil à beira do caos, para que logo após se reinstalasse o Estado de Direito, hoje abandonado, e que pudesse abrigar um modelo de verdadeira democracia.

Sabe-se que a analogia pode enriquecer qualquer discussão. Então vamos recorrer a ela para explicar o fenômeno da ascensão política de Marina Silva, mais uma enganação  com boas chances  de acontecer, a exemplo das escolhas eleitorais  de FHC, Lula e Dilma, que deixaram o Brasil  quase destruído durante os  longos 21  anos somados dos seus  governos.
Interessante é observar que os militares que governaram durante o mesmo tempo que esse “trio”civil, (de 1964 a 1985) ,apesar das campanhas difamatórias que buscaram desmoralizá-los,orquestradas pelos governos do PT e pelos ex-terroristas, fizeram muito mais pelo Brasil do  que os governos “plenamente democráticos”, que acabamos de referir. Só para dar um exemplo, as cinco maiores usinas hidrelétricas hoje em funcionamento no Brasil foram construídas durante o Regime Militar. As analogias sobre as quais iremos trabalhar são as seguintes:

(1) O CAMALEÃO: Esse impressionante réptil tem a capacidade de mudar de cor   toda vez que precisa camuflar-se por algum interesse ou necessidade própria, até defensiva. Também as pessoas têm essa capacidade. Especialmente na política as novas cores partidárias podem camuflar. E “eles” sabem disso. Às vezes basta uma mudança de partido político ou um discurso novo para que isso aconteça;

(2) O LOBO EM PELE DE CORDEIRO: Essa parábola tem origem bíblica, do Novo Testamento: “Cuidado com os falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores” (Matheus,7:16). Dita parábola cabe como uma “luva”, tanto em Marina, quanto em Lula. Ambos se projetaram na vida política com as mesmas bandeiras. Lula com a sua anunciada origem pobre e de humilde operário metalúrgico (duvido até que ele tenha aprendido a desentortar um prego, já que ele nunca trabalhou e sempre fez só política, desde a origem sindicalista). Por sua vez também Marina igualmente levantou a bandeira da  sua  origem pobre e pele negra.Mas nessa disputa Marina ganha longe de Lula, por sua aparência também de “coitadinha”, algo que Lula não tem, embora ele possa ter diversas outras caras.Essas “propriedades” conseguem comover as pessoas que têm bom coração quando estão frente a alguma urna para votar. Assim quem vota é o coração, enganado pela pele de cordeiro que o candidato-lobo veste, e que acaba sendo eleito. A razão e a inteligência não são acionados, sucumbindo ante o coração, que no caso é quem decide. E a sociedade acaba pagando um alto preço durante muito tempo por essa “bondade” de muitos.

(3) CORUJA- DE- CORREDOR: Marina também pode ser equiparada à “coruja-de-corredor”, bem conhecida na vida rural. A característica mais conhecida desse tipo de coruja é voar pulando de pau em pau nos corredores das fazendas, na caça de  roedores ou répteis. Assim também procedem algumas pessoas, como Marina Silva. Ela começou a fazer política em 1985, lá no Acre, pelo Partido dos Trabalhadores-PT, chegando a ser eleita e reeleita para o Senado.Mas resolveu se transferir para o Partido Verde-PV, algum tempo depois, mais tarde também abandonando esse partido para fundar a “Rede”, um novo partido político, pulando novamente de “pau” para filiar-se ao Partido Socialista Brasileiro-PSB, para concorrer à Presidência da República, após o acidente aéreo que vitimou Campos, onde quase chegou à Presidência, obtendo a terceira colocação, que também já havia conquistado nas eleições anteriores, de 2010.

Marina também fez parte de um outro partido, esse  informal, para aumentar o seu currículo partidário, qual seja, o partido-Religião Evangélica, após abandonar a Igreja Católica. Mas sem dúvida a “coruja-de-corredor” é boa de voto, o que não se pode confundir com qualquer eventual mérito em democracias degeneradas, ou oclocracias, ambientes contaminados e propícios à germinação de políticos  sem as qualidades necessárias, como “FHC”, Marina e Lula, ambos “da Silva”. Dando esse texto por encerrado, a verdade é que ninguém até hoje conseguiu bater o recorde de Marina Silva, como a maior “vira-casaca” de todos os tempos.

Sérgio Alves de Oliveira
Advogado e Sociólogo.

Alerta Total – www.alertatotal.net




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