Sérgio Alves de Oliveira
A disparada de Marina Silva nas
pesquisas recentemente realizadas, que apontam a mesma na liderança das
preferências para as eleições presidenciais que se avizinham, traz à tona a
probabilidade de mais um engodo vir a ocupar a cadeira presidencial, a exemplo
da história mais recente, onde Lula e Dilma ,legítimos representantes da massa
ignara, para “azar” de todos os brasileiros, tomaram esse lugar há mais de “13”
anos.
Como disfarce, e para enganar os
trouxas, ”eles” simulam troca de acusações de todo tipo, como se fossem
de oposição um ao outro, quando na verdade são “farinha do mesmo saco”, todos
“lobos em pele de carneiro”, inclusive a aparente e falsa “oposição” do
PSDB ,de FHC e seus seguidores, da mesma linha ideológica, porém disfarçada.
Aquele sistema político que adotaram
no Brasil, denominado impropriamente de DEMOCRACIA, como está escrito na
Constituição, está impregnado por uma série de vícios capazes de
descaracterizar esse modelo, tornando-o uma mentira, uma oclocracia.
Aristóteles (384 a.C - 322
a.C),filósofo da Antiga Grécia, classificou as formas de governo em PURAS e
IMPURAS. Segundo ele, as primeiras (as formas puras) seriam a MONARQUIA
(governo de um só), a ARISTOCRACIA (governo dos melhores) e a DEMOCRACIA
(governo do povo). As segundas (as formas impuras),que seriam as
respectivas corrupções das primeiras, residiriam na TIRANIA (Monarquia
deturpada), na OLIGARQUIA (Aristocracia degenerada), e na DEMAGOGIA (
Democracia desvirtuada). Mais tarde o geógrafo e historiador grego POLÍBIO (203
a.C - 120 a.C) manteve essa classificação aristotélica, mas substituiu a
DEMAGOGIA por OCLOCRACIA.
Essa “oclocracia” seria o completo
desvirtuamento da democracia, por ausência de consciência política razoável do
povo que a praticasse, ignorância política, e também por deficiência de cultura
,inteligência e caráter do respectivo povo. Todas essas ausências contaminariam
os princípios que devem nortear a democracia verdadeira e a transformariam na
sua contrária, na OCLOCRACIA, que seria o “antônimo” da democracia, segundo a
visão de Políbio.
Essa realidade que fincou raízes
fundas no Brasil conseguiu a “proeza” de fazer com que a implantação da
República, com aquele golpe militar de 1889 - origem dessa “coisa” que muitos
insistem em dizer ou pensam ser democracia - tenha sido uma
catástrofe política ao Brasil, de funestos efeitos,pior ainda que o antigo
regime da Monarquia que ela aboliu, com D. Pedro I e D. Pedro II.
Saliente-se,inclusive,que Dom Pedro II fez mais pelo Brasil do que todos os
presidentes da “república” fizeram. Por isso sou forçado a cair em
risos,sempre que surge esse “papo” ridículo, batido e cansativo dos políticos,
principalmente, e também de muita “gente boa” que anda por aí, que
atribuem a tudo o que é ilícito ,ou não presta, na política,a
expressão pretensamente pejorativa de que dito acontecimento não seria
“republicano”.
Essa corrupção da democracia
brasileira – que também é fonte da “outra” corrupção ,a derivada,que hoje
assola terrivelmente o pais, na política - teve força para fazer com que
as forças do mal sempre estivessem presentes e fossem decisivas nas eleições,
patrocinadas por uma “Justiça Eleitoral” cuja função não passa de homologar e
dar toda a proteção e segurança possível a essa verdadeira bandalheira
política, com o “selo” da Justiça. Mas essa mesma Justiça não “fica
para trás”, também praticando as suas próprias “bandalheiras”,diretamente, como
a escancarada fraude que protagonizou com as urnas eletrônicas e apuração
das eleições presidenciais de 2014,2º Turno, que deu a vitória (fraudada) a
Dilma Rousseff. Todo mundo sabe, talvez mais que todos o “Bonner”, da Globo,
mas tudo ficou e vai ficar por isso mesmo.
A melhor definição que se poderia
dar a essa pseudodemocracia seria a de ser ela “a ciência e arte de
enganar e escolher os piores”. A consequência imediata dessa oclocracia
reside no fato de que os vencedores escolhidos nas urnas eleitorais
normalmente são os piores,dentre os piores. Mas o que significaria o
sentido emprestado à expressão “os piores, dentre os piores”?
A “demonização” que fazem da imagem
de Adolf Hitler em todo o mundo, especialmente entre os políticos, certamente
não provém dos horrores que ele cometeu, ou teria cometido, especialmente
contra os judeus, com extermínio de milhões de pessoas desse valoroso povo nos
campos de concentração. Essa verdadeira “ojeriza” que os políticos de todo o
mundo têm contra o “fuhrer” decorre mais da imagem que ele tinha e da
descrição nada elogiosa que ele deu aos políticos da sua terra
natal, a Áustria, no livro “MeinKampft (hoje de circulação proibida).
Escreveu ele, na prisão onde estava recolhido, que (na Áustria) “eram atraídos
a fazer política os elementos da pior escória da sociedade”. Deu para perceber
onde se quer chegar, com a expressão “os piores, dentre os piores” ?
Não se aplicaria essa visão que Hitler tinha dos políticos da Áustria, daquela
época, se comparados com os do Brasil, de hoje?
Mas se considerarmos a verdade que
está no brocardo que emergiu da sabedoria de todos os povos, de que “cada povo
tem o governo que merece”, do qual decorre necessariamente uma consequência,
qual seja, (também) “ o governo tem o povo que merece”, o enorme vício da
falsa democracia brasileira tem raízes primeiro na pobreza da mente do seu
povo, cuja consequência é a da ter o seu desgraçado destino social e
econômico traçado pela pior escória da sociedade, excetuada aquela
minoria, tanto do povo, quanto da política, sem a força necessária, justamente
por serem minoria, para alterar esse terrível quadro.
Até poderia parecer a algum
desavisado que o foco aqui discutido estaria no combate à democracia. Não é
nada disso. Pelo contrário, a democracia é o melhor dos modelos políticos que
já foram concebidos. Poderá haver melhor, mas ainda não se conhece. Mas nem
tudo que “dizem” ser democracia de fato o é. Isso vai depender sempre da
consciência política do povo, da sua conscientização. Se ela for boa, os
políticos que representam o povo corresponderão aos interesses desse mesmo povo,
e terão as virtudes necessárias para dirigir os interesses da nação. Caso
contrário, o desastre estará instalado.
No caso do Brasil, esses “desastres”
se repetem e se agravam progressivamente. Os governos do Regime Militar (de
1964 a 1985), que na verdade não foram muito bons, contudo podem ser
considerados melhores, ou “menos piores”, que todos os outros governos civis
subsequentes, que foram, a cada novo mandato, progressivamente piorando.
Especialmente nos dois mandatos que somam 8 anos de governo de FHC (cujo
“esquerdopatismo” pode ser comprovado pela criação do Ministério da
Defesa, em lugar dos 3 Ministérios Militares; pela promulgação de leis que
legalizaram a maconha e outras que indenizavam com verbas milionárias os
terroristas, etc) - e que foi agravado nos 13 anos de PT,
então já com o esquerdismo à flor da pele, mais assumido, pautados no
socialismo fabiano, no gramscismo e na seita dos “Illuminati”, os estragos
políticos, morais, econômicos e sociais no país foram de grande monta, devendo
levar algumas décadas para recuperá-los, nessa hipótese, contudo, sempre
contando com o afastamento imprescindível e imediato dessa cambada de
salafrários do poder, ou seja, com uma reformulação dos valores políticos na
consciência coletiva do povo para a prática da verdadeira democracia.
Mas essa reforma não poderia ser
obtida pelas vias “democráticas”, nem políticas, em curso, como as conhecemos,
pelas razões já apontadas, ou seja, pelas suas inexistências. A democracia está
totalmente ausente nessa terra, onde a sua política também é imprestável
e não conduz o seu povo para realizar as suas infinitas potencialidades.
A única alternativa que nos restaria seria então o emprego da força, por quem
de direito, para num primeiro momento afastar os Três Poderes, todos
comprometidos nessa situação que levou o Brasil à beira do caos, para que logo
após se reinstalasse o Estado de Direito, hoje abandonado, e que pudesse
abrigar um modelo de verdadeira democracia.
Sabe-se que a analogia pode
enriquecer qualquer discussão. Então vamos recorrer a ela para explicar o
fenômeno da ascensão política de Marina Silva, mais uma enganação com
boas chances de acontecer, a exemplo das escolhas eleitorais de
FHC, Lula e Dilma, que deixaram o Brasil quase destruído durante os
longos 21 anos somados dos seus governos.
Interessante é observar que os
militares que governaram durante o mesmo tempo que esse “trio”civil, (de 1964 a
1985) ,apesar das campanhas difamatórias que buscaram
desmoralizá-los,orquestradas pelos governos do PT e pelos ex-terroristas, fizeram
muito mais pelo Brasil do que os governos “plenamente democráticos”, que
acabamos de referir. Só para dar um exemplo, as cinco maiores usinas
hidrelétricas hoje em funcionamento no Brasil foram construídas durante o
Regime Militar. As analogias sobre as quais iremos trabalhar são as seguintes:
(1) O CAMALEÃO: Esse impressionante
réptil tem a capacidade de mudar de cor toda vez que precisa
camuflar-se por algum interesse ou necessidade própria, até defensiva. Também
as pessoas têm essa capacidade. Especialmente na política as novas cores
partidárias podem camuflar. E “eles” sabem disso. Às vezes basta uma mudança de
partido político ou um discurso novo para que isso aconteça;
(2) O LOBO EM PELE DE CORDEIRO: Essa
parábola tem origem bíblica, do Novo Testamento: “Cuidado com os falsos
profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos
devoradores” (Matheus,7:16). Dita parábola cabe como uma “luva”, tanto em
Marina, quanto em Lula. Ambos se projetaram na vida política com as mesmas
bandeiras. Lula com a sua anunciada origem pobre e de humilde operário
metalúrgico (duvido até que ele tenha aprendido a desentortar um prego, já que
ele nunca trabalhou e sempre fez só política, desde a origem sindicalista). Por
sua vez também Marina igualmente levantou a bandeira da sua origem
pobre e pele negra.Mas nessa disputa Marina ganha longe de Lula, por sua
aparência também de “coitadinha”, algo que Lula não tem, embora ele possa ter
diversas outras caras.Essas “propriedades” conseguem comover as pessoas que têm
bom coração quando estão frente a alguma urna para votar. Assim quem vota é o
coração, enganado pela pele de cordeiro que o candidato-lobo veste, e que
acaba sendo eleito. A razão e a inteligência não são acionados, sucumbindo ante
o coração, que no caso é quem decide. E a sociedade acaba pagando um alto preço
durante muito tempo por essa “bondade” de muitos.
(3) CORUJA- DE- CORREDOR: Marina
também pode ser equiparada à “coruja-de-corredor”, bem conhecida na vida rural.
A característica mais conhecida desse tipo de coruja é voar pulando de pau em
pau nos corredores das fazendas, na caça de roedores ou répteis. Assim
também procedem algumas pessoas, como Marina Silva. Ela começou a fazer
política em 1985, lá no Acre, pelo Partido dos Trabalhadores-PT, chegando a ser
eleita e reeleita para o Senado.Mas resolveu se transferir para o Partido
Verde-PV, algum tempo depois, mais tarde também abandonando esse partido para
fundar a “Rede”, um novo partido político, pulando novamente de “pau” para
filiar-se ao Partido Socialista Brasileiro-PSB, para concorrer à Presidência da
República, após o acidente aéreo que vitimou Campos, onde quase chegou à
Presidência, obtendo a terceira colocação, que também já havia conquistado nas
eleições anteriores, de 2010.
Marina também fez parte de um outro
partido, esse informal, para aumentar o seu currículo partidário, qual
seja, o partido-Religião Evangélica, após abandonar a Igreja Católica. Mas sem
dúvida a “coruja-de-corredor” é boa de voto, o que não se pode confundir com
qualquer eventual mérito em democracias degeneradas, ou oclocracias,
ambientes contaminados e propícios à germinação de políticos sem as
qualidades necessárias, como “FHC”, Marina e Lula, ambos “da Silva”. Dando esse
texto por encerrado, a verdade é que ninguém até hoje conseguiu bater o recorde
de Marina Silva, como a maior “vira-casaca” de todos os tempos.
Sérgio Alves de Oliveira
Advogado e Sociólogo.
Alerta Total – www.alertatotal.net
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