Precisou alguém contratar os piqueteiros profissionais para, como de outras vezes, em se tratando de tarifas de ônibus urbanos, acordar a população para causas muito além da proposição inicial.
Não obstante, como sempre, os baderneiros aproveitarem para mais uma vez demonstrarem sua intolerância, ato só aprovado pelos próprios, o que estamos assistindo é o despertar de uma consciência coletiva que poderá resultar em melhorias para a sociedade como um todo.
Modificações substanciais nas relações entre governantes e governados há muito se fazem necessárias, mas não obstante a pressão exercida algumas vezes por grupos instruídos e bem intencionados, nosso sistema político acomoda os eleitos e esses legislam em causa própria.
Desta vez porém o tiro saiu pela culatra e o que era para ser uma manifestação para tratar de determinado assunto, encontrou eco nos grupos instruídos e acuou os políticos de todas organizações criminosas pomposamente intituladas de partidos políticos. E, o mais impressionante e promissor, é que estão impedindo os “partidos políticos” de faturarem prestígio em cima do povão, não aceitando faixas e cartazes dessas organizações em meio as manifestações.
Vivemos numa Monarquia Republicana, diferente da Absolutista apenas na escolha do Rei/Presidente. Esse agora é escolhido entre os comensais da Corte e não mais em família. E, até nisso houve um retrocesso, pois o último Rei, Luiz 51, simulando um respeito pela Constituição que na prática nunca teve, conseguiu passar a Coroa para sua filha adotiva, e, fincar mais um “poste” em SP capital, lá com ajuda do seu, para todos efeitos, arqui-inimigo político, Duque Maluf, mas que no nosso sistema político ajuda eleger um barãozinho qualquer e depois cobrar polpudos “royalties”, não estando ambos nem aí para o fato que nosso Duque está sendo caçado pela Interpol, Polícia Internacional e como todo “bom” político brasileiro, não sabe de nada.
É disto que a sociedade esclarecida está cheia. Que mintam descaradamente para analfabetos, utilizando para isso verba pública, é compreensível, pois são eles que fazem as Leis, mas que tenhamos que agüentar calados essa eterna hipocrisia, tem limite. E, espero, esse limite foi alcançado.
Mas só virá bonança após a tempestade que estamos assistindo e aprovando, se tivermos um novo Contrato Social em discussão; caso contrário assistiremos apenas a eleição de alguns dos atuais organizadores das manifestações para também desfrutarem das benesses da Corte, como já lá estão diversos dos antigos organizadores de passeatas e que nada mudaram a não ser o fato de serem os mais novos ricos à custa do dinheiro público.
Precisamos definitivamente criar uma República Democrática, baseada no conceito original de democracia, qual seja, o Poder emana do povo e por ele é exercido. Incorporar esse conceito na prática e não apenas na propaganda oficial. E para isso é necessário em primeiríssimo lugar tirar a prerrogativa de partidos políticos selecionarem os candidatos à cargos eletivos, assim como mágico tira coelho de cartola. E em segundo lugar, extinguir todos os partidos por desnecessários e contrários ao exercício da plena democracia.
A necessidade de partidos políticos é apenas uma questão cultural, pois desde que o Brasil iniciou a existir, 1808, essa idéia nos foi imposta e jamais discutida, pois servia para separar os rivais que se engalfinhavam pelo dinheiro público, ou seja, que disputavam entre si o dinheiro extorquido da sociedade.
capitalismo-social.blogspot.com.br/2012/08/504-capsoc-novo-sistema-eleitoral.html
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