terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Revolução. No Brasil começaremos quando ? E terá que ser, como as outras, com banho de sangue ?

Os anos passam rápido e nossa classe política continua letárgica, acomodada em suas benesses. Quem sabe seja melhor assim, pois todo processo político brasileiro sempre nos conduziu ao mesmo lugar. O nosso atual e decantado 6º lugar no mundo econômico é mais um resultado da nossa riqueza natural do que de políticas públicas planejadas.

E mesmo assim, triste reconhecer, tem a participação demasiada de empresas estrangeiras, pelo menos para meu gosto. Nada contra a participação delas, desde que o processo estivesse em primeiro lugar nas mãos de empresas brasileiras e que os resultados permanecessem por aqui, em vez de ir passear e não mais voltar, por este mundo a fora.

Nossos governantes, por vontade deles mesmos, pois compram até as próprias reeleições, têm que resolver o problema da dignidade de 200 milhões de brasileiros. Vamos dar um desconto. De apenas 150 milhões, pois de 50 já estão resolvidos. Mas nem isso conseguem, pois estão mais centrados em seus umbigos, do que pelo que se passa em volta. Por que então não largam o osso ? Porque na Monarquia Republicana em que vivemos, o osso é a chave do cofre.

A primeira revolução que temos que fazer (e a internet nos ajudará) é a política. Precisamos proclamar nossa Independência financeira, renegociando nossa dívida, e depois proclamar a República Democrática do Brasil, extinguindo definitivamente a Monarquia, não mais a Absolutista que era de pai para filho(a) (?), mas a Republicana, onde a chave do cofre é disputada pelas três classes sociais enquistadas no Poder.

O que sustenta esse indesejável status quo, pelo menos para 150 milhões de brasileiros ? Os partidos políticos. Surgidos na Inglaterra lá por 1.700 e pouco, o partido Whig, liberal, e o partido Tory, conservador, se por um lado ajudaram a definir tendências, por outro ensejaram a facilidade de domínio sobre a sociedade e de todo processo evolutivo.

Na Revolução Francesa, onde surgiram as expressões esquerda, jacobinos, pois sentavam-se à esquerda no plenário da Assembléia, e direita, os girondinos, foram assassinadas milhares de pessoas, eles mesmos vítimas, para no fim assumir um Napoleão correndo por fora e impor novamente a Monarquia. A única coisa positiva foi que os pobres tiveram a partir de então os seus representantes na Corte, o que lhes trouxe um novo alento.

Os dois partidos mais conhecidos à nível mundial, o Republicano e Democrata, apenas representam as duas principais tendências do Império Americano. Os republicanos se coadunam mais com os verdadeiros donos do planetinha, pois representam melhor os interesses do $$$. Já os democratas batalham mais pelos direitos dos menos favorecidos pela especulação financeira em que se transformou o liberalismo americano. Mas, obedecem igualmente aos que mandam ($$$).

Brasil é um caso à parte. Nossos partidos políticos representam diretamente os interesses de grupos econômicos. Abertamente. A última esperança foi o PT, que também se rendeu.
Nenhum deles representa mais os interesses da sociedade. Estamos à mercê de organizações perigosas que se auto-intitulam Partidos Políticos, mas que agem e reagem em proveito de seus mesquinhos interesses. Então, para que partidos ?
O mais perigoso dos cenários do mundo atual é que basta comprar dois ou três homens para dominar um país. Compram-se os donos de dois ou três partidos e se tem uma nação inteira deitada aos pés dos poderosos, onde os interesses da sociedade não são levados em conta.

A revolução brasileira tem que inicar com a extinção e proibição da existência dessas organizações. Será a única possibilidade de mudanças para a implantação de um novo conceito nas relações entre capital e trabalho, eliminando-se a luta de classes e criando uma sociedade em igualdade de condições entre os dois atuais opositores. O capital entra com o que tem, dinheiro, e a população entra com a outra parcela, trabalho, e o resultado deve ser dividido igualmente.

Justiça social com liberdade é o novo paradigma. Nada mais de Estado Absolutista e de Capitalismo Selvagem. Essa relação incestuosa vai implodir, onde o Estado vem obrigando o cidadão a trabalhar, regularizado, mas como escravo do capital. China. E é para onde estamos sendo levados no Brasil.

3 comentários:

Edson F carvalho disse...

Olá Fuchs!

Martim disse...

Seja bem-vindo Edson.

Luciana disse...

Sou, a princípio, avessa a banho de sangue, mas partidária do 'Mente Manv Corde' - numa tradução livre e libertária, 'Pensar Agir Sentir'. Não se cale, professor Fuchs.