por Martim Berto Fuchs
Em algum ano novo teremos que iniciar decididamente a discussão de uma Reforma Social. Quando digo teremos, quero dizer a sociedade, pois assunto tão sério não pode ficar à mercê de políticos serviçais de partidos e seus donos – partidos compromissados com quem paga mais – sem contar o custo que os donos do capital cobram para financiar e colocar em evidência esses empregados subalternos.
Em algum ano novo teremos que iniciar decididamente a discussão de uma Reforma Social. Quando digo teremos, quero dizer a sociedade, pois assunto tão sério não pode ficar à mercê de políticos serviçais de partidos e seus donos – partidos compromissados com quem paga mais – sem contar o custo que os donos do capital cobram para financiar e colocar em evidência esses empregados subalternos.
Por uma questão cultural nos acostumamos a pensar partidos
políticos como sinônimo de democracia. Isso vem da época em que se amarrava “cachorro
com linguiça”, quando ainda havia ideologias e uma cerrada divisão em classes
sociais.
Hoje, partidos pretensamente ideológicos ainda mantém
convenientemente a divisão entre oligarquia, burguesia e trabalhadores, tanto
que nas eleições lutam entre si, e para o vencedor assumir o Poder - ele nunca
chega ser majoritário - precisa comprar essa
maioria, a tal de “governabilidade”. Depois de comprada, chamam-na de “base
aliada”. Obviamente, uma base mais que enlameada.
Essas e outras idiossincrasias são a base de nosso sistema
político, sistema que ninguém mais domina e onde para desespero da sociedade e felicidade
dos “políticos”, os remendos se sucedem, ampliados e resguardados pela “cretinocracia”,
vulgo burocracia, o poder dentro do poder.
Uma república genuinamente democrática dispensa o
partidarismo como meio de indicação e imposição de candidatos à cargos eletivos.
Esses podem e devem ser escolhidos única e diretamente pelos eleitores. É
possível e recomendável, a democracia
não partidária.
Nos países democráticos os regimes de governo se dividem em
parlamentaristas e presidencialistas, com os Poderes divididos em Executivo,
Legislativo e Judiciário, porém ambos sustentados por partidos políticos. No
Brasil funciona assim apenas em teoria, pois na prática é uma Monarquia
Republicana onde quem decide é o chefe do Poder Executivo, que nos últimos 12
anos – jan 2003/jan 2014 - é o rei Luiz 51 de Piracicaba y Bourbon também
conhecido por Lulla, “ O Chefe”.
Reforma Social
O que proponho nesta reforma social é exercitarmos
definitivamente as normas de uma república democrática, com um regime de
governo que chamo de Parlecutarista, assentado também em Três Poderes, porém de
acordo com o século 21 e não mais com as regras do século 18, Montesquieu, que eram adequadas para a época,
pós Monarquia Absolutista.
Regime
Parlecutarista:
Poder Constituinte
Poder Judiciário
Poder Parlecutivo.
Poder Constituinte.
Eleito à cada 5 anos, um ano antes das eleições do Poder Parlecutivo, sendo o
término dos seus trabalhos, cada vez, quando da posse do novo Parlecutivo.
Poder Parlecutivo.
Atualmente, na prática, já funciona de maneira
parecida como a proposta aqui apresentada - embora por motivos diferentes e com
resultados diferentes - pois o Executivo usurpou o poder do Legislativo na
elaboração das Leis, tornando o Poder Legislativo um apêndice, mas que cobra
caro para participar da pantomima.
O mundo está muito dinâmico para que se aceite a lerdeza e
pior, a corrupção desse Poder Legislativo, que só vota pensando naquilo, R$. Os
temas e os resultados não seguem a vontade da sociedade e sim os interesses dos
partidos, representados nas casas das leis por seus serviçais, os “políticos”.
Jânio se demitiu, Collor foi demitido e os outros aceitam o jogo sujo desse
Poder, pois se locupletam todos.
O novo Poder, com apenas 14 Secretarias (T.O.H.), sempre as
mesmas em todos níveis, se submete ao Poder Constituinte, único com poder para
modificar as regras estruturais do país.
Cada Secretaria parlamenta,
vota, busca o endosso do Magistrado
que é o Prefeito, ou Governador, ou Presidente e executa, e, se esse não aceitar a decisão da Secretaria, leva o
assunto ao respectivo Congresso. TODOS Secretários em todos os níveis escolhidos
e ELEITOS diretamente pelo povo.
Quando Marx apresentou sua dialética materialista, ele não
procurou uma síntese. Ele defendeu a
criação de uma nova tese, com a supressão da existente, o capitalismo. O
que na época veio a ser a antítese, o marxismo, foi implementada 70 anos depois
por Lenin e seus bolcheviques, na Rússia, do modo revolucionário pregado por
Marx, ou seja, com a supressão pura e simples dos contrários, onde quem pagou caro
pelo anacronismo foram os pequenos agricultores, assassinados em massa. É importante não olvidar que os bolcheviques
foram financiados pela Oligarquia Financeira Internacional da época, leia-se
Rothschild, Rockeffeler & Cia., estes sim, praticando a dialética à seu
modo, financiando os dois lados, para ganhar sempre. Lenin jamais teria
conseguido seu intento se não tivesse sido financiado por quem tinha interesse
no fim das Monarquias. Esse negócio de revolta do proletariado e que “venderam”
como verdade para todo mundo, foi papo furado, pois os mesmos não passavam de
3% da população russa, e ainda por cima pobres e analfabetos, sem nenhuma
condição de fazer revolução. Nem Lenin no exílio o tinha. Foi ter, após ser
financiado pelos interessados diretos.
Tese: capitalismo.
Antítese: marxismo.
Síntese: capitalismo
social.
Não mais antagonismo, mas a união de capital e trabalho,
juntos pela dignidade de quem quer trabalhar e trabalha. Isto é dialética, e
espiritualista e não materialista, síntese sem supressão de uma das partes, mas
a fusão das mesmas.
Vou além, propondo a derrogação de ideologias e a síntese
das religiões, que comprovadamente causaram
mais males do que bem. O espírito, nas suas passagens pela matéria com o fito
de constante evolução, deve ser o centro das atenções, mas conhecendo a realidade
da reencarnação, que deve ser o ponto em comum, de todo e qualquer recomeço.
Com isto chegamos ao humanismo, agora espiritualista.
Humanismo que começou na antiguidade com Platão, esquecido no período da Idade
Média, reavivado com o renascentismo, cristão, depois pelo iluminismo também
cristão, passando pelo humanismo profano para chegar ao espiritualista, atual, a
síntese do humanismo.
Este é um novo Contrato Social, onde a sociedade delega
poderes para um Estado sempre forte, mas
que deve satisfação dos seus atos, e não como até hoje um Estado como fim em si
mesmo, para quem não passamos de massa de manobra para manter seus donos no
fausto.
Reforma Social é mais do que uma simples reforma política. É
um novo paradigma dentro do processo evolutivo que a história registra. Apenas
que desta vez não devemos pensar em apelar para as nossa famosas revoluções,
que depois de muito escarcéu e oba oba, mudados os nomes, constatamos que nada
mudou e os mesmos de sempre continuam como moscas voando em volta do mesmo
“monte”, ou, da chave do cofre.
Projeto completo:
agosto de 2012.
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