Na ponta superior do triângulo, o Estado e seus
“governantes”. Na ponta inferior direita, os capitalistas e suas teorias de
maximização do lucro. E, na ponta inferior esquerda, os sindicalistas na sua
luta contra os capitalistas. Como se vê, não sobrou ponta para os
trabalhadores, pois o sindicalismo pelego nunca representou os trabalhadores e
sim se serviu deles para sua ascensão até a Corte.
Esses três grupos estão umbilicalmente unidos, apenas
disputando entre si a chave do cofre. Eis o problema todo.
Para alcançá-la vale tudo e para tanto o jogo é SUJO,
começando que o grupo momentaneamente na sua posse, ROUBA descaradamente o
dinheiro dos impostos e quando da falta do mesmo para cumprir com suas
obrigações, joga a culpa nos parceiros de disputa, ou nos bancos que mediante
ótima remuneração lhes facilitam a esbórnia(ebúrnea), ou, logo estará de volta,
no FMI.
Detalhe: quando os governantes perdem o controle da
roubalheira e com isso os empréstimos deixam de ser honrados, os credores
mandam seus fiscais para ver se colocam um pouco de ordem na casa novamente.
Aí, como estamos lembrados, os governantes encarregam os inocentes úteis,
alguns nem tão inocentes assim, a berrar: FORA FMI.
Terceirização é uma sacanagem bolada para:
1. acomodar os empregadores da iniciativa privada,
extorquidos sem dó nem piedade pelos governos e cujo malefício também vem sendo
aplicado cada vez em maior escala nos monstrengos estatais;
2. deixar felizes os advogados de porta de fábrica;
3. aumentar o
trabalho da Justiça Trabalhista, justificando a construção de mais palácios
(Lalau, lembram?) para acomodar seu número crescente de funcionários;
4. manter a arrecadação dos municípios, Estados e União,
para que esses possam continuar com a roubalheira;
5. camuflar a falência do sistema político como um todo.
Para isso serve a terceirização. E o trabalhador onde
fica nessa história toda ? Na mesma, na pior, pois continua sendo o elo fraco
da corrente. Poderíamos ainda afirmar que estão a fim de implantar o modelo de
ONG’s, dessas que vem sangrando ininterruptamente o Ministério do Trabalho
nestes últimos 12 anos, também no restante das atividades economicas.
Há quantos anos os três grupos se engalfinham e acabam
sempre fazendo um novo remendo nesta velha colcha que é o nosso sistema
político ? Já perdi a conta, mas a única certeza é que com o avanço da
terceirização nas relações de trabalho, o GRANDE e único perdedor será
novamente o trabalhador.
Os seus pseudo-representantes , os sindicatos, cujo
modelo seu implantador, Getúlio Vargas, copiou da Itália fascista e ditatorial
de Mussoline em 1934, que prevê justamente o controle dos mesmos pelo Estado, e
dos trabalhadores através deles, estão mais preocupados em manter se nas folhas
de pagamento do Estado, na máquina pública, guindados que foram pela chegada ao
Poder do seu líder Luiz 51, do que debater honestamente um novo modelo de
relações de trabalho.
Assim, só resta ao trabalhador, enquanto subjugado pelo
atual sistema político, esperar bovinamente que pelo menos não lhe tirem toda
esperança enquanto na ativa, pois após a aposentadoria ele já está jogado na
mendicância, salvo se voltar a trabalhar para complementar a parte ROUBADA por
esse governo descarado. Aliás, roubalheira iniciada pelos tucanos emplumados em
2001 e alegremente continuada pelos sindicalistas pelegos aboletados no Poder e
mantidos através da “base enlameada”, que também participa da orgia com o
dinheiro dos impostos.
Chega de remendos enganadores. Quando vamos começar o
debate em torno de um novo Contrato Social, modelo para o século XXI, que
contemple igualmente à todo aquele que trabalha, na razão direta do seu
conhecimento e da sua contribuição ?
Capitalismo Social. Proposta completa: agosto 2012.
Nenhum comentário:
Postar um comentário