quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Infringindo embargos

Embargam, impedem, reprimem de toda maneira o desenvolvimento do país, além de infringir, quebrar, despedaçar o resto de uma moral por si só já duvidosa. Vejo na decisão do STF – Supremo Tagliarini de Frango, no julgamento do mensalão petista, o fim de uma era.

Há males que vem para bem e esse é um desses casos, pois pior que está não pode ficar. Agradeço pois ao voto do indicado do Sarney (dono da sesmaria do Maranhão) quando “Presidente”, Celso de Mello, por encurtar o processo de mudança, com seu voto, pois contra todos prognósticos resolveu salvar os dedos - apenas alguns membros da Corte - e perder os anéis.
Nem adianta falar do mensalinho mineiro, do PSDB, que o outro “Ministro”, Gilmar Mendes, indicado por FHC, engavetou novamente. Não faz mais diferença, pois agora já abriram o precedente para inocentar àqueles também.

Um tribunal composto por pessoas de alto QI, quem indica, só pode mesmo apresentar resultados conforme as ordens dos mandantes.
Quando Montesquieu, Rousseau, Tocqueville, cada um na sua, mas cuja soma resultou nos três poderes independentes que vimos surgir, Legislativo, Executivo e Judiciário, acreditava-se que o mundo, ocidental pelo menos, pudesse finalmente se modificar. Ledo engano.
O próprio Napoleão, convocado pelos aloprados jacobinos que haviam trocado os pés pelas mãos e transformado a França num circo de horror, se encarregou de acabar com os ideais da Revolução Francesa, ideais plantados pela maçonaria na sua luta oculta, nem tão oculta assim, contra as Monarquias Absolutistas. Isso em 1789.

Cem anos depois, 1889, atrasados, como sempre, novamente sob a batuta oculta, não tão oculta assim, da maçonaria, agradeceram ao Pedrinho 2 e mandaram ele passear na Europa, ficando eles, os comensais, com a chave do cofre para ser disputada entra os grupos que formavam a Corte da nossa Monarquia Absolutista.
Por falta de coragem para tomar em armas, característica desde então dos nossos “revolucionários”, acordaram o Marechal Deodoro às 05:00 da manhã e pediram para ele “proclamar a república”.
Após mudar o nome de Monarquia Absolutista para Monarquia Republicana, pois a chave do cofre passou a ser disputada por eles e não mais passada diretamente de pai para filho, salvo no caso do Rei Luiz 51 de Piracicaba y Bourbon (20 anos, pois cachaça era da época de candidato pobre), que transgredindo a regra, convocou sua gerente e filha adotiva para ocupar o trono, depois de comprar sua aclamação com o bolsa-familia.
Seguindo as novas normas criadas então, 1789, o Rei não mais podia legislar, executar e julgar ele mesmo; foram então criados três novos departamentos: Departamento para criação das Leis, Departamento de Execução das mesmas e Departamento para julgar o acerto dos atos executivos, caso alguém se considerasse prejudicado.
Mas, sempre tem um mas, a indicação de quem seriam os felizes ocupantes desses cargos ficou sob a responsabilidade do Rei. A sim, estava esquecendo: passaram a chamar o Rei de Presidente e ficou combinado que ele não mais usaria aquelas perucas bolorentas e fedidas.
Tudo combinado, criou-se a República Federativa do Brasil; um hino que os colocou dormindo eternamente em berço esplêndido enquanto que os bobos de sempre, nós, somos convocados de 4 em 4 anos para referendar um dos membros da Corte, sempre indicado pelos mais poderosos, como o novo Rei/Presidente.

Desde que quiseram cortar as viagens/passeio do Pedrinho 1 para Santos e que ele revoltado lançou a marchinha “daqui não saio daqui ninguém me tira”, acabando por nos declarar independentes de Portugal, mas completamente dependentes da Inglaterra, que já naquela época nos sustentava – leia-se Banco Rothschild – que aceitamos que nos impinjam os embargos, ou seja, eles usam o dinheiro e nós pagamos a conta.

Desta vez Rei Luiz 51 pisou na bola. Contrariando todas aulas de mestre Maquiavel, ele, do alto de seu pedestal etílico - não confundir com ético, como ele se apresentava quando não ocupava o trono, ao forçar a barra junto aos seus títeres do STF para salvar da cadeia alguns cumparsas/cumpanheiros, ou, cumpanheiros/cumparsas, além de chamar contra si toda sociedade que pensa, alforriou os membros da Corte da chamada oposição, que ele havia comprado. Sempre estulto, nem seus iguais do Foro de São Paulo que, salvo que apelem para a ignorância (redundância), não conseguirão represar a onda de indignação que começou ontem, 18 de setembro de 2013, pelo descalabro dos três podres poderes (departamentos).

Desta vez, nem a omissão da ABIN e da Polícia Federal quanto aos baderneiros contratados pelo governo através dos sindicatos pelegos para acabar com as manifestações pacíficas iniciadas em 06 de junho, conseguirá impedir que se inicie uma nova história para o Brasil, quando então nos declararemos Independentes da tutela estrangeira, proclamando uma verdadeira República Democrática do Brasil !

Não existe efeito sem causa
Logo, enquanto os bodes estiverem tomando conta da horta, não adianta nos manifestarmos com "fora Cabral", pois logo colocarão uma cabrita em seu lugar. Temos que conseguir mudar o contexto, terminando com a regalia de que sejam eles, partidos políticos, à indicar os candidatos. Nem mais nos deixarmos enganar com a falsa discussão entre esquerda e direita, ou, marxismo burro x capitalismo selvagem, sendo pautados por um Foro de São Paulo, que reza por uma cartilha que já faz parte do lixo da história.
Nossa pauta para as manifestações pacíficas, porém avassaladoras, terá que ser um novo Contrato Social. Em 2018 os políticos que atuarão no Brasil terão que ser eleitos dentro de um novo paradigma e para isso temos que nos preparar desde já.

A reforma política, mãe de todas reformas, não pode ficar nas mãos do Congresso Lamaçal. Temos que impor uma pauta. Ou, continuarão a nos infringir embargos.

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