quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Um novo Estado é possível !


Martim Berto Fuchs

No princípio era a natureza e a individualidade.
O crescimento da população e o desenvolvimento da inteligência, mostrou para alguns que havia necessidade de ordem.

Como uma minoria usa o Estado
Império Romano matava os contrários que não queriam se submeter à sua ordem. Se não os incomodassem, podiam viver. Caso dos judeus na Palestina enquanto submissos.

O cristianismo de Constantino continuou matando até o fim da Inquisição, com o mesmo propósito: se não os contradissessem, podiam viver.

Karl Marx criou o fato novo, propondo exterminar os contrários para alcançar seus objetivos, oficializando pois a matança como fase intermediária, entre o mal existente – liberalismo - e o bem por ele pregado - comunismo. Esse bem marxista chegaria à sua culminância com o fim do Estado. Era necessário exterminar os contrários, mesmo que não se manifestassem contra o Estado, para finalmente criar a uniformidade bovina.
E assim seus seguidores o fizeram e o fazem até hoje, muito “democraticamente”, como gostam de afirmar. Mata-se o povo discordante, pensante e contrário, pelo bem do povo bovinizado, sem esquecer das regalias em palácio para os novos senhores feudais, agora sob a guarda do deus Estado e não mais do deus cristão.

Hoje no Brasil, 2002 – 2012, temos pela primeira vez os seguidores de Marx com a chave do cofre na mão. Tentam, ainda “democraticamente”, calar toda oposição à seus objetivos, aliás, nunca explicitados, conhecidos apenas por dedução.
Compram os contrários com o dinheiro dos impostos; querem pautar a imprensa - o que ainda não conseguiram mas não vão desistir - e estão conseguindo neutralizar as FFAA, primeiro por seu sucateamento; segundo, moralmente, ou alguém pode explicar a presença de Celso Amorin e José Genoino no topo da pirâmide da segurança nacional ? Se podem esses dois ocupar o cargo que ocupam, então podem perfeitamente, conhecimento por conhecimento, empunhar um bisturi e operar câncer de laringe.  E terceiro, impondo através de medidas como o ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente, um caminho que obrigará à intervenção do Estado, autoritariamente, para voltar a ter ordem na sociedade. Cria-se o caos para depois interferir com mão de ferro. Esse golpe é antigo; os romanos já acabaram com sua república desta forma.

Como uma minoria controla o Estado
Como os Imperadores chegavam ao Poder? Traindo, envenenando, corrompendo, matando os adversários.
Os monarcas ? Traindo, envenenando, corrompendo, matando os parentes indesejados, fazendo casamentos convenientes.
Os Papas antigos, depois da queda do Império Romano, em 485 d.C., nos Estados Papais ? Traindo, envenenando, corrompendo, matando pretendentes indesejados, fazendo casamentos convenientes entre seus filhos e a nobreza, e até por votação.

Depois desse padrão nada democrático, já no século XVIII, para se manter no Poder eles criaram os partidos políticos. Começou na Inglaterra, com a regulamentação e oficialização dos partidos  “Whig” e “Tory”, que, aproveitando, já deixavam bem claro a distinção de classes: um para a nobreza e outro para os comuns.
Seguiu-se a Revolução Francesa, onde se evidenciou a separação entre os com culote dos sem culote, e a designação que se tornou clássica: direita, centro e esquerda, mantida até hoje em nossas “democracias”.

A independência americana foi quem sabe a única que chegou mais perto de um regime democrático, quando da escolha dos primeiros Presidentes. Chegou perto, mas infelizmente também acabou adotando os partidos políticos – facilidade de poucos controlarem muitos - e à partir daí, começou o velho esquema de matar os indesejados, sejam ainda candidatos ou já Presidentes.

No Brasil, até 1930 as votações para escolha dos governantes eram para inglês ver, como se dizia na época. Procedia-se a eleição, guardavam-se os votos sem contá-los ou jogavam fora e escreviam nas atas os nomes dos “vencedores”.
O “democrata” Getúlio Vargas, guindado à força ao Poder para corrigir essa e outras distorções, já de cara não foi muito chegado à votações, tanto que nos primeiros 4 anos de palácio, esqueceu dos seus compromissos com os revolucionários e depois de muita pressão, nomeou indiretamente um Congresso que o elegeu em 1934 por 4 anos. Durou pouco seu espírito democrático, pois em 1937 chutou novamente o pau da barraca, dando novamente um chega prá lá nas tais de consultas populares.
De 1964 à 1985, os Presidente eram “eleitos” pelo Congresso, com “férreos” argumentos junto aos congressistas recalcitrantes.

Hoje, nessa era “democrática” pós 1985, os três grupos que compõe a Corte, oligarcas, burgueses e sindicalistas, através dos seus partidos políticos e daqueles outros que eles compram com o dinheiro “arrecadado” dos impostos sobretudo dos que menos ganham, nos impõe seus testas de ferro, quando não é o próprio Chefe do partido à disputar as eleições.
Nesta “democracia” em que vivemos, temos obrigação, senão seremos multados, de referendar um dos ungidos por eles. Depois vem um analista político qualquer e declara em alto e bom som: - O Congresso é a cara da sociedade. Representa exatamente a sociedade que somos. Logo, para bom entendedor, meia palavra basta: para esses analistas somos todos bandidos.
Em nenhum momento desses houve democracia, salvo no nome. Quanto mais totalitário o regime, mais eles se valem do nome democrático para iludir os desinformados e comprar seu apoio, mistificando com esse sistema eleitoral.

Como a maioria deve administrar o Estado
“O livre-arbítrio nasce com o homem, o que lhe confere o direito de desrespeitar as regras, mas também de sofrer as consequências impostas por elas; enquanto liberdade é o direito que temos de nos mover dentro das mesmas”.

Religiões x Materialismo
Essa dicotomia impera há 2.500 anos. E onde tem nos levado ?
Por mais que as religiões tentem demonstrar o contrário, o mundo espiritual é pré-existente à matéria; é real, vivo e não um cemitério de mortos esperando julgamento sem data marcada.
Se é preexistente à matéria, também desfaz as alegações do materialismo, para quem a matéria precede. Se não quisermos transformar isto em uma discussão filosófica sobre a existência de Deus, ainda indefinido para muitos, basta saber que a reencarnação é fato comprovado e bastaria isso para mudar o mundo, se à todos fosse dado saber e comprovar, aliás com muita facilidade.
Não há mais como dissociar a vida do ser humano em sociedade, do mundo espiritual, real, e das idas e vindas do espírito à matéria transitória.

Quando falamos em democracia, temos que ter em conta, que na sua interpretação correta, nunca foi testada. Um sistema de governo onde a liberdade de escolha dos representantes fosse dado ao povo, sem intermediários, ainda não foi praticado, pelo menos não no mundo moderno e em grande escala.
E é aqui que reside o primeiro erro dos sistemas “democráticos” existentes, incluso EUA: na manipulação da escolha dos representantes.
Segue-se, que o modelo presidencialista como é praticado, dá a uma só pessoa excesso de poder.
Temos pois, manipulação na escolha e excesso de poder para o escolhido, que antes de começar governar já está em dívida com quem o escolheu, financiou, empossou e garante.
Tudo isso sustentado pelos partidos políticos, que teoricamente existem para abrigar correntes de pensamento e na prática não passam de organizações criminosas legalmente autorizadas a funcionar. O resultado é isto que aí está, e não apenas no Brasil. Exploração, amargura, sofrimento e desilusão, em todos quadrantes.

Se queremos que o Estado seja representado pelo que a sociedade realmente é, temos que permitir que ela mesma escolha seus representantes. Em bem menos tempo do que os 2.500 anos transcorridos até agora, ela encontrará seu caminho natural, sob o resguardo de uma ordem expressa pela maioria e levando sempre em conta que o ser humano não é apenas matéria - corpo com cérebro - pois essa vira pó, mas primordialmente o espírito imortal que os anima, cuja finalidade é evoluir.

Temos que conviver sob as regras escritas pelo Estado, mas nos cabe o direito de escolher quem ditará essas regras e controlar se os mesmos as estão fazendo cumprir corretamente. Não é porque decidimos criá-lo que vamos permitir que seus administradores nos escravizem.

http://capitalismo-social.blogspot.com.br/2012/08/505-capsoc-prova-de-qualificacao.html

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