terça-feira, 5 de junho de 2012

Reparação com sobra de campanha


Nossos governantes, para reparar a eterna injustiça contra os pobres, selecionaram uma etnia para ser recompensada.
Não foram apenas negros, até onde vai esta gradiente da pele, os vitimados pela indiferença daqueles que nos governaram até hoje; mas esses representam percentualmente a menor delas, logo, a mais em conta para os cofres públicos e para nossos atuais governantes mostrarem serviço e acionar sua bem azeitada máquina de propaganda já para as eleições deste ano.

Como todos governos anteriores, eles vem fugindo do enfrentamento dos problemas, principalmente na área da educação.
Mesmo nos governos militares, onde publicidade demagógica também houve, mas nem perto das raias do absurdo à que chegamos , enfrentar o problema da educação com determinação, para encaminhar uma solução definitiva, não conseguiu ser prioridade e sim remendo.

As Leis que nossos governantes já editaram, se fossem minimamente cumpridas, não estaríamos discutindo cotas para negros e sim colocando todos pobres em escolas de qualidade para que aprendessem ou não, juntamente com os não pobres, e, para àqueles incapacitados de fazê-lo,  todas mensalidades pagas com dinheiro dos impostos.

Se há dinheiro sendo arrecadado e cada vez mais pelo governo – 20% do PIB em 1984 e 40% hoje –, sem contar a tremenda diferença do PIB daquele ano para o de hoje, por que o item educação, dos 4 que cabem prioritariamente aos administradores dos recursos PÚBLICOS, continua sendo tratado com tanta demagogia e hipocrisia ? Por que precisam escolher um segmento da sociedade, o de menor percentual sobre o todo, para, desrespeitando o direito de outros nas mesmas condições, pobres, serem esses beneficiados prioritária e unicamente ?

Onde está a montanha de dinheiro que nos extorquem com impostos ? Por que não conseguem dar educação de qualidade para todos, como reza a  Constituição Cidadã, tão aplaudida quanto desrespeitada por eles políticos? 

A resposta é uma só: - Porque educação é contemplada com a sobra de campanha.

Destinam apenas aquilo que não dilapidaram irresponsavelmente para se reeleger e manter a chave do cofre na mão e paralelamente estarem sempre o mais perto possível dos negócios escusos praticados entre si, mas hipocritamente justificados como para o “bem do povo”.

Perderam completamente a vergonha de meter a mão no dinheiro público, que pelo fato de ser “público” é considerado de quem chega primeiro. O mais triste é que o Poder Judiciário não mais fica atrás nesses usos e abusos da verba pública, como infelizmente a mídia vem nos mostrando seguidamente.

Já disse e reafirmo: enquanto estivermos sob o guarda chuva deste sistema político/eleitoral, o Brasil continuará a chafurdar na cachoeira de lama em que se meteu. Quem se elege por este sistema já está comprometido desde  quando conseguiu ou aceitou ser candidato.  Depois de eleito, tem que “honrar” o compromisso assumido com os donos dos partidos.

Um exemplo claríssimo temos hoje em SP capital: o dono do PT, Sr. Luiz Inácio Lula da Silva, também conhecido como “o cara” pelos seus “admiradores” externos , IMPÔS para o cordão de puxa-sacos que o protege e deifica, o nome de uma pessoa, “kid” Haddad, como candidato do PT para a Prefeitura de SP. Caso vença a eleição, esse “kid” nada fará além do que seu Chefe permita e ordene. Não passará de um títere grudado a um telefone à espera de ordens. Aliás, não seria o único caso.

Capitalismo Social é uma proposta honesta e clara, sem subterfúgios, sem donos, sem conchavos de nenhuma espécie, que permitiria a sociedade selecionar seus candidatos à candidato, mediante uma Prova de Qualificação, e depois elegê-los livre e democraticamente para exercer a administração pública sem dever nada a ninguém à não ser para os eleitores.

Com absoluta certeza o dinheiro dos impostos não iria parar no bolso da classe política e de quem a mantém nos cargos independente dos “malfeitos”, e dos seus financiadores de campanha; seria direcionado para as finalidades constitucionais e suficiente para dar educação à TODOS e não apenas à uma minoria que por mais que mereça, estará “furando” a fila.
Além do que, precisarmos dar educação de qualidade e não apenas distribuir diplomas para “estudantes” formados pela cartilha do ECA, onde professores fazem de conta que ensinam e alunos fazem de conta que aprendem, clássica fórmula para manter a população ao gosto dos seus governantes, ignorantes e inescrupulosos.

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