quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Escolas como Empresas Sociais. Quem tem paga, quem não tem, não paga !

Não custa repetir: este é um novo paradigma, que procura atender  e solucionar nossos eternos problemas e disparidades. Não veio debater o que aí está, pois o que aí está não resolveu até hoje, pelo contrário, vem piorando. E se não resolveu então vamos mudar e parar de remendar, ou discutir quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha. Esse é o eterno debate sobre os efeitos e que não leva a nada. Este trabalho ataca e modifica as causas para então chegar  aos efeitos desejados.

Todos concordamos que o ponto básico para o desenvolvimento de um país é a educação. Pois isto eu escuto há mais de 50 anos. E daí ? Em que se transformou o educação no Brasil ? Fábrica de diplomas de um lado e ECA de outro. Faculdades caça níquel de um lado e idolatria ao desrespeito de outro, este apresentado como sendo igualdade e justiça social.  E o respeito e a dignidade dos professores ? Deixou de interessar ? E os milhões de jovens fora da escola ? E as vagas ? Só por decreto ? É o Estado onipresente que decreta quem deve ter vaga garantida, com a sobra das verbas que manipula ?

Interessante esse conceito de justiça. Em vez de pensarem numa maneira de atender a todos, começaram selecionar por decreto quem tem primazia de estudar. E porque não tem lugar para todos ? Começo desconfiar que não interessa aos governantes e seus parceiros da privada. Digo isto, porque dinheiro tem. E se tem, por que não se faz ? O dinheiro é desviado para outras “finalidades” ou realmente não interessa educar o povo, apenas sofismar ?

Não é porque rico paga mais imposto (?) que também deverá ter Universidades gratuitas. Isto vem da Monarquia Absolutista e permaneceu na passagem (1889) para a Monarquia Republicana em que ainda nos encontramos. Aliás, não sei se rico pagava mais imposto na época; creio mais que não pagava e quem pagava por eles eram os que produziam e os consumidores dos produtos por eles mesmos produzidos e consumidos. Continua assim, pois 38% do que se produz vai para os governantes e seus parceiros e muito pouco retorna em benefício de quem foi extorquido.

Vamos colocar todos na escola ? Então vamos lá.
1. Todas escolas de todos os níveis serão empresas sociais.
2. Pagamento das mensalidades: pela declaração de rendimentos.
Pobre:  Estado paga até 100% da mensalidade, independente do grau ser 1º, 2º ou 3º.
Escala progressiva ... 0 à 100.
Rico: estudante paga até 100% da mensalidade.
Quem recebe do Estado mensalidade total ou parcial no 3º grau, depois de formado devolve o recebido em serviços para o setor público ou mesmo em sua empresa.
3. Construção de novas escolas, faculdades e universidades: dinheiro há e muito, sem ser preciso financiamento do BNDES.
Mão de obra para Faculdades e Universidades:
Relação docente/funcionários por alunos em Universidades particulares:  2 x 10.
Relação docente/funcionários por alunos em Universidades públicas:  8 x 10.
Logo, teoricamente, cada Universidade Pública tem pessoal disponível para 4 Universidades como empresas sociais, a própria e mais 3. Isto para falar apenas das Universidades. No 1º e 2º grau não é diferente. Portanto,existem milhares de pessoas prontas para trabalhar, subaproveitadas, porém já sendo pagas.
4. Salário professores. As disparidades de salário no Brasil são gritantes. Qual seria um salário justo para um professor, alem de participar dos lucros da empresa onde trabalha ? Debate-se e paga-se, lembrando: repartição dos lucros nas empresas sociais, 50% para os acionistas e 50% para os trabalhadores, aí incluso todos os que trabalham.
5. Leis atuais que impeçam as modificações ? Basta mudá-las e implementá-las gradativamente, respeitando contratos em vigor.

“O contrato social é um acordo entre os membros da sociedade, pelo qual reconhecem a autoridade, igualmente sobre todos, de um conjunto de regras acertadas entre si, e postas a vigorar por um regime político e seus governantes."

Frise-se: acertadas entre si e não impostas pelas ideologias de governantes de plantão, mediante medidas provisórias e na calada da noite.

6. Descentralização. Em torno de faculdades/Universidades, giram muitos negócios, logo, construir as novas em regiões pólos, distante dos centros populacionais de hoje.
7. Levantamento. Em quais áreas existe falta de profissionais formados ? Dar prioridade para estas, sob o controle das Secretarias da Educação.
8. Escolas de 1º grau: pagamento das mensalidades e supervisão pelo município.
Escolas de 2º grau, pelo Estado.
Escolas técnicas, pela região do Estado.
Escolas de 3º grau, pelo governo federal.

Em poucos anos, conseguiríamos dar alfabetização para todos jovens, sem ideologias nem ranços, mas ensinando a todos a convivência harmônica entre seres humanos. A melhoria dos salários dos professores e de todos trabalhadores das empresas sociais, por si só fariam diminuir a participação do Estado nas mensalidades, permitindo com isso, gradativamente alcançar mais jovens.

É importante lembrar, que Capitalismo Social prevê que todo Trabalhador público por concurso, tenha um só registro, um só salário e uma só fonte de pagamento: governo Federal. Fora do concurso público, também prevê o aproveitamento, de acordo com as novas Leis, dos cabos eleitorais registrados na campanha de cada candidato eleito, Trabalhador Público por eleição. E fora deste contexto, ninguém mais está autorizado à encostar pessoas nas folhas de pagamento do setor público.
Há dinheiro sim para a educação de todos nossos jovens ! É só redirecioná-lo. Afetados serão só os desvios.

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