por Martim Berto Fuchs
Pós 1945, tivemos os 3 principais partidos como exato perfil dos 3 grupos que até hoje compõe a Corte: oligarquia(PSD), burguesia(UDN) e trabalhadores(PTB). Erradamente, era o que eu pensava na época, o contra-golpe de 1964 extinguiu-os em 1966 e criou sob decreto apenas 2: Arena e MDB. Nunca funcionaram, pois tinham que acomodar três corpos em duas cadeiras, além de existirem apenas para manter funcionando o Congresso Nacional, Assembléias e Câmaras Municipais e dar idéia de democracia para o mundo. Em 1979, aberta a janela para a redemocratização, surgiram outros partidos, cada um defendendo o seu quinhão e assentos na Corte.
Pós 1945, tivemos os 3 principais partidos como exato perfil dos 3 grupos que até hoje compõe a Corte: oligarquia(PSD), burguesia(UDN) e trabalhadores(PTB). Erradamente, era o que eu pensava na época, o contra-golpe de 1964 extinguiu-os em 1966 e criou sob decreto apenas 2: Arena e MDB. Nunca funcionaram, pois tinham que acomodar três corpos em duas cadeiras, além de existirem apenas para manter funcionando o Congresso Nacional, Assembléias e Câmaras Municipais e dar idéia de democracia para o mundo. Em 1979, aberta a janela para a redemocratização, surgiram outros partidos, cada um defendendo o seu quinhão e assentos na Corte.
Com o curso de Cibernética Social em 1974, professor Waldemar de Gregori, passei a questionar a existência de partidos políticos – não que o curso tratou ou trata disto, mas me levou à essas reflexões -, até concluir que sua existência apenas mantinha acesa a chama das ideologias e por conseguinte a separação da sociedade em pelo menos 3 grupos distintos, praticamente antagônicos.
Comecei questionar a validade de partidos políticos, uma vez que criavam barreiras intransponíveis, até mesmo entre membros de uma mesma família, pois não defendiam o bem comum e sim a vitória de suas idéias como únicas e certas, trabalhando pelo amordaçamento dos contrários, senão mais.
Associar essas barreiras à dicotomia direita x esquerda, capitalismo x comunismo, foi o passo seguinte, e que me levou a defender um novo modelo de convivência na sociedade, partindo da união do capital e trabalho para elevar o nível social e não através do antagonismo com suas maiorias circunstanciais ou compradas.
O liberalismo, proposição surgida na Inglaterra no século XVII, foi um avanço nas relações de trabalho existentes até então, fim da Idade Média. Não atendendo as necessidades da maioria, criou o próprio contraponto, o trabalhismo, sendo ambos cristãos, mas irremediavelmente antagônicos.
A conclusão de transformar a acumulação de capital em bode expiatório e os cristãos em culpados, levou Marx a propor o fim de ambos, substituindo-os pelo comunismo; tudo na mão do Estado, inclusive como substituto de Deus. Serviu como alerta, para mostrar que o liberalismo, que ele renomeou como capitalismo, era um processo capenga. No mais, a emenda foi pior que o soneto. Além de nunca ter resolvido o problema, separou de vez a humanidade.
Até aqui é história, já sabemos. Mundo em permanente conflito, sem solução à vista, salvo que cada grupo defende o seu ponto de vista como o melhor, quando as evidências provam o contrário: os dois lados estão errados, pois de um lado temos excesso de acumulação de capital convivendo com miséria e de outro as pessoas todas niveladas por baixo, sem direito sequer a liberdade de pensamento, que dirá de outras. Única liberdade permitida é a de elogiar os novos deuses em seus palácios e dachas. Ou, dormir na cadeia esperando o paredón.
Brasil 2012. Por que estamos em uma Monarquia Republicana desde 1889 e não evoluímos para uma República Democrática ? O que amarra essa evolução ? Os partidos políticos. É através deles que os 3 grupos da Corte nos mantém no cabresto, subjugados, enquanto surfam na impunidade. Esses tais de partidos, do verbo partir, separar, estimulam propositadamente a desunião na sociedade, transformando-a numa colcha de retalhos. Para eles é interessante manter a dicotomia esquerda x direita e não permitir sequer que a sociedade questione essas amarras. Pergunto: eles permitiriam um plebiscito com amplo debate sobre as propostas apresentadas em Capitalismo Social ? Até eu rio do que acabei de escrever. Se não bastassem os 29 existentes e mais um tanto na fila de espera, agora já querem transformar partidos políticos em lobies legalizados, cada um defendendo apenas os seus interesses.
Com ajuda da internet, temos que debater um novo contrato social, onde um dos itens, a seleção dos candidatos à candidato, recaia sobre os ombros da sociedade, sem a nefasta intermediação dos partidos. Aí sim, se errarmos a culpa será nossa, mas mesmo errando, os males serão menores do que a imposição que hoje nos é feita de “líderes fajutos” fabricados e modelados no submundo da atividade política e depois impostos através dos partidos políticos como nossos governantes. Processo democrático, dizem.
Povo que quer trabalhar precisa ter como retorno a dignidade, com liberdade. O Estado é apenas a representação da sociedade, o guardião das Leis que nos impomos de comum acordo e não um fim em si mesmo, um paquiderme que temos que carregar e que se torna mais pesado à cada ano, além de despoticamente impositivo.
Um comentário:
Também estou rindo aqui. Desde que o mundo se transformou em carroça, já se sabe da importância do contrato, do fio do bigode.
O articulista está correto, hoje o que manda é o FIO DAS GENITÁLIAS.
Portanto, continue queimando o seu capinzal, mas não perca tempo com o engodo universitário - o “chaveco” da razão existencial estatal, etc., etc.
Infelizmente não estou alimentando macacos ou elefantes – entrei no circo faCUldal , não segui o “pequeno homem com os olhos em chamas e sorriso brinhante”.
Abraço de chipanze
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