Célio Pezza
Existem mais de 400 tipos de fobias, algumas conhecidas de todos
e outras bem estranhas. Uma delas, mais recente, chama-se Nomofobia, que é o
horror de ficar sem seu telefone celular funcionando. Este nome surgiu na
Inglaterra, onde uma pesquisa revelou que existem mais de 15 milhões de
britânicos que sofrem desta síndrome e que não conseguem ficar sem o seu
telefone celular ou mesmo sem linha ou bateria. Identificaram que esta falta de
celular causa angústias, ansiedades, pânico e mudanças na frequência cardíaca
em pouco tempo.
Existem indivíduos que seguram o celular nas mãos para atender
de imediato e não deixa o telefone de lado nem na hora de ir ao banheiro ou
fazer sexo. E, se ele tocar, deixa de lado o que está fazendo para atender. É
triste ver a que ponto chega o relacionamento de uma pessoa com seu celular. É
como uma droga e a pessoa viciada não consegue viver sem ela. Em breve, teremos
clínicas e remédios especializados para controlar esta fobia.
Outra interessante
chama-se Ergofobia, que é o medo ou aversão ao trabalho. É a famosa
vagabundagem, que recebe o status de fobia e passa a ser considerada dentro da
medicina. São indivíduos que não trabalham, não querem trabalhar e passam mal
só de pensar em arranjar um emprego qualquer. Imaginem se no futuro começarmos
a ter aposentadorias especiais para indivíduos que possuem este problema. Aqui
no Brasil, teremos uma enorme fila de espera para fazer uma perícia médica e
conseguir um laudo de afastamento. Enquanto isto, os que não têm a famosa Ergofobia,
trabalham para pagar impostos e sustentar os portadores desta fobia.
Outra fobia interessante chama-se Afobia, que, pasmem, é o medo
da falta de fobias. Continuando, temos Anatidaefobia, que é o medo de ser
perseguido ou observado por patos, Epistemofobia, que é medo do conhecimento,
Estupofobia, que é o medo de pessoas estúpidas, Sofofobia, que é o medo de
aprender, e por aí vai.
É interessante notar que no meio de tantas fobias estranhas, não
encontramos uma fobia da falta de vergonha, da corrupção, da ignorância e
tantas outras que seriam especialmente benéficas ao nosso país. Mundo estranho
este nosso.
Célio Pezza
Verdade
Mundial
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