Carlos Dias
Sabe aqueles filmes que é bom, mas fica melhor
ainda se você entende sobre o que eles estão falando? Este é o caso do filme “A
Grande Aposta” (The Big Short), que concorre ao Oscar nas categorias de melhor
filme, melhor ator coadjuvante (Christian Bale), melhor diretor (Adam McKay),
melhor montagem e melhor roteiro adaptado.
O filme é baseado em fatos reais e tem como pano
de fundo a crise financeira de 2008, nos Estados Unidos (EUA). Os atores Steve
Carell, Ryan Gosling, Christian Bale e Brad Pitt interpretam investidores que
previram o comportamento da chamada bolha imobiliária americana. No roteiro,
Michael Burry (Bale) é o dono de uma empresa de médio porte que decide investir
muito do dinheiro de seu fundo de investimentos. A aposta é que o sistema
imobiliário americano irá quebrar em pouco tempo.
A trama de desenrola com uma série de metáforas e a tentativa do diretor e roteirista em explicar algo extremamente árido e técnico. O portal da DINHEIRO preparou uma espécie de glossário para você não perder nenhum detalhe do filme e entender o “economês” dos diálogos. Confira:
Crise de 2008 – De proporções globais, sua origem ocorre nos EUA com uma elevação artificial, manipulada, dos preços dos imóveis. A chamada bolha imobiliária levou os preços dos imóveis às alturas e depois ao chão, e foi precipitada pela falência do tradicional banco de investimentos americano Lehman Brothers, fundado em 1850. Em efeito dominó quebraram no processo também conhecido como "crise dos subprimes". Em outubro de 2008, a Alemanha, a França, a Áustria, os Países Baixos e a Itália anunciaram pacotes que somavam 1,17 trilhão de euros em ajuda ao seus sistemas financeiros.
Derivativos – Entender o fio da meada do filme é antes de tudo compreender o que são os tais derivativos. Derivativo é um contrato no qual se estabelecem pagamentos que serão feitos no futuro por alguém. Esse, digamos, compromisso é calculado com base no valor assumido por algum indexador. Pode ser o preço de algum bem, de uma ação, câmbio, taxas de juros entre outros. No filme todo o enredo é pontuado pelos derivativos.
A trama de desenrola com uma série de metáforas e a tentativa do diretor e roteirista em explicar algo extremamente árido e técnico. O portal da DINHEIRO preparou uma espécie de glossário para você não perder nenhum detalhe do filme e entender o “economês” dos diálogos. Confira:
Crise de 2008 – De proporções globais, sua origem ocorre nos EUA com uma elevação artificial, manipulada, dos preços dos imóveis. A chamada bolha imobiliária levou os preços dos imóveis às alturas e depois ao chão, e foi precipitada pela falência do tradicional banco de investimentos americano Lehman Brothers, fundado em 1850. Em efeito dominó quebraram no processo também conhecido como "crise dos subprimes". Em outubro de 2008, a Alemanha, a França, a Áustria, os Países Baixos e a Itália anunciaram pacotes que somavam 1,17 trilhão de euros em ajuda ao seus sistemas financeiros.
Derivativos – Entender o fio da meada do filme é antes de tudo compreender o que são os tais derivativos. Derivativo é um contrato no qual se estabelecem pagamentos que serão feitos no futuro por alguém. Esse, digamos, compromisso é calculado com base no valor assumido por algum indexador. Pode ser o preço de algum bem, de uma ação, câmbio, taxas de juros entre outros. No filme todo o enredo é pontuado pelos derivativos.
Título de Crédito Hipotecário ou Letra
Hipotecária - É um papel lastreado em
crédito imobiliário, aplicações geralmente de médio e longo prazo. Servem para
que os bancos possam oferecer financiamento imobiliário a seus clientes. Para
captarem recursos, lançam esses títulos ao público cujo rendimento é baseado
nos próprios empréstimos cedidos pelos bancos.
A pirâmide de dominó (Triple A-Double B) – Em um determinado momento do filme um dos protagonistas, tentando
vender seu peixe, monta uma pirâmide de dominó para explicar o inexplicável.
Como transformar os chamados créditos podres, tóxicos como se dizia na época,
em papéis rentáveis e bons. Há uma classificação que as agências de risco fazem
(Standard & Poors, Moody´s, Fitch) para avaliar se um investimento é bom ou
não. A maior – e melhor – classificação é dada a nota AAA+, o triple A. Os
títulos do Tesouro americano têm essa classificação. A medida que o risco de
que o tomador do papel aumento (na prática o risco de levar um calote),
esta nota vai baixando. Os papéis de hipoteca citados em “A Grande Aposta” são
duplo B (BB). Mas, na estratégia traçada pelos especuladores, podem render um
bom dinheiro a quem se arriscar.
Subprime -
As hipotecas de alto risco, conhecidas como subprime, eram empréstimos
concedidos a clientes que não tinham boa avaliação de crédito nos EUA. Ou seja,
pessoas que, antes, não conseguiam financiamento para casa própria. Como os
juros americanos estavam em patamar muito baixo (em 2003, a taxa anual era só
de 1%) e a economia vinha crescendo com força, os bancos passaram a atender
esses clientes em busca de retornos maiores.
Credit Default Swap (CDS) – Muito citado no filme, é um instrumento financeiro geralmente negociado por investidores no mercado de renda fixa (obrigações) para especular ou fazer uma espécie de seguro caso uma empresa não pague a sua dívida. Uma forma de papel negociado no mercado financeiro para o chamado risco de crédito. Já no início do filme há referências importantes do CDS, quando se tenta vender esses papéis aos fundos de investimento.
Credit Default Swap (CDS) – Muito citado no filme, é um instrumento financeiro geralmente negociado por investidores no mercado de renda fixa (obrigações) para especular ou fazer uma espécie de seguro caso uma empresa não pague a sua dívida. Uma forma de papel negociado no mercado financeiro para o chamado risco de crédito. Já no início do filme há referências importantes do CDS, quando se tenta vender esses papéis aos fundos de investimento.
CDO (Collateralized Debt Obligation - Obrigação de
Dívida Colateralizada) – Instrumento
bastante sofisticado e também muito citado no filme. Imagine que alguém tome um
empréstimo e dê como garantia um ativo qualquer. Aí vem a parte complicada:
quem fez o empréstimo vende o direito de receber os juros e o dinheiro do
empréstimo em algum momento no futuro. Com a venda, há um repasse da dívida que
está garantida pelo ativo dado de garantia. Daí o nome de dívida
colateralizada.
Operar comprado ou vendido – Uma expressão também muito usada no filme, refere-se à aposta
que os especuladores fazem sobre alta ou baixa dos papéis. Na prática significa
assumir posições fortes, que no jargão é descrita como alavancagem, de se
apostar na alta de algum papel (operar comprado), ou na baixa (operar vendido)
em algum momento no futuro.
Para quem curte o assunto há ainda uma boa dica de
filme sobre a crise de 2008, o documentário Inside Job (Trabalho Interno) que
ganhou o Oscar de melhor documentário em 2011.
Isto É - Dinheiro
Um comentário:
Este livro conta uma história extraordinária, por isso quando soube que estrearia a grande aposta soube que devia vê-la. Parece surpreendente que esta história tenha sido real, considero que outro fator que fez deste um grande filme foi a atuação do ator Ryan Gosling, ele e un ator muito talentoso, tem muita empatia com os seus personagens em cada uma dos trabalhos. Recentemente vi seu novo filme Blade Runner 2049 e adorei, por que e que ele seja o protagonista de um filme automaticamente leva ao êxito.
Postar um comentário