Martim
Berto Fuchs
Tenho
lido artigos de diversos “especialistas” e “cientistas” tratando do tema
corrupção.
Mas
não encontro aquilo que considero a raiz da corrupção e noto, ainda, um certo tomar partido nessas análises e
situando-as muito perto do tempo presente.
Vejamos.
Em 1808 quando da chegada da família imperial à sua colônia, já então mais
próspera que a matriz, a comitiva de 44 naus trouxe, segundo historiadores,
entre 10 a 15 mil pessoas.
As
cidades da colônia, na época, não tinham como acomodar tanta gente, mesmo reunindo
Salvador e Rio de Janeiro.
Começa
então a histórica troca de favores entre o público e o privado. Os ricos da
época cederam suas mansões, mas não gratuitamente, por supuesto. Alguns tentaram receber aluguéis e não conseguiram.
Outros cobraram a conta recebendo favores, favores prestados com dinheiro
público. Títulos nobiliárquicos foram distribuídos à rodo, e esses “nobres”,
com o decorrer dos anos, agora já como participantes da Corte, colocavam sua
grande família (áulicos, parentes, amantes e amigos) à viver as custas do dinheiro
público. Essa promiscuidade e é este o termo correto, pois os bastardos nascidos
com as amantes, quando adultos, eram acomodados no serviço público, que de
público pouco tinha, pois a única coisa que o ligava ao público, era que este
pagava a conta.
Esta
prática, depois que começaram as eleições, todas com cartas marcadas, frise-se,
enraizou-se e continua exatamente igual até nossos dias. Em troca de votos, os
candidatos de si mesmo prometem abertamente colocar os cabos eleitorais nas
folhas de pagamento do setor público.
Que
nome podemos dar à esta prática ? Corrupção !!!
Que
moral terão esses eleitos para gerir a res
pública ? Nenhuma. Do fato de encostar sua grande família (cabos
eleitorais, parentes, amantes e amigos) nas folhas de pagamento do setor
público, à mancomunar-se com “empresários” que também querem participar do
butim, é um pulo. E, uma vez iniciado o processo, não tem mais volta.
O
lullo-petismo boi-livariano apenas extrapolou as apostas. Vindos dos
proletários “sem culotes”, ao comer mel se lambuzaram. Quando viram a montanha
de dinheiro à sua disposição, agora que possuíam a chave do cofre, endoidaram.
Para
combater a corrupção no Brasil, temos que começar por proibir a prática
centenária de os eleitos terem o direito, e é disto que se trata, de fazer com
que a sociedade pague os salários de milhões de pessoas por eles empregadas no setor
público. Emprego sem trabalho.
Lembrem-se
!!! Milhões de trabalhadores da
iniciativa privada estão perdendo seus empregos porque lhes falta trabalho,
situação gerada por um governo absolutamente incompetente, desonesto e maldoso.
Até
quando vamos assistir aparvalhados o desastre acontecer na nossa cara, governo
após governo, e quando chamados à referendar (o que os “cientistas políticos” chamam
de votar) o nome desses bandidos auto-impostos, corremos às urnas e renovamos
seus desmandos (mandatos)?
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