Aileda de Mattos Oliveira
Uniram-se as vozes de políticos e
jornalistas na conversa fiada sobre a estabilidade do país. Munição sem
renovação no arsenal da hipocrisia. No rastro, os desavisados que ligam
‘instabilidade’ só à luta armada, e os maneirosos que olham por cima da ruína do
Estado com a condescendência de quem defende a soberana manutenção do cargo.
Estes últimos nos decepcionaram por
lhes faltar espírito de chefia e optarem por uma atuação apagada, frouxa,
inexpressiva. É o diagnóstico que fazemos de lideranças doentes.
As repetidas ameaças de eliminação
da parte atuante da população, de maneira sumária, por chefetes de beleguins
dessa escória que mandou o Brasil às favas, sequer foram questionadas.
Mesmo diante desse quadro, que vem
sendo, há muito, pintado por mãos canhestras, estão sendo relegados a plano
secundário, compromissos assumidos com o país por aqueles que juraram
defendê-lo. Limitarem-se à concordância com apátridas que já ousaram impor a
sua vontade pela força das armas, é submeterem-se a eles. Os vencidos pelos
Antigos Chefes limitam as ações dos Novos, que recuam intimidados. Perdem
espaço e não se importam.
O país está sem freio, sem políticas
públicas emergenciais e de longo prazo. Sob a lama da ganância empresarial e da
irresponsabilidade governamental, pessoas perderam casas, familiares e suas
referências existenciais. Isso soa aos ‘ecologistas’, abastecidos pelo erário,
uma cantilena de igreja. Acostumados a atanazarem moradores que podam galhos de
árvores e a interferirem nas construções de hidrelétricas benéficas a milhares
de habitantes, calaram-se, omitiram-se porque são falsos os seus propósitos,
perniciosa a sua atuação, vendidos a interesses estranhos.
Por idêntica razão, muda,
embalando-se em sua Rede, nada Solidária, permanece Marina, a zelosa protetora
de terras ricas em minérios, protegidas pelos manipulados índios, em favor de
seu amigo príncipe Charles, daquele Reino, Unido nas pretensões amazônicas.
Agora, o Chefe, de quem recebe as ordens, está preocupado com a Síria. Nada a
declarar, portanto.
Infamante as cenas de crianças e
idosos, em colchões improvisados, deitados nas calçadas em ruas do Maranhão,
Piauí, Rio de Janeiro, dias seguidos, enfileirados nas portas dos hospitais
para conseguirem senha. O atendimento médico fica para as calendas. Pessoas
abandonadas pelo poder público, enquanto a maquiavélica se hospeda em hotéis de
grife, sempre com um carro baú atrás.
Não há adjetivos que configurem, de
maneira fotográfica, essa criatura desclassificada.
Esse é um governo que deveria ser
punido por crime doloso. Grupos de meliantes não deixam as instituições
funcionarem e a área de saúde é a da exposição da degradação de brasileiros,
considerados supérfluos, abandonados como trastes, nas calçadas. Aparelhos
hospitalares desativados, remédios com validade jogados fora, hospitais sem
médicos, levando-nos a pensar duplamente, se é mais um caso de corrupção aguda
ou se há intencionalidade criminosa no descarte de pessoas doentes? Sim,
estamos num governo de esquerda, portanto, tudo é possível!
Insensíveis criaturas, primatas
morais, que se lambuzam nos privilégios, tornam-se bilionários com o dinheiro
público, hospedam-se em estrelados hotéis, enquanto espojadas ao léu, pessoas,
precisando urgentemente de atendimento médico, são ignoradas pelos políticos
larápios, e pelos funcionários dos hospitais, estressados e esquecidos pela
safadeza que impera no país.
Estamos no reino da sem-vergonhice,
explícita, afrontosa, odiosa, e, sem o outrora braço forte, contamos,
unicamente, com a mão amiga de outros brasileiros, dispostos a pôr o Brasil nos
trilhos.
Aileda de Mattos Oliveira
Dr.ª em Língua Portuguesa.
Vice-Presidente da Academia Brasileira de Defesa.
Alerta Total – www.alertatotal.net
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