quarta-feira, 4 de março de 2020

Lava Jato se dana, mas Lula volta à prisão?

Jorge Serrão 

Luiz Inácio Lula da Silva tem tudo para voltar à prisão. Juristas avaliam que ele descumpriu preceitos de sua liberdade provisória, por desafiar as instituições brasileiras e ridicularizar o Judiciário. O abuso de Lula foi cometido ontem, ao receber o título honorário de “Cidadão de Paris”. O mitomaníaco repetiu mentiras sobre “as agressões ao Estado de Direito em meu País”, também insistindo na inverdade de que foi “preso de forma ilegal, uma prisão política num processo que ainda não se encerrou”.

$talinácio pinoqueou: “O que está ocorrendo no Brasil é o resultado de um processo de enfraquecimento do processo democrático, estimulado pela ganância de uns poucos e por um desprezo mesquinho pelos direitos do povo; desprezo que tem raízes profundas, fincadas em 350 anos de escravagismo. Como sabem, a presidenta Dilma, uma mulher honrada, foi afastada pelo Congresso sem ter cometido crime nenhum, num processo em que as formalidades encobriram acusações vazias. A este primeiro golpe contra a Constituição e a democracia, seguiu-se a farsa judicial em que fui condenado, também sem ter cometido crime algum, por um juiz que hoje é ministro do presidente que ele ajudou a eleger com minha prisão”.

Lula também aproveitou para mentir sobre Bolsonaro: “O candidato que venceu aquelas eleições, dono de um histórico de ataques à democracia e aos direitos humanos, foi poupado pelas grandes redes de televisão de enfrentar em debates o companheiro Haddad. Essa mídia, portanto, é corresponsável pela ascensão de um presidente fascista ao governo do Brasil. A triste situação em que se encontra meu país e o sofrimento do nosso povo são consequência de repetidos ataques, maiores e menores, ao estado de direito, à Constituição e à democracia”.

Mais grave do que ter de suportar um condenado à corrupção posar de inocente e injustiçado é o risco concreto de que a Lava Jato acabe detonada, com vários processos anulados. Este risco foi formalizado pelo procurador federal Deltan Dallagnol, em artigo de extrema gravidade institucional, publicado pela Gazeta do Povo (2 março 2020).

Deltan Dallagnol detonou: “No apagar das luzes de 2019, quando todos estavam com a cabeça nas férias ou no Natal, um fato grave passou despercebido: o processo criminal referente à rumorosa compra da refinaria de Pasadena pela Petrobras foi anulado. Não deixar no esquecimento esse fato é importante para alertar sobre o risco de impunidade nesse caso e em outros similares”.

O Procurador da Lava Jato insiste: “O efeito do julgamento do Supremo é muito mais abrangente do que se pode supor: pode se estender para outros processos da operação ao longo do tempo. Nos casos de corrupção política, a lógica é a mesma: parte da propina enriquece o político e outra parte turbina sua campanha eleitoral. Isso pode conduzir, mais cedo ou mais tarde, à anulação de toda a Lava Jato, ou de parte significativa dela. Caso se entenda, por exemplo, que na investigação sobre Paulo Roberto Costa havia indícios de destinação de dinheiro para campanha, esse processo pode ser anulado e, em seguida, toda a Lava Jato, que dele decorre, num efeito bola de neve”.

No caso específico da “Pizza de Pasadena” bem que o Procurador Dallagnol poderia aproveitar para admitir uma falha estratégica cometida pela Força Tarefa. Os chamados crimes societários não receberam a devida prioridade pela turma da “República de Curitiba”. Ainda daria tempo de investigá-los mais a fundo, só que fica no ar uma forte de impressão de que os jovens do Ministério Público Federal desanimaram e pressentem que a Lava Jato vai para o saco.

Oxalá que tal “impressão” seja falsa... Os bandidos profissionais acham que não, e seguem rindo, impunes, da cara da maioria do povo brasileiro que acreditou em Judiciário funcionando Direito (sem trocadilho) no combate à corrupção e na punição real e efetiva aos corruptos. Discursos mentirosos, como as narrativas de Lula e seus fanáticos seguidores, ainda acontecem porque o Brasil não puniu, de fato, quem “roubou” a sociedade, bagunçou a economia e desmoralizou a honradez da Política.


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