segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Quebrando paradigmas. Começando pelo fechamento do Senado

Martim Berto Fuchs

O argumento de que o Senado existe para manter a coesão do Estado é falso. O verdadeiro sentido de existir o Senado é garantir que o Poder não saia das mãos das elites que desde os primórdios (República Romana) dominam a nação.

A existência dos Senados – EUA também tem Senados estaduais - nos mais diversos países não evitou as guerras que as elites, atrás de mais Poder, travam entre si. Não evitou que um país fosse subjugado por outro e o Estado perdedor perdesse sua coesão. Mas serviu e serve para garantir que o povo, o verdadeiro Estado, seja enviado aos campos de batalha para defender as ambições das suas elites, que dominam o Estado em seu proveito.

É dentre o povo, que somos todos nós, incluídas pessoas de todas ideologias e de todas minorias que existem ou que se formam, que terão que ser escolhidos administradores da res pública, sem privilégios anacrônicos para grupo nenhum. Aceitar privilégios para minorias, começando pelas elites, que sem dúvida são uma minoria, é o que mantém a “Casa dos Lordes” (Senado) em funcionamento. Eliminem-se os privilégios das elites, e teremos moral para eliminar os privilégios de todos grupos minoritários que se formam em busca da mesma proteção do Estado, e que deliberadamente confundem privilégios com justiça social.

Não é o Senado que garante a unidade do Estado, mas sim o cumprimento ao que está escrito na Constituição - força do direito, e quem garante a Constituição, em última análise, são as FFAA, o direito da força.

Portanto, redijamos uma Constituição que garanta o desenvolvimento econômico com justiça social, sem atender imposição de minorias ideológicas e/ou histéricas, nem àquelas que se segmentam em castelos e mansões, e estaremos atendendo o povo, que é o verdadeiro Estado, tendo sempre em mente que o ser humano não é um ser coletivo, mas essencialmente um ser individual, que vive em sociedade.

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