sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Governo não tem mais condições de gastar com rodovias', diz secretário do Planejamento

Daniel Silveira
(*)

Responsável pela secretaria de Desenvolvimento de Infraestrutura do ministério disse que União pretende privatizar 40 mil km de rodovias federais. Objetivo é fazer concessão para garantir tarifa reduzida nos pedágios.

O governo federal pretende conceder à iniciativa privada 40 mil quilômetros de rodovias federais. Foi o que informou nesta quinta-feira (14) o secretário de Desenvolvimento de Infraestrutura do Ministério do Planejamento, Hailton Madureira de Almeida. Ele afirmou que a União não tem condições de investir mais nas estradas do país.

"O governo federal não tem mais condições de gastar com as rodovias", disse o secretário durante o Seminário Internacional sobre Infraestrutura realizado pela Federão das Indústrias (Firjan), no Rio de Janeiro.

Segundo o secretário, atualmente há cerca de 10 mil km de rodovias administrados pela iniciativa privada e o país tem potencial de concessão de 50 mil km. A ideia do governo e licitar os cerca de 40 mil restantes a partir do ano que vem. Para isso, será necessário um estudo prévio.

"O usuário vai ter uma rodovia bem mantida e o governo vai gastar menos", apontou Almeida.

O secretário destacou que a pasta terá o cuidado de implantar um sistema de concessão que não onere tanto o usuário das rodovias. "O que a gente imagina é um sistema parecido com a concessão feita em grandes cidades, com tarifa reduzida dos pedágios", disse.

Somente manutenção
Na quarta-feira (13), o ministro dos Transportes, Maurício Quintella, ja havia adiantado que o governo iria propor a concessão de rodovias federais a empresas privadas que ficariam responsáveis apenas pela manutenção delas.

Segundo Quintella, as concessionárias não precisariam fazer grandes investimentos como, por exemplo, a duplicação desses trechos. Entre as obrigações estariam trabalhos de tapa-buraco e manutenção da sinalização.

A remuneração viria com a cobrança de pedágio, mas com tarifas mais baixas.

O ministro de Transportes informou, porém, ao contrário do que disse o representante do Ministério do Planejamento nesta quinta, que a proposta envolveria entre 10 a 20 mil quilômetros de rodovias.


Outra medida anunciada por Quintella nesta semana diz respeito a uma medida provisória que prevê a possibilidade de aumentar para até 14 anos o prazo para duplicação das rodovias. O contrato de concessão original, assinado pelas concessionárias e que está em vigor hoje, prevê que isso deve ser feito em até 5 anos após elas assumirem as rodovias.

Privatizações nos municípios
Almeida disse também durante o evento promovido pela Firjan que o governo federal pretende criar um fundo para apoiar os municípios a realizarem concessões nas áreas de saneamento, transporte e iluminação.
Segundo ele, o fundo teria um aporte de R$ 180 milhões para ajudar os municípios a desenvolverem estudos de viabilidade dessas concessões.
"Acho que esse é um mercado bem possível de se desenvolver nos próximos anos", disse.

G1 – Globo

(*) Comentário do editor do blog-MBF:  cobram impostos para desenvolver certas atividades, mas como GASTAM o dinheiro em outras finalidades, principalmente em empreguismo (crime) e roubo puro e simples, são obrigados a repassar as obrigações para terceiros, mas sem diminuir a carga tributária.
Este é o problema da nossa “administração” pública. Eles sabem quais são as causas do dreno sem fim da arrecadação, mas sempre contornam a solução; logo, tudo permanece igual, com a população passando a pagar
um novo “imposto”, desta vez diretamente à iniciativa privada.
Nosso setor público funciona assim: - Numa repartição que precisaria de 5 funcionários, eles colocam 10. Como um deixa o trabalho para o outro e o outro deixa para o um, eles terceirizam o serviço para a iniciativa privada, que coloca 4 pessoas a trabalhar, mas os 10 inúteis permanecem na folha de pagamento. Afinal, os “administradores” não são responsáveis por nada, pois não é culpa deles se ninguém trabalha, começando por eles.

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