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Primeira-ministra britânica diz que
é preciso combater ideologia do extremismo islâmico, aumentando vigilância na
internet e na sociedade.
Eleições
gerais marcadas para 8 de junho serão mantidas.
A
primeira-ministra britânica, Theresa May, afirmou neste domingo (04/06) que é
necessário acabar com a ideologia do extremismo islâmico, que tem servido de
inspiração para "ataques cruéis" como o ocorrido na noite de sábado
em Londres, deixando sete mortos e 48 feridos.
"Não
podemos pensar que as coisas podem continuar como estão. É preciso mudar",
disse a premiê em pronunciamento em frente à residência oficial em Downing
Street após uma reunião de emergência para discutir o atentado.
May
propôs quatro áreas prioritárias de combate ao terrorismo no Reino Unido e no
mundo. A primeira é combater a ideologia do extremismo islâmico, que
classificou como uma "perversão" do Islamismo e da religião.
De
acordo com a premiê, intervenções militares e operações anti-terrorismo são não
suficientes. "Temos que tirar da mente das pessoas esse tipo de
pensamento", disse May, e trazê-las de volta para os valores de
democracia, direitos humanos e liberdade.
O
segundo ponto defendido por May é aumentar o controle sobre ciberterrorismo.
Ela disse que é precisa alcançar acordos internacionais para aumentar a
vigilância sobre a internet e serviços de mensagens, que têm servido como
territórios seguros para terroristas.
Ao
introduzir a terceira medida, a primeira-ministra afirmou que além de destruir
o grupo "Estado Islâmico" (EI) na Síria e Iraque é preciso agir
"em casa", identificando sinais de extremismo na
sociedade.
"Temos
que nos fortalecer para identificar essas pessoas e nosso país precisa se
unir para se livrar do extremismo, mesmo que isso gere diálogos
embaraçosos", disse. "Não queremos como resultado disso comunidades
segregadas, mas um Reino Unido", acrescentou.
A quarta
e última medida consiste em revisar a estratégia contra o terrorrismo para
assegurar que polícia e os serviços de inteligência tenham todo o aparato
necessário para combater o terrorismo.
May
afirmou que desde o ataque na Ponte Westminster, próximo ao Parlamento
Britânico, em 22 de março, cinco tentativas de ataques terroristas foram
frustrados no Reino Unido. "Nosso país tem feito progresso em desarticular
planos de ataque", afirmou.
Eleições gerais são mantidas
A
maioria dos partidos políticos britânicos suspenderam as atividades de campanha
neste domingo, mas as atividades serão retomadas na segunda-feira. O ataque
ocorrreu a poucos dias das eleições gerais britânicas, marcadas para 8 de
junho.
"Esse
ataque não pode parar o processo democrático", disse May. "Unidos
vamos acabar com nossos inimigos."
A
primeira-ministra destacou que os três autores dos atentados de sábado em
Londres usaram falsos coletes de explosivos para "semearem o pânico e o
medo".
May
elogiou o trabalho da polícia que controlou os terroristas oito minutos depois
da primeira ligação feita ao serviço de emergência. Os três agressores foram
mortos a tiros depois de atropelar pedestres na Ponte de Londres e esfaquear
frequentadores do Borough Market.
Sete
pessoas foram mortas e 48 ficaram feridas. Segundo May, muitos feridos estão em
situação crítica.
Esse é o
terceito ataque no Reino Unido em menos de três meses. Em 22 de março, um homem
jogou um veículo contra um grupo de pedestres nos arredores do Parlamento
britânico, em Londres, matando quatro pessoas e deixando 50 feridas.
Em 23 de
maio, um britânico de origem líbia fez um ataque suicida em Manchester, durante
o show da cantora Ariana Grande. A explosão deixou 22 mortos e mais de 60
feridos. Mais da metade das vítimas era menor de 16 anos. Foi o ataque
terrorista mais mortal no Reino Unido desde os atentados de 7 de julho de 2005,
em Londres.
Deutsche Welle
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