sábado, 11 de fevereiro de 2017

A Tristeza e a Canalhice

Aileda de Mattos Oliveira

Alguns dizem que ao nascermos já trazemos o passaporte com data carimbada da volta. Mesmo que não seja assim, Marisa Letícia se foi por guardar ressentimentos de fatos que a imprensa abertamente publicou e de fatos que a imprensa também calou. Ressentimentos não desabafados podem alterar os humores, as condições orgânicas e psicológicas e antecipar a data do passaporte. Pode ter certeza disso, ó eterno torneiro mecânico!

Teve ela as oportunidades que a vida lhe proporcionou, mas desperdiçou-as todas. Não soube representar o papel que lhe cabia no momento em que o vilão da peça estava no auge das estatísticas e se alimentava do endeusamento dos chefes de Estado estrangeiros, sempre interessados no exótico da terra pindorâmica. Ontem, os índios; hoje, um presidente sem instrução.

A corte socialista esqueceu D. Marisa. Não a ensinou a exercer suas funções sociais, características de sua posição, talvez, por não saber pensar, não saber falar, não saber se dar. Talvez, só soubesse receber, mas isso é característica do mafioso partido. Realizava-se ouvindo as mentiras do esperto fanfarrão que tinha a seu lado.

Desprezado por ela o papel de Primeira Dama, soube, pelas manchetes dos jornais e pelos faces ter sido rebaixada a segundo plano nas preferências sentimentais de seu maquiavélico companheiro. Por isso, Lula, se bêbado ou não, disse muito bem: “Marisa morreu triste pela canalhice” (www.globo.com, 4/2/2017).

Sim, Lula, canalhice sua, marido dela, ébrio de nascença, ladrão contumaz do dinheiro público, coletor de robustas propinas e garanhão de mulheres ávidas por dinheiro fácil, porque se não houvesse malas cheias dele, qual delas suportaria o seu bafo de alambiqueiro?

Acredito até que esse dinheiro não foi tão fácil assim, considerando o homem asqueroso que é, difícil de ser suportado, mesmo com aviões cheios de cédulas rumo a Portugal. Imagino como foi difícil para a preferida ganhar esse dinheiro fácil.

Isso, sim, matou Marisa. A traição. A traição à mulher que se rendeu às suas falácias quando iniciava, como um saltimbanco, a prática da escamoteação dentro dos sindicatos. Traição à mulher que passou a ser cúmplice de suas falcatruas, mas viajava com a suplente, feia, porém, mais jovem e disposta a jogar na roleta da sorte e conquistar o espaço rejeitado por D. Marisa. “Ruim com esse sujeito, pior sem ele”, deveria pensar a companheira das aéreas viagens.

Foi você, homem sem escrúpulos, se é que se pode chamar de “homem”, um invólucro vazio de atitudes. Foi você que fez a canalhice e a deixou morrer triste.

Viu a quantidade de hipócritas que estava à sua volta? Toda a turma da equipe de demolição do país. Enquanto a Odebrecht construía no estrangeiro com dinheiro brasileiro, vocês destruíam o Brasil.

A canalhice que derrubou Marisa, caro bastardo “filho do Brasil”, foi sua. E não parou por aí. Até os órgãos dela, mesmo sabendo da impossibilidade, foram mentirosamente oferecidos para doação, por pensar que todos os brasileiros vieram da mesma escola onde se formou em safadeza. Impostor, aproveitador de ocasiões, aplaudido por seus iguais que usam você de escudo. A esperteza com que ludibria seus caolhos militantes será a sua própria perdição. Verá!

Um dia Lula, sua consciência gritará muito alto pela canalhice de sua ingratidão à Marisa. Desejo que você seja preso, o quanto antes, e na apertada cela, sua próxima morada, não aguentará ouvir a acusação da própria voz interior.

*Aileda de Mattos Oliveira
Dr.ª em Língua Portuguesa. Acadêmica Fundadora da ABD. Membro do CEBRES

Alerta Total

Nenhum comentário: