sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Os diversos enfoques para a expressão Capitalismo Social (1)


Da forma como eu entendo e defini Capitalismo Social.
Em 1975 iniciei a participação em um curso, se é que assim podemos defini-lo, de nome Cibernética Social, criado pelo professor Waldemar de Gregory.
Como diretor de empresa na época - empresa com mais de 1.000 funcionários -, empresa que por orientação do sócio majoritário já tinha o que hoje chamamos de consciência social, pois colocava à disposição dos seus funcionários, armazém interno (supermercado) desde 1960, refeitório, médico plantonista para os funcionários e seus familiares, e pagava os melhores salários na cidade.

Esta visão de empresa, somada ao curso de Cibernética Social, me levou a criar a expressão Capitalismo Social, para definir um novo modelo empresarial, juntamente com outras mudanças à nível de sistema de governo, onde os empregados deveriam participar dos lucros auferidos pela mesma e não apenas os donos do capital, pois sem os empregados nem sequer empresa existiria.

Não sei quem utilizou primeiro, ou criou a expressão Capitalismo Social e isso não vem ao caso; o que me chama atenção hoje em dia é que estão utilizando-a até para definir estratégias empresariais, como por exemplo, chamar de Capitalismo Social a orientação de consultores de mercado, indicando para poderosos grupos transnacionais, que para expandir seus negócios é preciso olhar para os 50% mais pobres da população, pois ali estaria um grande potencial de consumo.

Ora, desde quando isto é socializar o capitalismo ? Produzir para os pobres, vendendo para eles porcarias que só aumentam os lixões das cidades ? Fabricar cada vez mais produtos do tipo supositório e preservativo, que usa uma vez e joga fora ? E, para conseguir produzir essas drogas e vendê-las à baixo preço, achatar cada vez mais os salários dos nossos trabalhadores ou levar nossas empresas à produzir no sudoeste asiático ?
Creio que chamar essa proposição de Capitalismo Social é uma heresia !
Capitalismo Social é aumentar a renda de todos que trabalham, para que esses possam se integrar ao consumo de produtos decentes.

Para isso é necessário vontade política, sem histerismos, demagogias e hipocrisias. É preciso que governos parem de extorquir a sociedade para manter-se como um fim em si mesmo e retornem à ela serviços que já cobraram, caro, antecipadamente.
É de todo lamentável que utilizem essa expressão, não para melhorar a vida do pobre, mas para explorá-lo mais ainda.

Já não bastam os governos explorando à tudo e à todos de forma inescrupulosa, mentirosa e hipócrita ?

ONDE ESTÁ A FÁBULA DE DINHEIRO QUE OS GOVERNOS  NOS EXTORQUEM  ANUALMENTE, HUM TRILHÃO E SETECENTOS BILHÕES DE REAIS ATUALMENTE, E QUE QUANDO A POPULAÇÃO RECLAMA, INDIGNADA, PELO SEUS DIREITOS EXPRESSOS  NA CONSTITUIÇÃO, PRECISAM AUMENTAR NOVAMENTE OS IMPOSTOS PARA DAR UM MÍNIMO DE SATISFAÇÃO ?


Também é disto que trata Capitalismo Social como eu o entendo. 


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