domingo, 15 de janeiro de 2017

Monarquia é retrocesso

Martim Berto Fuchs

1.O Brasil nunca alcançou o estágio de uma República Democrática, porque é solapado justamente pelos monarquistas (realistas), que desde 1889 estão pendurados nas tetas agora magras do Tesouro Nacional, como funcionários públicos. Nunca largaram. É uma classe privilegiada e privilégio de classe é contra a natureza da República Democrática.

2.Também, não conseguimos alcançar o estágio de República Democrática, porque nosso “liberal” é outra classe privilegiada, que também desde 1889 vive às custas das benesses do Tesouro Nacional. E foi sedimentada na categoria de privilegiado desde o governo de Getúlio Vargas, ao criar as corporações patronais.

3.Por último, mas em conjunto, não chegamos alcançar o estágio de República Democrática, porque também desde 1930 foram criadas as corporações laborais, garantindo privilégios à uma classe, classe esta reforçada em 2002 com a eleição do fenômeno Lula, apoiada entusiasticamente  pela principal corporação patronal, FIESP, que disto esperava tirar vantagens. Mais vantagens ainda.

A natureza humana continua imperfeita, na medida em que os que tem a obrigação de orientá-la, nossas ditas elites, não estão nem um pouco  preocupadas com o bem estar daqueles que só tem para oferecer o trabalho braçal.

Enquanto estes forem tratados como escravos, usados e descartados, o comunismo, este defunto insepulto, se mantém ativo e disseminando sua ignorância, tanto econômica como social.

Se defendo uma Intervenção Constitucional, é para mudar este cenário de dominação de classes privilegiadas e não para retroceder à uma Monarquia, por mais constitucional que venha à ser.

República Democrática é o caminho natural para a justiça social – capital & trabalho -, mas para chegarmos a ela, necessário se faz abandonar velhos dogmas e conceitos enraizados que só fazem perpetuar os privilégios de poucos e as desigualdades para muitos.

Nenhum comentário: