domingo, 29 de julho de 2018

Premiê húngaro conclama direita da EU a se unir em aliança

DW-Deutsche Welle

Acusando governos europeus de "antidemocráticos" e "incapazes de defender a Europa contra a imigração", em discurso Orbán propõe modelo de "democracia cristã" para o Ocidente. E exige o fim das sanções à Rússia.

O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, exortou a ascensão de uma "democracia cristã" na Europa para substituir os atuais sistemas. Falando a uma plateia de etnia húngara em Baile Tusnad, Romênia, neste sábado (28/07), expôs sua visão para o continente, com vista ás eleições para o Parlamento Europeu, em 2019.

Ele condenou os governos "antidemocráticos" da Europa Ocidental, e conclamou os partidos de direita do toda a União Europeia a se unirem em aliança. "Não há liberalismo no Ocidente, não há democracia", afirmou, acrescentando: "A Comissão Europeia está indo, nós estamos chegando."

O "novo modelo" de Orbán de "democracia cristã" é, em suas próprias palavras, "anti-imigrantes, antimulticultural e calcado no modelo cristão de família". "Os líderes europeus são inadequados, eles são incapazes de defender a Europa da imigração", disse.

Além disso, o chefe de governo húngaro criticou como "primitiva" a atitude da UE em relação à Rússia, exigindo o fim das sanções contra Moscou, adotadas desde a anexação hostil da península ucraniana da Crimeia.

Recentemente a Comissão Europeia denunciou o governo de Orbán ao Tribunal de Justiça da União Europeia por decretar leis controvertidas punindo quem dê assistência a migrantes, assim como devido a alegações de tratamento injusto a refugiados nos centros de trânsito húngaros.


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