sábado, 24 de março de 2018

Porque NÃO privatizar a Petrobras

Stephen Kanitz

Elena Landau e Paulo Guedes estão em campanha para “privatizar” tudo.
Elena Landau, nesse artigo, diz que deveremos usar a grana da venda da Petrobras para cobrir despesas correntes.

Paulo Guedes idem, esquecendo que trocar ativos por despesas correntes é o caminho mais rápido para a pobreza.

Esquecem também que essas estatais foram criadas com o dinheiro de longo prazo das nossas contribuições previdenciárias.

Elas fazem parte do “fundo financeiro e atuarial” do artigo 201 da nossa Constituição, mas nunca criado pelos grandes Ministros da Fazenda, que gerariam os dividendos necessários para as nossas aposentadorias hoje.
Vender nossas reservas atuariais para usar como despesas é crime, mas ninguém protesta. Pelo contrário, aplaudiram.

É assustador que ninguém sabe que muitas estatais já são privadas ou suficientemente privadas para justificar uma administração profissional, como temos aqui defendido.

Em vez de privatizar, como sugerem Landau e Guedes, bastaria tornar as ON na mão do Governo em PN, portanto sem direito a voto, e as PN na mão do povo em ON, com direito a voto, e trocar a diretoria.

Assim, o setor privado elegeria uma diretoria nos moldes da Administração Responsável das Nações. As estatais se tornariam eficientes e quadruplicariam de valor, e o furo atuarial da previdência diminuiria proporcionalmente.

Em vez de o setor privado torrar 700 bilhões para comprar ativos usados, como sugerem Landau e Guedes, nossa proposta é termos os mesmos 700 bilhões de recursos investidos em ativos novos, que gerariam produção adicional, crescimento e fortalecimento do privado e não do Estado.

Foi Elena Landau que fez toda a confusão com a Telebras, quando Secretária da Desestatização, que apesar de já ser uma empresa de capital privado majoritariamente, esqueceu-se de devolver o direito de voto às PN antes de vender as ON.

Ela de fato “privatizou” a Telebras entregando o bloco de controle ao seu colega Daniel Dantas.

Agora quer fazer o mesmo com a Petrobras? Quem seria o felizardo, Sergio Gabrielli?

Quem sonha com um Brasil Novo com ideias Novas, vai se decepcionar, são os mesmos que assessoram todos os candidatos para 2018.

blog.kanitz

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