terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Hage sobre Pasadena: “Não foi mau negócio. Houve má-fé mesmo”


O agora ex-Ministro da Corregedoria-Geral da União diz que “condutas intencionalmente cometidas”, e não erros de gestão, causaram prejuízo de US$ 659,4 milhões à Petrobras na compra de refinaria nos Estados Unidos

 
"Não se tratur de mau negócio ou de erro de gestão. Houve má-fé, mesmo. Foram condutas intencionalmente cometidas", diz ex-ministro.
 
Após apontar um prejuízo à Petrobras de US$ 659,4 milhões na negociação da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, o ministro da Controladoria Geral da União (CGU), Jorge Hage, disse que a empresa optou por estimativas futuras em vez de levar em conta o cenário do momento. “Não se tratou de mau negócio ou de erro de gestão. Houve má-fé, mesmo. Foram condutas intencionalmente cometidas”, disse o ministro ao jornal O Globo.
Hage afirmou que serão instalados 22 processos administrativos contra as pessoas identificadas na investigação da CGU. “Tem processo que pode levar à demissão de quem ainda está na empresa. Os comprovadamente envolvidos serão proibidos de voltar ao serviço público”, declarou ao Globo.

Entre os alvos dos processos, estão ex-dirigentes, empregados e ex-empregados da Petrobras, como o ex-presidente José Sérgio Gabrielli e os ex-diretores Nestor Cerveró e Paulo Roberto Costa, Renato Duque e Jorge Zelada.

O relatório da CGU aponta erro na aquisição da primeira metade da refinaria, em 2006. O Estudo de Viabilidade Técnica e Econômica (EVTE), feito pela estatal, segundo a Controladoria, não levou em conta todas as premissas aplicáveis ao negócio, as quais resultariam na redução do valor máximo para a compra.

Para a CGU, a Petrobras deveria ter discutido cenários mais favoráveis nas negociações. A direção da estatal brasileira também ignorou cláusulas contratuais que beneficiavam a belga Astra Oil, antiga proprietária da refinaria, que não estabelecia a divisão igualitária dos riscos do negócio.

O relatório, encaminhado anteontem (16) à Petrobras, pede que a empresa tome as medidas necessárias para buscar o ressarcimento dos US$ 659,4 milhões perdidos pela estatal no negócio.


http://congressoemfoco.uol.com.br/noticias/hage-sobre-pasadena-"nao-foi-mau-negocio-houve-ma-fe-mesmo"/


Comentário do blog: em função disto, pressionaram o agora ex-ministro à pedir demissão. O segundo mandato da Dilma não resolverá problema nenhum, se os que denunciam os "malfeitos" nas empresas estatais e dentro do governo são pressionados à pedir demissão.

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