quarta-feira, 8 de novembro de 2017

"Vida de Gado"

Renato Sant’Ana

Antes de atender ao chamamento das centrais sindicais, que pretendem paralisar o Brasil no dia 11, o brasileiro esclarecido e honesto tem de ponderar o que segue.

1) Os sindicatos de corporações de servidores públicos, que são os que, de fato, paralisam (porque correm muito pouco ou nenhum risco), são comandados por pseudotrabalhadores, vivaldinos que se aboletaram na direção dos sindicatos e ali se perpetuam a zelar por seus interesses particulares, fazendo politicagem sem obrigação laboral.

2) Muitos desses caciques são pagos com dinheiro do contribuinte! Sim, os camaradas fazem concurso, ganham a condição de servidor público, adquirem estabilidade (os mais antigos inclusive têm aposentadoria integral) e, depois, são cedidos para o sindicato, isto é, não trabalham, não servem ao público: apenas se dedicam à política sindical.

3) O imposto sindical obrigatório, que desaparece com a vigência da nova legislação trabalhista, foi, até aqui, o grande filão desses camaradas: BILHÕES de Reais drenados do bolso dos verdadeiros trabalhadores para manter os privilégios da "elite sindical". Aliás, considerando que o dinheiro abundante do extinto imposto sindical era obstáculo para que se tivesse um sindicalismo honesto e eficaz, espera-se que Michel Temer, que acende velas para Deus e para o diabo, abstenha-se de emitir a cogitada medida provisória que recrie o tributo.

4) Essa "elite sindical" empenha-se exclusivamente na instalação de um Estado governado por sindicalistas, ou seja, ela "luta" pela formação de uma elite burocrática (ela mesma) no comando de um regime socialista que lhe assegure plenas garantias.

5) Óbvio, a "elite sindical", que grita palavras de ordem a todo pulmão para incitar as massas, atacando os governos não alinhados com ela, sabe aonde quer chegar: os donos dos sindicatos não pretendem ser "povo", mas querem ser " classe DIRIGENTE", "elite burocrática", a "nomenclatura" no regime revolucionário.

6) Essa convocação do povo para ocupar as ruas é uma espécie de laboratório para nos transformar, a todos, em "gado", manada obediente, massas submissas sob o comando de pretensos salvadores dos desfavorecidos.

Quem ainda quererá submeter-se ao egoísmo desses maganos? Aceitar ou não o papel vil de se prestar como massa de manobra é questão de escolha.

Alerta Total

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